Análise da viabilidade da reutilização das águas de lavagens dos caminhões betoneiras para produção de concreto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Cardoso, Viviam Aparecida Vaz Pedrozo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/13023
Resumo: Atualmente é notório o fato de que os custos ambientais associados à maioria das atividades econômicas representam uma fatia considerável do orçamento de um empreendimento, podendo chegar a 20% dos custos totais. No caso da Construção Civil, os resíduos gerados estão no intervalo de 0,40 a 0,50 ton/hab.ano, valores que estão acima da produção de lixo urbano por habitante. Existem estimativas de que o volume médio mensal de resíduos para descarte em uma usina de concreto está em torno de 2% de sua produção mensal. Entretanto, o reaproveitamento desses resíduos gerados encontra-se em estágio incipiente no Brasil. Os efluentes oriundos da lavagem dos caminhões betoneira são os que merecem maior atenção, devido ao grande volume de água destinado para essa lavagem. Nesse sentido, no presente trabalho estudou-se a reutilização dessas águas residuais para a produção de novos concretos, dispensando tratamentos prévios, através do uso de águas de lavagem (a) produzidas em laboratório, de diversas densidades e (b) colhidas na usina concreteira em seus diferentes níveis de decantação. A qualidade dessas águas residuais foi analisada quimicamente e os resultados mostraram que esta atende às normas técnicas para a produção de concretos e argamassas. De acordo com a metodologia adotada, a densidade e o pH das águas residuais foram utilizados como parâmetros de observação para a fabricação desses novos concretos, cujo desempenho foi avaliado através de quatro ensaios para sua fase fresca e seis ensaios para sua fase endurecida. O objetivo da realização desses ensaios foi verificar se ocorreram indícios de possíveis alterações das propriedades do concreto nos estados fresco e endurecido que viessem acarretar queda no desempenho. Foram realizados os ensaios de migração de cloretos, retenção de água, início e fim de pega, tração por flexão, resistência à compressão axial, módulo de elasticidade dinâmico, “flow table”, absorção de água por capilaridade, porosidade e calorimetria. O emprego de águas residuais não provocou alterações significativas na cinética de hidratação do cimento, conforme resultados do ensaio de calorimetria. Em particular, foram observadas uma redução da porosidade do novo concreto e um leve aumento da resistência à compressão axial. Esses resultados viabilizam a reutilização de águas residuais do processo de lavagem sem que sejam realizados quaisquer tipos de tratamentos ou separação dos sólidos incorporados.