Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Maia, Tânia Lunardi |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/3081
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Resumo: |
Objetivo: Identificar o perfil de uso de medicamentos em gestantes acompanhadas nas Unidades Básicas de Saúde do Município de Braço do Norte (SC). Métodos: Trata-se de uma coorte prospectiva, realizada por meio de análise dos prontuários e de registros na caderneta de saúde da criança e de entrevistas com as gestantes durante as consultas de pré-natal e após o parto. Os dados foram coletados entre os meses de março de 2012 e junho de 2013, tendo como critérios de inclusão realizar o pré-natal no Sistema Único de Saúde e estar no máximo na 14a semana de gestação na primeira entrevista. Os desfechos avaliados foram as intercorrências fetais e materno-fetais. Resultados: Foram incluídas no estudo 105 gestantes. Das gestantes, 53,3% estava em uso de medicamentos no momento do diagnóstico da gravidez, 97,1% usou no primeiro trimestre após o diagnóstico, 80,9% e 68,6% foram expostas no segundo e terceiro semestre, respectivamente. O maior percentual de automedicação deu-se antes do diagnóstico (70,7%). Quanto ao uso de medicamentos inseguros, observou-se maior exposição também no primeiro trimestre, tanto pela classificação do Food and Drug Administration (29,1%), quanto pelo órgão sanitário brasileiro Anvisa (42,7%). Das mulheres, 35,2% não adotaram o protocolo do Ministério da Saúde em relação ao uso do ácido fólico e sulfato ferroso. Desta forma, 75,2% das gestantes tiveram exposição inadequada aos medicamentos, seja pelo uso ou pelo não uso desta tecnologia. Houve diferença entre as proporções de medicamentos utilizados segundo a Anatomical Therapeutic Chemical dependendo do período gestacional, no entanto, os principais grupos anatômicos foram de medicamentos que atuam no sangue e órgãos hematopoiéticos, anti-infecciosos de uso sistêmico, trato alimentar e metabólico e sistema nervoso. No diagnóstico da gravidez, observou-se expressivo uso de medicamentos que atuam no sistema geniturinário e os hormônios sexuais (15,2%), em especial os anticoncepcionais orais, o que provavelmente está relacionado com o percentual de gestações não planejadas (63,8%). Entre as intercorrências maternas as mais comuns foram as internações hospitalares (18,1%) e entre as fetais, os abortos (7,6%) e a prematuridade (7,6%). Das mulheres, 40,9% apresentaram alguma intercorrência durante a gestação, enquanto que, 24,8% gestações expuseram os fetos a pelo menos uma intercorrência. Não houve associação entre o uso inadequado de medicamentos com as variáveis maternas e da gestação. Em relação aos desfechos materno-fetais houve associação direta com gestação de alto risco (RR: 2,18 IC95%: 1,46-3,26) e possuir menos de cinco anos de estudo (RR: 1,82 IC95%: 1,16-2,85) e associação inversa com ganho adequado de peso materno (RR: 0,52 IC95%: 0,33-0,81). Os desfechos fetais estiveram associados ao ganho adequado de peso materno (RR: 0,33 IC95%: 0,17-0,63), o qual se mostrou fator de proteção. Conclusão: Os resultados demonstram o expressivo uso de medicamentos durante a gravidez. Mesmo que haja menor exposição aos medicamentos no momento do diagnóstico, observou-se maior consumo de medicamentos de risco e da prática de automedicação neste período da gravidez. Ainda que não tenha sido observada associação entre o uso inadequado de medicamentos e os desfechos fetais e materno-fetais, estes produtos devem ser utilizados de forma racional. |