Determinação de acesso cirúrgico sinuscópico para conchotomia nasal ventral em equinos: estudo ex-vivo

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Main Author: Mendes, Rubens Peres
Publication Date: 2023
Format: Master thesis
Language: por
Source: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
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Summary: Devido à alta tendência do seio conchal ventral acumular pus no seu interior, este compartimento é frequentemente acometido nos casos de sinusite. O diagnóstico de sinusite conchal ventral é complexo, baseado no exame físico, associado aos exames de radiografia, rinoscopia e sinuscopia. O objetivo deste trabalho foi determinar um acesso cirúrgico extranasal para conchotomia nasal ventral, bem como, descrever a padronização de uma projeção radiográfica complementar para as conchas nasais. Para conchotomia nasal ventral, foram utilizadas 12 cabeças de equinos adultos que foram a óbito por causas não relacionadas a afecções sinusais. As cabeças foram preservadas quimicamente conforme Corrêa (2021). Dois acessos cirúrgicos, um frontal e um maxilar, conforme descrito por Lima (2021), foram utilizados para fenestração da bulha do septo maxilar. Na sequência, com auxílio de sinuscópio, avaliação da posição do canal infraorbitário, da lâmina maxilar medial e a distância entre o canal e o ápice das raízes dentárias foi realizada. Uma broca de 10 mm foi utilizada para realizar a trepanação da lâmina óssea maxilar medial, permitindo o acesso ao seio conchal ventral. Um instrumental cirúrgico de ponta romba foi guiado até a parede interna da concha, a qual foi fenestrada de forma assistida, por rinoscopia. Uma sonda Foley nº 20 foi introduzida pelo acesso externo maxilar até o interior da cavidade nasal. Após a insuflação do balonete, a sonda foi fixada à pele, junto ao acesso externo. Posteriormente, os espécimes foram submetidos à dissecação e avaliação macroscópica. A conchotomia nasal ventral foi realizada em 66,67%, das espécimes, sem complicações, sendo que em 16,67% a fenestração do seio conchal ventral foi realizada, porém, houve lesão acometendo o canal infraorbitário. Em 8,33% houve a fratura do canal infraorbitário durante a fenestração da bulha do septo maxilar. E em 8,33% a inclinação excessiva durante o acesso cirúrgico na lâmina maxilar medial direcionou a fenestração em direção ao meato ventral da cavidade nasal. O acesso cirúrgico extranasal permite a conchotomia nasal ventral em equinos adultos, porém, o índice de complicações é conhecido e precisa ser levado em consideração antes da realização da técnica cirúrgica. A padronização da projeção complementar foi realizada no Centro de Odontologia Equina (COE), baseado em projeções radiográficas padrão descritas na literatura. Foram utilizadas 6 cabeças de equinos, as quais foram dissecadas e aberturas foram realizadas na concha nasal ventral e dorsal para introdução de material radiopaco. A projeção foi nomeada de dorsoventral offset +75º. Com a placa radiográfica apoiada sobre os dois ramos da mandíbula, a excursão parcial da mandíbula deve ser realizada para o lado objeto de estudo. A projeção radiográfica deve ser realizada com emissor de raio x em sentido dorsoventral, porém, com discreta inclinação também em direção ao lado que se pretende examinar (nomenclatura de hemisfério, plano horizontal 0º e +75º no plano vertical) com o feixe de raio-X apontado sobre uma linha imaginária entre as pontas das cristas faciais. A projeção dorsoventral offset +75º proporciona melhor visualização e identificação das estruturas conchais dos equinos.
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As cabeças foram preservadas quimicamente conforme Corrêa (2021). Dois acessos cirúrgicos, um frontal e um maxilar, conforme descrito por Lima (2021), foram utilizados para fenestração da bulha do septo maxilar. Na sequência, com auxílio de sinuscópio, avaliação da posição do canal infraorbitário, da lâmina maxilar medial e a distância entre o canal e o ápice das raízes dentárias foi realizada. Uma broca de 10 mm foi utilizada para realizar a trepanação da lâmina óssea maxilar medial, permitindo o acesso ao seio conchal ventral. Um instrumental cirúrgico de ponta romba foi guiado até a parede interna da concha, a qual foi fenestrada de forma assistida, por rinoscopia. Uma sonda Foley nº 20 foi introduzida pelo acesso externo maxilar até o interior da cavidade nasal. Após a insuflação do balonete, a sonda foi fixada à pele, junto ao acesso externo. Posteriormente, os espécimes foram submetidos à dissecação e avaliação macroscópica. A conchotomia nasal ventral foi realizada em 66,67%, das espécimes, sem complicações, sendo que em 16,67% a fenestração do seio conchal ventral foi realizada, porém, houve lesão acometendo o canal infraorbitário. Em 8,33% houve a fratura do canal infraorbitário durante a fenestração da bulha do septo maxilar. E em 8,33% a inclinação excessiva durante o acesso cirúrgico na lâmina maxilar medial direcionou a fenestração em direção ao meato ventral da cavidade nasal. O acesso cirúrgico extranasal permite a conchotomia nasal ventral em equinos adultos, porém, o índice de complicações é conhecido e precisa ser levado em consideração antes da realização da técnica cirúrgica. A padronização da projeção complementar foi realizada no Centro de Odontologia Equina (COE), baseado em projeções radiográficas padrão descritas na literatura. Foram utilizadas 6 cabeças de equinos, as quais foram dissecadas e aberturas foram realizadas na concha nasal ventral e dorsal para introdução de material radiopaco. A projeção foi nomeada de dorsoventral offset +75º. Com a placa radiográfica apoiada sobre os dois ramos da mandíbula, a excursão parcial da mandíbula deve ser realizada para o lado objeto de estudo. A projeção radiográfica deve ser realizada com emissor de raio x em sentido dorsoventral, porém, com discreta inclinação também em direção ao lado que se pretende examinar (nomenclatura de hemisfério, plano horizontal 0º e +75º no plano vertical) com o feixe de raio-X apontado sobre uma linha imaginária entre as pontas das cristas faciais. A projeção dorsoventral offset +75º proporciona melhor visualização e identificação das estruturas conchais dos equinos.Due to the high tendency of the ventral conchal sinus to accumulate pus inside it, this compartment is frequently affected in cases of sinusitis. The diagnosis of ventral conchal sinusitis is complex, based on physical examination, associated with radiography, rhinoscopy and sinusoscopy. The aim of this work was to determine an extra-nasal surgical access for ventral nasal conchotomy, as well as to describe the standardization of a complementary radiographic projection for the nasal conchal. For ventral nasal conchotomy, 12 heads of adult horses that died from causes unrelated to sinus disorders were used. The heads were chemically preserved according to Corrêa (2021). Two surgical approaches, one frontal and one maxillary, as described by Lima (2021), were used to fenestrate the maxillary septal bulla. Next, with the aid of a sinoscope, the position of the infraorbital canal, the medial maxillary lamina and the distance between the canal and the apex of the dental roots were assessed. A 10 mm drill was used to perform trephination of the medial maxillary lamina, allowing access to the ventral conchal sinus. A surgical instrument with a blunt tip was guided to the inner wall of the turbinate, which was fenestrated assisted by rhinoscopy. A No. 20 Foley catheter was introduced through the external maxillary access into the nasal cavity. After inflation of the cuff, the probe was fixed to the skin, next to the external access. Subsequently, the specimens were subjected to dissection and macroscopic evaluation. Ventral nasal conchotomy was performed in 66.67% of the specimens, without complications, and in 16.67% the fenestration of the ventral conchal sinus was performed, however, there was an injury affecting the infraorbital canal. In 8.33% there was a fracture of the infraorbital canal during the fenestration of the maxillary septal bulla. And in 8.33%, excessive inclination during surgical access in the medial maxillary lamina directed the fenestration towards the ventral meatus of the nasal cavity. Extra-nasal surgical access allows ventral nasal conchotomy in adult horses, however, the rate of complications is known and needs to be taken into consideration before performing the surgical technique. The standardization of the complementary projection was carried out at the equine dentistry center, based on standard radiographic projections described in the literature. Six equine heads were used, which were dissected and openings were made in the ventral and dorsal nasal conchal to introduce radiopaque material. The projection was named dorsoventral offset +75º. With the radiographic plate resting on the two rami of the mandible, partial excursion of the mandible must be carried out towards the side under study. The radiographic projection must be carried out with an x-ray emitter in the dorsoventral direction, however, with a slight inclination also towards the side to be examined (hemisphere nomenclature, horizontal plane 0º and +75º in the vertical plane) with the beam of X-ray aimed at an imaginary line between the tips of the facial ridges. The +75º offset dorsoventral projection provides better visualization and identification of equine shell structures.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPCorrêa, Rodrigo RomeroMendes, Rubens Peres2023-12-15info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10137/tde-07032024-112158/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-04-04T18:52:02Zoai:teses.usp.br:tde-07032024-112158Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-04-04T18:52:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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