Export Ready — 

Efeito da reabilitação precoce do assoalho pélvico com biofeedback sobre a continência urinária de pacientes submetidos à prostatectomia radical: estudo prospectivo, controlado e randomizado

Bibliographic Details
Main Author: Ribeiro, Lucia Helena Storer
Publication Date: 2010
Format: Master thesis
Language: por
Source: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Download full: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5153/tde-11052010-151616/
Summary: INTRODUÇÃO: Incontinência urinária (IU) é uma complicação comum após prostatectomia radical. Apesar da recuperação da continência ser adquirida pela maioria dos pacientes, esta pode demorar de um a dois anos. Neste trabalho, estudou-se o efeito da reabilitação do assoalho pélvico com biofeedback (RAPB) precoce sobre a gravidade e duração da IU até 12 meses após a prostatectomia radical retropúbica (PRR). MÉTODOS: Realizou-se um estudo prospectivo, controlado e randomizado comparando a RAPB precoce, aos cuidados usuais. A amostra incluiu 73 homens entre 47 e 76 anos, que elegeram a PRR para o tratamento de câncer de próstata localizado e que poderiam cumprir a agenda do programa ambulatorial. Os pacientes foram randomizados em grupo de tratamento (n=36) e grupo controle (n=37). Após a retirada do catéter, os pacientes do grupo de tratamento receberam RAPB uma vez por semana enquanto estavam incontinentes por no máximo 12 semanas e praticaram exercícios domiciliares. Pacientes do grupo controle receberam instruções usuais para contraírem os músculos do assoalho pélvico. Ambos os grupos foram avaliados antes da cirurgia e um, três, seis e 12 meses após a PRR. A força muscular do assoalho pélvico (FMAP) foi avaliada pela escala de Oxford. Os sintomas de incontinência foram medidos pelo domínio de incontinência do Questionário da Sociedade Internacional de Continência para homens (ICSmaleSF). O impacto da IU sobre a qualidade de vida foi medido pelo Questionário de Impacto da Incontinência (IIQ-7). Continência urinária foi definida como o uso de uma proteção ou menos por dia. A incontinência foi graduada pelo teste de fraldas de 24h em leve (perdas menores que 20g), moderada (perdas entre 21 e 74g) e grave (perdas maiores que 75g). RESULTADOS: A avaliação pré-operatória não mostrou diferenças de idade, diabetes, índice de massa corpórea, peso da próstata, FMAP ou sintomas miccionais entre os grupos. Após 12 meses de cirurgia, 25 (96.2%) dos pacientes do grupo de tratamento e 20 (75.0%) pacientes do grupo controle estavam continentes (p=0.028). A redução do risco absoluto foi 21.2% (95% CI: 3.4538.81%) e o risco relativo de recuperação da continência foi 1.28 (95% CI: 1.021.69). O número necessário para tratar foi 5 (95% CI: 2.628.6). O percentual de incontinência grave foi maior no grupo controle em um mês (p=0.015), três meses (p=0.038), seis meses (p=0.012) e 12 meses (p=0.021). Os sintomas de incontinência diminuíram significativamente no grupo de tratamento em um mês (p=0.011), três meses (p=0.002) e 12 meses (p=0.04), mas não em seis meses (p=0.063). A FMAP foi maior após o tratamento em um mês (p=0.043), três meses (p<0.001), seis meses (p=0.021) e 12 meses (p=0.035). O impacto da IU sobre a qualidade de vida foi significativamente melhor no grupo de tratamento no primeiro mês (p=0.025). CONCLUSÕES: A reabilitação do assoalho pélvico com biofeedback precoce diminuiu a gravidade e duração da incontinência urinária após prostatectomia radical retropúbica
id USP_ef42ea8dd76ed7ab5b28be0c22e03aa7
oai_identifier_str oai:teses.usp.br:tde-11052010-151616
network_acronym_str USP
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository_id_str 2721
spelling Efeito da reabilitação precoce do assoalho pélvico com biofeedback sobre a continência urinária de pacientes submetidos à prostatectomia radical: estudo prospectivo, controlado e randomizadoEffect of early pelvic-floor biofeedback training on continence after radical prostatectomy: a prospective, controlled and randomized trialBiofeedbackBiofeedbackIncontinência urináriaNeoplasias da próstataProstatectomiaProstatectomyProstatic neoplasmsQualidade de vidaQuality of lifeUrinary incontinenceINTRODUÇÃO: Incontinência urinária (IU) é uma complicação comum após prostatectomia radical. Apesar da recuperação da continência ser adquirida pela maioria dos pacientes, esta pode demorar de um a dois anos. Neste trabalho, estudou-se o efeito da reabilitação do assoalho pélvico com biofeedback (RAPB) precoce sobre a gravidade e duração da IU até 12 meses após a prostatectomia radical retropúbica (PRR). MÉTODOS: Realizou-se um estudo prospectivo, controlado e randomizado comparando a RAPB precoce, aos cuidados usuais. A amostra incluiu 73 homens entre 47 e 76 anos, que elegeram a PRR para o tratamento de câncer de próstata localizado e que poderiam cumprir a agenda do programa ambulatorial. Os pacientes foram randomizados em grupo de tratamento (n=36) e grupo controle (n=37). Após a retirada do catéter, os pacientes do grupo de tratamento receberam RAPB uma vez por semana enquanto estavam incontinentes por no máximo 12 semanas e praticaram exercícios domiciliares. Pacientes do grupo controle receberam instruções usuais para contraírem os músculos do assoalho pélvico. Ambos os grupos foram avaliados antes da cirurgia e um, três, seis e 12 meses após a PRR. A força muscular do assoalho pélvico (FMAP) foi avaliada pela escala de Oxford. Os sintomas de incontinência foram medidos pelo domínio de incontinência do Questionário da Sociedade Internacional de Continência para homens (ICSmaleSF). O impacto da IU sobre a qualidade de vida foi medido pelo Questionário de Impacto da Incontinência (IIQ-7). Continência urinária foi definida como o uso de uma proteção ou menos por dia. A incontinência foi graduada pelo teste de fraldas de 24h em leve (perdas menores que 20g), moderada (perdas entre 21 e 74g) e grave (perdas maiores que 75g). RESULTADOS: A avaliação pré-operatória não mostrou diferenças de idade, diabetes, índice de massa corpórea, peso da próstata, FMAP ou sintomas miccionais entre os grupos. Após 12 meses de cirurgia, 25 (96.2%) dos pacientes do grupo de tratamento e 20 (75.0%) pacientes do grupo controle estavam continentes (p=0.028). A redução do risco absoluto foi 21.2% (95% CI: 3.4538.81%) e o risco relativo de recuperação da continência foi 1.28 (95% CI: 1.021.69). O número necessário para tratar foi 5 (95% CI: 2.628.6). O percentual de incontinência grave foi maior no grupo controle em um mês (p=0.015), três meses (p=0.038), seis meses (p=0.012) e 12 meses (p=0.021). Os sintomas de incontinência diminuíram significativamente no grupo de tratamento em um mês (p=0.011), três meses (p=0.002) e 12 meses (p=0.04), mas não em seis meses (p=0.063). A FMAP foi maior após o tratamento em um mês (p=0.043), três meses (p<0.001), seis meses (p=0.021) e 12 meses (p=0.035). O impacto da IU sobre a qualidade de vida foi significativamente melhor no grupo de tratamento no primeiro mês (p=0.025). CONCLUSÕES: A reabilitação do assoalho pélvico com biofeedback precoce diminuiu a gravidade e duração da incontinência urinária após prostatectomia radical retropúbicaINTRODUCTION: Urinary incontinence (UI) is a common complication after radical prostatectomy. Although recovery of continence is achieved by most patients, it can take one to two years. This study tested the effectiveness of pelvic floor biofeedback training (PFBT) on the severity and duration of UI up to 12 months following radical retropubic prostatectomy (RRP). METHODS: This study was a prospective, controlled, randomized trial comparing early postoperative PFBT to usual care. The sample included 73 men between 47 and 76 years old who elected RRP for treatment of clinically localized prostate cancer and could comply with the ambulatory treatment schedule. Patients were randomized into a treatment group (n=36) and a control group (n=37). After catheter removal, patients in the treatment group received PFBT once a week for as long as they were incontinent for a maximum of 12 weeks and practiced exercises at home. Patients in the control group received the usual instructions to contract the pelvic floor muscles. Both groups were evaluated before surgery and one, three, six and 12 months after RRP. Pelvic floor muscle strength (PFMS) was evaluated by the Oxford Scale. Incontinence symptoms were measured by the incontinence part of the International Continence Society Male Short Form Questionnaire (ICSmaleSF). The impact of incontinence on quality of life was measured by the Incontinence Impact Questionnaire (IIQ-7). Urinary continence was defined as the use of one or less pad per day. Incontinence was graduated by the 24h pad test in mild (less than 20g), moderate (between 21 and 74g) and severe (more than 75g). RESULTS: The preoperative assessment did not show differences in age, diabetes, body mass index, prostate weight, PFMS or voiding symptoms between the groups. At 12 months postoperatively, 25 (96.2%) patients in the treatment group and 20 (75.0%) in the control group were continent (p=0.028). The absolute risk reduction was 21.2% (95% CI: 3.4538.81%) and the relative risk of recovering continence was 1.28 (95% CI: 1.021.69). The number needed to treat was 5 (95% CI: 2.628.6). The percentage of severe incontinence was stronger for the control group at one month (p=0.015), three months (p=0.038), six months (p=0.012) and 12 months (p=0.021). Incontinence symptoms significantly decreased in the treatment group at one month (p=0.011), three months (p=0.002) and 12 months (p=0.04), but not at six months (p=0.063). PFMS was stronger after PFBT at one month (p=0.043), three months (p<0.001), six months (p=0.021) and 12 months (p=0.035). The impact of UI on quality of life was significantly improved for the treated group in the first month (p=0.025). CONCLUSIONS: Early pelvic floor biofeedback training decreased the severity and duration of urinary incontinence after radical retropubic prostatectomyBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPGomes, Cristiano MendesRibeiro, Lucia Helena Storer2010-03-22info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5153/tde-11052010-151616/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:05Zoai:teses.usp.br:tde-11052010-151616Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:05Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
dc.title.none.fl_str_mv Efeito da reabilitação precoce do assoalho pélvico com biofeedback sobre a continência urinária de pacientes submetidos à prostatectomia radical: estudo prospectivo, controlado e randomizado
Effect of early pelvic-floor biofeedback training on continence after radical prostatectomy: a prospective, controlled and randomized trial
title Efeito da reabilitação precoce do assoalho pélvico com biofeedback sobre a continência urinária de pacientes submetidos à prostatectomia radical: estudo prospectivo, controlado e randomizado
spellingShingle Efeito da reabilitação precoce do assoalho pélvico com biofeedback sobre a continência urinária de pacientes submetidos à prostatectomia radical: estudo prospectivo, controlado e randomizado
Ribeiro, Lucia Helena Storer
Biofeedback
Biofeedback
Incontinência urinária
Neoplasias da próstata
Prostatectomia
Prostatectomy
Prostatic neoplasms
Qualidade de vida
Quality of life
Urinary incontinence
title_short Efeito da reabilitação precoce do assoalho pélvico com biofeedback sobre a continência urinária de pacientes submetidos à prostatectomia radical: estudo prospectivo, controlado e randomizado
title_full Efeito da reabilitação precoce do assoalho pélvico com biofeedback sobre a continência urinária de pacientes submetidos à prostatectomia radical: estudo prospectivo, controlado e randomizado
title_fullStr Efeito da reabilitação precoce do assoalho pélvico com biofeedback sobre a continência urinária de pacientes submetidos à prostatectomia radical: estudo prospectivo, controlado e randomizado
title_full_unstemmed Efeito da reabilitação precoce do assoalho pélvico com biofeedback sobre a continência urinária de pacientes submetidos à prostatectomia radical: estudo prospectivo, controlado e randomizado
title_sort Efeito da reabilitação precoce do assoalho pélvico com biofeedback sobre a continência urinária de pacientes submetidos à prostatectomia radical: estudo prospectivo, controlado e randomizado
author Ribeiro, Lucia Helena Storer
author_facet Ribeiro, Lucia Helena Storer
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Gomes, Cristiano Mendes
dc.contributor.author.fl_str_mv Ribeiro, Lucia Helena Storer
dc.subject.por.fl_str_mv Biofeedback
Biofeedback
Incontinência urinária
Neoplasias da próstata
Prostatectomia
Prostatectomy
Prostatic neoplasms
Qualidade de vida
Quality of life
Urinary incontinence
topic Biofeedback
Biofeedback
Incontinência urinária
Neoplasias da próstata
Prostatectomia
Prostatectomy
Prostatic neoplasms
Qualidade de vida
Quality of life
Urinary incontinence
description INTRODUÇÃO: Incontinência urinária (IU) é uma complicação comum após prostatectomia radical. Apesar da recuperação da continência ser adquirida pela maioria dos pacientes, esta pode demorar de um a dois anos. Neste trabalho, estudou-se o efeito da reabilitação do assoalho pélvico com biofeedback (RAPB) precoce sobre a gravidade e duração da IU até 12 meses após a prostatectomia radical retropúbica (PRR). MÉTODOS: Realizou-se um estudo prospectivo, controlado e randomizado comparando a RAPB precoce, aos cuidados usuais. A amostra incluiu 73 homens entre 47 e 76 anos, que elegeram a PRR para o tratamento de câncer de próstata localizado e que poderiam cumprir a agenda do programa ambulatorial. Os pacientes foram randomizados em grupo de tratamento (n=36) e grupo controle (n=37). Após a retirada do catéter, os pacientes do grupo de tratamento receberam RAPB uma vez por semana enquanto estavam incontinentes por no máximo 12 semanas e praticaram exercícios domiciliares. Pacientes do grupo controle receberam instruções usuais para contraírem os músculos do assoalho pélvico. Ambos os grupos foram avaliados antes da cirurgia e um, três, seis e 12 meses após a PRR. A força muscular do assoalho pélvico (FMAP) foi avaliada pela escala de Oxford. Os sintomas de incontinência foram medidos pelo domínio de incontinência do Questionário da Sociedade Internacional de Continência para homens (ICSmaleSF). O impacto da IU sobre a qualidade de vida foi medido pelo Questionário de Impacto da Incontinência (IIQ-7). Continência urinária foi definida como o uso de uma proteção ou menos por dia. A incontinência foi graduada pelo teste de fraldas de 24h em leve (perdas menores que 20g), moderada (perdas entre 21 e 74g) e grave (perdas maiores que 75g). RESULTADOS: A avaliação pré-operatória não mostrou diferenças de idade, diabetes, índice de massa corpórea, peso da próstata, FMAP ou sintomas miccionais entre os grupos. Após 12 meses de cirurgia, 25 (96.2%) dos pacientes do grupo de tratamento e 20 (75.0%) pacientes do grupo controle estavam continentes (p=0.028). A redução do risco absoluto foi 21.2% (95% CI: 3.4538.81%) e o risco relativo de recuperação da continência foi 1.28 (95% CI: 1.021.69). O número necessário para tratar foi 5 (95% CI: 2.628.6). O percentual de incontinência grave foi maior no grupo controle em um mês (p=0.015), três meses (p=0.038), seis meses (p=0.012) e 12 meses (p=0.021). Os sintomas de incontinência diminuíram significativamente no grupo de tratamento em um mês (p=0.011), três meses (p=0.002) e 12 meses (p=0.04), mas não em seis meses (p=0.063). A FMAP foi maior após o tratamento em um mês (p=0.043), três meses (p<0.001), seis meses (p=0.021) e 12 meses (p=0.035). O impacto da IU sobre a qualidade de vida foi significativamente melhor no grupo de tratamento no primeiro mês (p=0.025). CONCLUSÕES: A reabilitação do assoalho pélvico com biofeedback precoce diminuiu a gravidade e duração da incontinência urinária após prostatectomia radical retropúbica
publishDate 2010
dc.date.none.fl_str_mv 2010-03-22
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5153/tde-11052010-151616/
url http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5153/tde-11052010-151616/
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv
dc.rights.driver.fl_str_mv Liberar o conteúdo para acesso público.
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Liberar o conteúdo para acesso público.
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.coverage.none.fl_str_mv
dc.publisher.none.fl_str_mv Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
publisher.none.fl_str_mv Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
dc.source.none.fl_str_mv
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
instname:Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
instname_str Universidade de São Paulo (USP)
instacron_str USP
institution USP
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)
repository.mail.fl_str_mv virginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.br
_version_ 1826318295146430464