Luta de mulheres!: relações sociais de sexo e divisão sexual do trabalho de instrutoras de jiu-jitsu
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação em Educação Tecnológica Brasil CEFET-MG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.cefetmg.br/handle/123456789/521 |
Resumo: | A presente pesquisa é proposta na Linha II: Processos Formativos em Educação Tecnológica do Programa de Pós-Graduação em Educação Tecnológica (PPGET) do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG), cujos estudos focalizam temas relacionados ao trabalho-educação no contexto socioeconômico e político-cultural, destacando os processos históricos e culturais, as relações entre as mudanças societárias, a diversidade, a educação profissional formal e não formal e o mundo do trabalho. Considera-se aqui o conceito amplo de Educação Tecnológica, apresentado por Manacorda (2007) e Oliveira (2000) como sinônimo de politecnia. O Esporte é então apresentado como um instrumento pedagógico em si, com caráter formador e educativo que contribui, para além do ensino da técnica e dos aspectos motores, como uma forma de educar o sujeito social na e pela atividade física (BENTO, GARCIA E GRAÇA 1999). Por sua vez, os/as instrutores/as esportivos/as são considerados/as como uma classe profissional de educadores dessa área. A partir da assertiva de Hirata (2002) de que as pesquisas não podem ser gender-blinded (blindadas ao gênero), mulheres instrutoras de jiu-jitsu foram escolhidas como sujeitos desta investigação. Objetivou-se compreender como se dá a divisão sexual do trabalho entre os/as instrutores/as de jiu-jitsu, um esporte marcadamente "masculino". Para tanto, foi adotada uma abordagem qualitativa utilizando-se de revisão da bibliografia e instrumentos de levantamento de dados empíricos garimpados em entrevistas em profundidade com instrutoras de jiu-jitsu, que atuam academias esportivas na Região Metropolitana de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais. As bases teórico-conceituais para a análise destes dados são fundamentadas nas teorias da Divisão sexual do trabalho e das Relações sociais de sexo/gênero, oriundas da Sociologia do trabalho francesa de base marxista (KÉRGOAT, 1994; HIRATA, 2002, entre outros). Por meio das metodologias relatadas busca-se responder a seguinte questão: Como se dá a divisão sexual do trabalho entre os/as instrutores/as de jiu-jitsu, um esporte marcadamente "masculino"? Os resultados deste estudo apontam que as assimetrias nas relações sociais de sexo/gênero, principalmente no esporte estudado, criam um ambiente hostil para as mulheres. Fatores como a associação da prática da modalidade com características como força, violência e masculinidade, a perspectiva que esportes de combate “masculiniza” a mulher, dentre outros fatores, contrapõem o estereótipo vigente de feminilidade, compondo um cenário em que a mulher é vista como fora de lugar. |