Qualidade de vida e caracteríscticas de personalidade de pessoas que vivem com AIDS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Andreola, Maria Tereza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/3163
Resumo: Este estudo enfoca a relação sobre a percepção da Qualidade de vida e características de personalidade de pessoas que vivem com Aids. Tendo em vista o advento da Terapia Antirretroviral e a cronicidade da infecção, é consequencial pensar na problemática de promover, além de mais anos, uma vida com qualidade para essas pessoas. Objetivo: avaliar a associação entre Qualidade de vida e características de personalidade de pessoas que vivem com Aids, acompanhadas no Ambulatório do Hospital Nereu Ramos do município de Florianópolis, Santa Catarina. Método: foi realizado um estudo transversal entre os meses de agosto a dezembro de 2012, envolvendo uma amostra de 80 indivíduos encaminhados pelos médicos assistentes do ambulatório. Para caracterização da Qualidade de vida foi utilizado o Instrumento de Avaliação da Qualidade de Vida para pessoas com Infecção por HIV da Organização Mundial de Saúde (WHOQOL-HIV bref); para identificação das características de personalidade foram utilizados a Bateria Fatorial de Personalidade (BFP) e o Teste dos Seis Desenhos (T6D). Resultados: foram encontradas relações significativas entre pior ou menor percepção da Qualidade de Vida e características de personalidade no fator Neuroticismo (p=0,001), e nas facetas Instabilidade Emocional (p<0,001) e Depressão (p<0,001). Em relação à BFP e ao T6D foram encontradas associações significativas com índice alto e muito alto no fator Neuroticismo (p=0,024) e a faceta Depressão (p=0,007) com a tendência à Autossabotagem. Nas variáveis sociodemográficas, clínicas e laboratoriais foram encontradas associações com pior ou menor percepção da Qualidade de Vida com menor grau de instrução (p=0,022), sem atividade laboral (p=0,042), baixa contagem de células TCD4+ (p=0,043) e carga viral detectável (p=0,016). As variáveis atividade laboral (p=0,028) e usuários de droga (p=0,008) estão associadas com alto grau no fator Neuroticismo. Conclusão: existe associação com pior ou menor percepção da Qualidade de Vida e características de personalidade, principalmente com o estado de depressão que expressa um modelo comportamental e emocional do Eu aprendido na primeira infância.