Os efeitos da neuroestimulação audiovisual na atividade cerebral em mulheres com fibromialgia: um ensaio clínico randomizado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Buffon, Luiza Daux
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/31902
Resumo: Introdução: A fibromialgia é caracterizada por uma série de condições e sintomas que comprometem a qualidade de vida. Estes pacientes apresentam ondas alfa de eletroencefalografia com amplitude diminuída em relação aos saudáveis. A interação entre o cérebro e o meio externo pode ser modificada por estímulos externos rítmicos, por meio de neuroestimulação audiovisual. Objetivo Conhecer os efeitos da neuroestimulação audiovisual (NAV) na atividade cerebral e seu impacto sobre a intensidade da dor e sobre a qualidade de vida de mulheres com fibromialgia. Métodos: Ensaio clínico randomizado e controlado, envolvendo mulheres com fibromialgia. Após triagem inicial 38 mulheres foram alocadas aleatoriamente no grupo controle (n=19) e grupo intervenção (n=19). A intervenção foi realizada por meio de dispositivo de NAV três dias por semana por oito semanas com 20 minutos cada sessão. O dispositivo era composto por fones de ouvido e óculos com diodos emissores de luz vermelha conectados a uma unidade portátil contendo os programas de NAV. O GC utilizou o mesmo dispositivo, todavia tocando somente música clássica, pelo mesmo período. A intensidade da dor foi aferida por meio da Escala Visual Analógica, a qualidade de vida pelo questionário SF-36 e a atividade cerebral por meio de eletroencefalografia, todos no início e no fim do seguimento. Os dados paramétricos foram comparados por análise de variância, seguido pelo teste t Student. Para os dados não-paramétricos, realizou-se o teste de Kruskal-Wallis. Resultados: Pacientes avaliadas de olhos abertos e fechados apresentaram aumento expressivo no Power de alfa no hemisfério direito com diferença estatística no grupo intervenção. A intensidade da dor antes da primeira sessão e ao final do período de foi estatisticamente menor grupo intervenção. Foram observadas diferenças significativas na qualidade de vida nas dimensões dor, vitalidade e limitação funcional. Conclusão: A estimulação com NAV tem o potencial de modular ondas alfa, a percepção da intensidade da dor e da qualidade de vida em algumas dimensões em pacientes com fibromialgia.