Música colorida

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Maurilio, Rafael Hoffmann
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/3279
Resumo: Este trabalho toma a cultura jovem dos anos 60 ¿ mais especificamente o movimento psicodélico em São Francisco ¿ como objeto de estudo pelo fato de ser uma das primeiras manifestações jovens com características distintas na música e no comportamento e pelo fato de ser consolidada através de manifestações em diferentes campos, como o das artes gráficas. Ao analisar e compreender a formação do movimento mostrou-se como se deu o desenvolvimento da linguagem gráfica que seria característica desse grupo através de uma pesquisa exploratória bibliográfica com o cruzamento de autores e teorias para, além de entender a origem do movimento, estabelecer as suas influências na música e, principalmente, no design gráfico, identificando as principais características estilísticas (cores, formas, tipografia, etc.) da produção gráfica do período. Em um segundo momento é apresentada uma análise de pôsteres de shows produzidos em São Francisco entre 1965 e 1969, o auge do movimento, e criados pelos principais artistas da região ¿ Wes Wilson, Stanley Mouse e Alton Kelley, Rick Griffin e Victor Moscoso. Por fim, ao identificar e analisar essas características estilísticas pôde-se compreender como elas passaram a ser uma extensão visual da experiência estética e ideológica e da identidade cultural do movimento. Dessa forma, os pôsteres passaram a exprimir o que às vezes a canção não conseguia, servindo de apoio para narrar o contexto social e cultural no qual estava inserido, e acabaram tornando-se um contragolpe, provavelmente inconsciente, ao formalismo e rigidez do estilo de design que era referência na época. Esse resultado mostra que a análise da arte gráfica pode ser uma forma de conhecer melhor a cultura daqueles que a produziram, pois ela reflete e reage ao meio social e cultural em que está inserida.