O chargista como porta-voz

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Santos, Anderson Barcelos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/3406
Resumo: A Comissão de Direitos Humanos e Minorias foi destaque no cenário nacional no ano de 2013, com a polêmica que girou em torno do pastor/deputado Marco Feliciano ao assumir a CDHM daquele ano. Uma vez que seus dizeres políticos soaram como preconceituosos e homofóbicos, surgiram diversas charges com o tema "ele me representa". Elas circularam em redes sociais e nas mídias de referência. Esta dissertação visa analisar discursivamente, sob a luz da teoria da Análise do Discurso de linha francesa, as charges publicadas na mídia a respeito do pastor/deputado e presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias Marco Feliciano. O objetivo é analisar a possibilidade de o chargista se inscrever na posição-sujeito porta-voz (PÊCHEUX, 1990b), falando em nome de uma instituição, de uma classe ou de um grupo social. Para isso, busca-se a aproximação teórica entre os discursos chárgico (BARONAS, 2009), político (COURTINE, 2009) e jornalístico (FLORES, 2011) com a noção de porta-voz de Pêcheux (1990) reformulada por Zoppi-Fontana (1997). As teorias aqui apresentadas contribuem para fundamentar que os dizeres do chargista, conforme material analisado, não podem ser simplesmente compreendidos como um ato constitutivo de fala, mas como um movimento do discurso causado pela exterioridade da língua cujas consequências acarretam na pluralidade dos efeitos de sentidos, isto é, na possibilidade de os sentidos das charges publicadas serem outros