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Micotoxinas em milho e derivados convencionais e orgânicos comercializados no Brasil: ocorrência, coocorrência e exposição

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Main Author: Neves, Lilian Aparecida Vieira das
Publication Date: 2024
Format: Master thesis
Language: por
Source: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Download full: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74132/tde-18092024-144737/
Summary: A alimentação saudável é reconhecida como um pilar para a saúde, fazendo com que as pessoas busquem alimentos mais nutritivos, funcionais e naturais. Os orgânicos estão entre os alimentos popularmente entendidos como mais saudáveis que os convencionais, fazendo com que haja um aumento no consumo desses produtos. Entretanto, não há comprovação que os orgânicos sejam mais saudáveis e ainda, há questionamentos que esses produtos sejam mais suscetíveis a fungos e micotoxinas pelo não uso de fungicidas sintéticos. O objetivo deste estudo foi avaliar a ocorrência e a coocorrência de toxina T-2 (T-2), deoxinivalenol (DON), zearalenona (ZEA) e ocratoxina A (OTA) em milho e derivados orgânicos e convencionais comercializados no Brasil, bem como determinar a ingestão provável diária dessas micotoxinas. As amostras utilizadas foram adquiridas em lojas físicas de Pirassununga-SP e em lojas online, totalizando 140 amostras convencionais e 60 amostras orgânicas certificadas. As análises foram realizadas por meio de cromatografia líquida de alta eficiência acoplada a espectrometria de massas sequencial. As micotoxinas foram detectadas nas amostras de ambos os sistemas de produção, exceto ocratoxina A que não foi encontrada nas amostras orgânicas. DON apresentou maior ocorrência nas amostras orgânicas (13,33 %), enquanto ZEA (16,43%) e OTA (13,57) apresentaram maior ocorrência nas amostras oriundas do sistema convencional e estiveram em coocorrência em 3,77% das amostras desse mesmo sistema. As amostras orgânicas não apresentaram ocorrência combinada das micotoxinas. A partir da quantificação das micotoxinas, calculou-se a ingestão diária provável média (IDPM). As estimativas mostraram que ao consumir milho e derivados de ambos os sistemas de produção, os brasileiros estariam expostos a concentrações das micotoxinas acima dos limites de segurança tolerados. Apesar de haver diferença na ocorrência das micotoxinas nos dois sistemas, concluiu-se que o consumo de milho e seus produtos provenientes do sistema convencional e orgânico colocaria a população em risco de exposição às micotoxinas avaliadas.
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O objetivo deste estudo foi avaliar a ocorrência e a coocorrência de toxina T-2 (T-2), deoxinivalenol (DON), zearalenona (ZEA) e ocratoxina A (OTA) em milho e derivados orgânicos e convencionais comercializados no Brasil, bem como determinar a ingestão provável diária dessas micotoxinas. As amostras utilizadas foram adquiridas em lojas físicas de Pirassununga-SP e em lojas online, totalizando 140 amostras convencionais e 60 amostras orgânicas certificadas. As análises foram realizadas por meio de cromatografia líquida de alta eficiência acoplada a espectrometria de massas sequencial. As micotoxinas foram detectadas nas amostras de ambos os sistemas de produção, exceto ocratoxina A que não foi encontrada nas amostras orgânicas. DON apresentou maior ocorrência nas amostras orgânicas (13,33 %), enquanto ZEA (16,43%) e OTA (13,57) apresentaram maior ocorrência nas amostras oriundas do sistema convencional e estiveram em coocorrência em 3,77% das amostras desse mesmo sistema. As amostras orgânicas não apresentaram ocorrência combinada das micotoxinas. A partir da quantificação das micotoxinas, calculou-se a ingestão diária provável média (IDPM). As estimativas mostraram que ao consumir milho e derivados de ambos os sistemas de produção, os brasileiros estariam expostos a concentrações das micotoxinas acima dos limites de segurança tolerados. Apesar de haver diferença na ocorrência das micotoxinas nos dois sistemas, concluiu-se que o consumo de milho e seus produtos provenientes do sistema convencional e orgânico colocaria a população em risco de exposição às micotoxinas avaliadas.A healthy diet is widely recognized as a cornerstone of good health, prompting people to seek more nutritious, beneficial, and natural foods. Organic foods are considered healthier than conventional ones, leading to an increase in the consumption of these products. However, there is no conclusive evidence that organic foods are healthier, and there is a hypothesis that these products may be more susceptible to fungi and mycotoxins due to the non-use of synthetic fungicides. This study evaluated the occurrence and co-occurrence of T-2 toxin (T-2), deoxynivalenol (DON), zearalenone (ZEA), and ochratoxin A (OTA) in organic and conventional corn, and its derivatives sold in Brazil. Additionally, this study determined the probable daily intake of these mycotoxins. Samples were obtained from physical stores in Pirassununga-SP, and online stores, totaling 140 conventional samples and 60 organic samples. Analyses were conducted using HPLC-MS/MS. All mycotoxins were detected in both production systems, except ochratoxin A, which was not found in organic samples. DON showed a higher occurrence in organic samples (13.33%), while ZEA (16.43%) and OTA (13.57%) had a higher occurrence in the conventional system and were found in co-occurrence in 3.77% of samples from the same system. Organic samples did not show combined occurrence of mycotoxins. Based on the quantification of mycotoxins, calculations of the probable daily average intake were performed. The estimates showed that by consuming corn and its derivatives from both production systems, Brazilians would be exposed to concentrations of mycotoxins above the safety levels. In conclusion, despite the differences in the occurrence of mycotoxins in the two systems, the consumption of corn and its products from both conventional and organic systems would expose the population to the evaluated mycotoxins.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPPetrus, Rodrigo RodriguesNeves, Lilian Aparecida Vieira das2024-04-16info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74132/tde-18092024-144737/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-09-18T18:52:02Zoai:teses.usp.br:tde-18092024-144737Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-09-18T18:52:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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description A alimentação saudável é reconhecida como um pilar para a saúde, fazendo com que as pessoas busquem alimentos mais nutritivos, funcionais e naturais. Os orgânicos estão entre os alimentos popularmente entendidos como mais saudáveis que os convencionais, fazendo com que haja um aumento no consumo desses produtos. Entretanto, não há comprovação que os orgânicos sejam mais saudáveis e ainda, há questionamentos que esses produtos sejam mais suscetíveis a fungos e micotoxinas pelo não uso de fungicidas sintéticos. O objetivo deste estudo foi avaliar a ocorrência e a coocorrência de toxina T-2 (T-2), deoxinivalenol (DON), zearalenona (ZEA) e ocratoxina A (OTA) em milho e derivados orgânicos e convencionais comercializados no Brasil, bem como determinar a ingestão provável diária dessas micotoxinas. As amostras utilizadas foram adquiridas em lojas físicas de Pirassununga-SP e em lojas online, totalizando 140 amostras convencionais e 60 amostras orgânicas certificadas. As análises foram realizadas por meio de cromatografia líquida de alta eficiência acoplada a espectrometria de massas sequencial. As micotoxinas foram detectadas nas amostras de ambos os sistemas de produção, exceto ocratoxina A que não foi encontrada nas amostras orgânicas. DON apresentou maior ocorrência nas amostras orgânicas (13,33 %), enquanto ZEA (16,43%) e OTA (13,57) apresentaram maior ocorrência nas amostras oriundas do sistema convencional e estiveram em coocorrência em 3,77% das amostras desse mesmo sistema. As amostras orgânicas não apresentaram ocorrência combinada das micotoxinas. A partir da quantificação das micotoxinas, calculou-se a ingestão diária provável média (IDPM). As estimativas mostraram que ao consumir milho e derivados de ambos os sistemas de produção, os brasileiros estariam expostos a concentrações das micotoxinas acima dos limites de segurança tolerados. Apesar de haver diferença na ocorrência das micotoxinas nos dois sistemas, concluiu-se que o consumo de milho e seus produtos provenientes do sistema convencional e orgânico colocaria a população em risco de exposição às micotoxinas avaliadas.
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