Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Trauthman, Silvana Cristina |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/3126
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Resumo: |
Com objetivo de determinar o perfil farmacoterapêutico de hipertensos e diabéticos cadastrados em serviços públicos de saúde e os fatores associados à adesão ao tratamento medicamentoso foi realizado, um estudo epidemiológico de delineamento transversal. Realizou-se entrevistas com instrumento de coleta contendo o teste de Morisky e Green e a análise documental de prontuários, prescrições e exames de pessoas cadastradas em unidades de saúde de municípios do Sul de Santa Catarina. Os fatores associados à adesão foram identificados pela regressão de Poisson de variação robusta (p<0,05). Foram entrevistados 931 pacientes dos quais 94,1% referiram hipertensão arterial sistêmica, 32,9% diabetes melitus. Os entrevistados possuíam idade de 62,7(SD 12,0) anos e 64,8% eram do sexo feminino. O estilo de vida dos indivíduos revelou que 11,2% possuíam hábito de tabagismo, 13,3% de consumo de álcool, 53,8% foram considerados sedentários e 75,2% referiram fazer restrições na dieta. Verificou-se que 38,2% estavam em condições de sobrepeso e 37,2% em obesidade, além disso, os valores de circunferência abdominal acima dos limites encontrados em 70,9% das mulheres e 40,7% dos homens. Considerando os problemas de saúde, 34,4% possuíam a hipertensão e/ou o diabetes sobre controle. O risco cardiovascular foi baixo para 40,3% dos entrevistados. Outras comorbidades acometem 53,5% dos cadastrados e 36,9% referiram ter complicações relacionadas à hipertensão e ao diabetes. O tratamento medicamentoso para hipertensão e/ou diabetes consiste de 2,8 (SD 1,7) medicamentos por pessoa, estando 91,8% padronizados nos municípios em estudo. Dos entrevistados 74,2% referiram obter os medicamentos de forma integralmente gratuita. Os grupos terapêuticos principais utilizados para tratar hipertensão e diabetes pertencem ao Sistema Cardiovascular (72,1%), Trato Alimentar e Metabolismo (16,4%) e Sangue e Órgãos Formadores de Sangue (11,5%). Destacam-se como medicamentos mais prescritos a hidroclorotiazida (35,8%), o ácido acetil salicílico (28,0%), o captopril (26,0%), o enalapril (22,0) e a metformina (21,9%). Além disso, observou-se a prescrição de medicamentos mais novos e presentes no programa ¿Aqui Tem Farmácia Popular¿ do Governo Federal como, por exemplo, a losartana. A prevalência de adesão aos medicamentos para o tratamento de hipertensão e diabetes foi de 64,6% (IC95%: 61,4-67,6%) e observou-se uma tendência a serem mais aderentes àqueles pacientes que possuem apenas hipertensão ou diabetes. O acesso total e gratuito aos medicamentos para tratar estas doenças demonstrou tendência à associação (p=0,060) com a adesão. Entre os fatores que influenciam na adesão ao tratamento medicamentoso no manejo da hipertensão e do diabetes estão inversamente associados o consumo de álcool (p=0,039) e a prática de atividade física (p=0,002), além da presença de complicações (p=0,026) e. A percepção da efetividade do tratamento por parte do indivíduo mostrou associação direta (p=0,043) com a adesão ao tratamento. A prevalência de adesão ao medicamento, bem como do controle clínico destas doenças, estão distante da condição ideal sinalizando necessidade de conduzir os pacientes ao uso racional dos medicamentos e a adoção de medidas não farmacológicas. Sendo cabível, a possibilidade de redefinições nos serviços e a intensificação das atividades que influenciam de modo positivo ao autocuidado e a adesão aos tratamentos. |