Gênero e sexualidade no ambiente escolar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Silva, Jesualdo da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.animaeducacao.com.br/handle/ANIMA/3499
Resumo: A pesquisa em nível de mestrado procurou responder à seguinte questão: qual a importância que as dimensões de gênero e sexualidade adquirem na concepção das diretoras escolares no reconhecimento ou desconhecimento da discriminação e do preconceito em relação a lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e transgêneros (LGBTT)? O objetivo geral foi pesquisar as concepções das diretoras atuantes na rede municipal de Tubarão sobre preconceito e discriminação relacionados aos sujeitos que não tem uma correspondência entre sexo biológico, identidade de gênero e expressão da sexualidade socialmente esperados. Como objetivos específicos o estudo se propôs identificar as concepções das diretoras sobre questões de gênero, sexo e sexualidade; a evidenciar a existência do preconceito e discriminação para com alunos LGBTT na concepção das diretoras; analisar o posicionamento das diretoras frente a atitudes de preconceitos e discriminação por parte dos alunos, funcionários e professores. Os referenciais teóricos pautaram-se nos aportes dialéticos, culturalistas, identitários e das diferenças. Os Estudos Queer contribuíram para a compreensão da escola como possível espaço de subversão das normas de gênero/sexo, superando as propostas que fixam os sujeitos em estruturas rígidas, deterministas e convencionais. A pesquisa teve como lócus o ambiente escolar da rede municipal de ensino de Tubarão, compreendendo seis das oito unidades escolares que oferecem as séries finais do ensino fundamental. A metodologia foi realizada por meio de entrevistas semiestruturadas com seis diretoras de escola semiestruturada. Com relação aos resultados observou-se que as discriminações e preconceitos surgidos no espaço escolar ou são encaminhadas por um trabalho pontual e não sistemático, ou se reduzem a sermões que envolvem o poder atribuído à diretora na exigência do respeito às diferenças. A sexualidade é vista como atrelada ao sexo biológico, e os casais são vistos como extensão da ideia de reprodução e pelo viés da prevenção a DSTs/HIV/AIDS. Identificou-se uma lacuna na formação inicial e continuada das diretoras com temáticas que envolvam o universo das diferenças sexuais e de gênero, de forma que a discussão na escola é atribuída aos profissionais da área da saúde. Neste sentido, é imprescindível destacar o desafio da escola na luta pela transformação de ideologias conservadoras e dominantes, ainda heteronormativas, que excluem meninas e meninos por suas identidades de gênero e opção sexual e lutar pelo compromisso da escola em ¿educar¿ para as questões humanas, e entre elas as referentes à sexualidade e ao gênero.