Produção e caracterização de nanofibras de acetato de celulose contendo extrato de Bixa orellana para potencial aplicação na Engenharia de Tecidos a carne cultivada
Ano de defesa: | 2022 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Materiais Brasil CEFET-MG |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.cefetmg.br//handle/123456789/778 |
Resumo: | Nos últimos 50 anos a população mundial mais que duplicou e por consequência a produção de carne para consumo mais que quadriplicou vista a nova necessidade. Cerca de 88 bilhões de animais são abatidos anualmente para suprir a demanda do ramo alimentício para consumo humano. A terra, água, alimento e emissão de gases de efeito estufa envolvidos nesta produção estão chegando a valores alarmantes. A produção de carne em laboratório (carne cultivada), uma ciência que surgiu na última década, apresenta-se como uma possível solução para os problemas envolvidos na criação de animais para a obtenção de proteína para consumo. Neste trabalho foram produzidas nanofibras de acetato de celulose carregadas com extrato de Bixa orellana 1%wt para avaliação de aplicação como scaffold no ramo da carne cultivada. Acetato de celulose e extrato de Bixa orellana foram solubilizados e utilizados para produzir o scaffold de nanofibras via eletrofiação. Análise térmica e química das nanofibras produzidas mostraram que a adição do extrato não proporcionou uma mudança significativa da estabilidade do polímero. Foi averiguado que o extrato atuou como plastificante na estrutura polimérica do acetato de celulose via análise de nano-DMA. A molhabilidade do scaffold sofreu um aumento com a adição do extrato. Análise de MEV confirmou que os scaffolds produzidos apresentaram estrutura porosa e sem alinhamento específico, possibilitando migração celular e formação de múltiplas camadas de tecido muscular. Testes in vitro indicaram que os scaffolds produzidos são biocampatíveis e possibilitam a adesão e proliferação das células, indicando potencial aplicação deste material no ramo da carne cultivada. Ainda jovem, este ramo da ciência ainda necessita de grande quantidade de estudo e ajuste de parâmetros para torna-se uma indústria com capacidade produtiva em um âmbito global. |