Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Luz, Júlio César Alves da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/3320
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Resumo: |
A problematização da perspectiva despotencializadora que enquadra a figura do imigrante nordestino numa leitura miserabilista, vitimizante, historicamente estigmatizada numa reprodução reducionista nas telas cinematográficas e televisivas, constitui o objeto deste estudo. Dedicado a repensá-la, a partir dos personagens interpretados por José Dumont em O Homem que Virou Suco (1979) e Morte e Vida Severina (1981), este trabalho coloca em questão, a partir da política do rosto, a imagem estereotipada que a remete a uma identidade vazia. Numa alusão à acepção generalizante que no poema de João Cabral de Melo Neto torna-se metáfora para designar o gênero de vida que marca os homens e mulheres ordinários do sertão nordestino, trata-se do rosto severino que o remete ao aglomerado indistinto de uma massa de deserdados, identificados nos supostos traços de uma imagem engessada reproduzida. São rostos que já se tornaram bastante conhecidos pela visibilidade que atingiram no cinema e nas mídias, mas que sob um problemático ângulo cristalizado permanecem, em geral, confinados num retrato que os expõe coadunando com os espaços explorados sob o duplo signo da miséria e da violência espetacularizada. Na busca, contudo, de outro traçado que os liberte dos aspectos identitários que, sob as estratégias midiáticas de leitura, insistem em rebaixá-lo ao qualquer rosto nordestino, esta pesquisa propõe repensar essa figura histórica do cinema nacional. Para tanto, assume uma perspectiva que procura, nos personagens interpretados por Dumont, expressões potenciais de homens singulares que superam aquela imagem estigmatizante, e que desfaçam, desse modo, os contornos aprisionadores que encerram esses homens ordinários de rosto severino na moldura de um quadro despotencializador, numa visão alienante de seu universo. |