Aspectos sociais, culturais e escolares das crianças que reprovam no 3º ano do ensino fundamental, no estado de Santa Catarina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Nogaredo, Angelina dos Anjos Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/15226
Resumo: A presente pesquisa tem como objetivo conhecer os aspectos sociais, culturais e escolares das crianças que reprovaram no 3º Ano do Ensino Fundamental nas escolas públicas do estado de Santa Catarina. As informações foram obtidos na base dos microdados do senso escolar, ano 2013 no indicador de sinopses e estatísticas, nas pastas Escola, Turma, Matrícula e Docente, divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (INEP). Buscaram-se, também, informações na base dos microdados da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa foi desenvolvida a partir da abordagem teórico metodológica do Materialismo histórico-dialético. Os principais autores, que serviram de base para a presente pesquisa, foram: Gaudêncio Frigotto (2000), Antonio Gramsci (1995), e Antônio Joaquim Severino (2001) sobre Materialismo histórico-dialético; Luiz Carlos de Freitas (2004), sobre Aprendizagem em ciclos e avaliação; Magda Soares (2003), sobre Alfabetização e letramento; e Regina Leite Garcia (2001), sobre a Alfabetização das classes populares. Os resultados mostraram que, no ano de 2013, um total de 7% de crianças reprovaram ao fim do 3º Ano no estado de Santa Catarina, a maioria meninos, em torno de 66%. O índice maior de reprovação aconteceu entre os alunos de raça branca, residentes nas periferias do perímetro urbano. As reprovações ocorreram tanto nas escolas da rede estadual (40,3%) quanto das municipais (59,7%), percentuais proporcionais à distribuição das matrículas entre estas redes. A idade das crianças reprovadas variou entre 7 e 15 anos, sendo que 34,7% delas tinham 10 anos. Outro aspecto que parece ter contribuído para a reprovação no 3º Ano, foi a falta de condições de trabalho para os professores, a carreira imprecisa e a baixa remuneração, pois, no estado, 50% dos professores que atuaram no 3º Ano, em 2013, eram Admitidos em Caráter Temporário (ACT), condição que inviabiliza a continuidade de trabalhos na escola, dada a troca de estabelecimento de ensino a que estão submetidos anualmente. Além dos aspectos citados, outros foram levantados durante a pesquisa revelando que são muitos os fatores que contribuíram para a reprovação dos alunos no terceiro ano do Ensino Fundamental em 2013, em Santa Catarina.