Células-tronco mesenquimais da veia do cordão umbilical compartilham similaridades com células-tronco mesenquimais da medula óssea e exibem diferenças quanto ao perfil proliferativo, fenotípico e potencial angiogênico
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Publication Date: | 2010 |
Format: | Master thesis |
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Source: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Download full: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-12122024-133639/ |
Summary: | A medula óssea é conhecida como a principal fonte de MSCs para terapia celular, porém seu processo de obtenção possui algumas limitações. As MSCs também são obtidas de outros tecidos e o cordão umbilical pode representar uma fonte alternativa dessas células. Entretanto, para validar seu uso em protocolos clínicos, torna-se necessário a verificação se as MSCs obtidas da veia do cordão umbilical (CTM-VCU) são equivalentes as MSCs derivadas da medula óssea (CTM-MO). Desse modo este presente trabalho realizou uma análise comparativa direta entre alguns aspectos biológicos das CTM-MO e das CTM-VCU. Os resultados mostraram que as CTMs-VCU compartilharam várias características com as CTMs-MO, incluindo sua morfologia fibroblastóide com 70 µm de comprimento, capacidade de diferenciação em adipócitos, osteócitos e condrócitos, perfil imunofenotípico, tempo de divisão (≈ 67 horas), ausência de anomalias cromossômicas e expressão de CD140b, Anexin V, NG2, CD271, TGF-β e FSP-1. Adicionalmente, as CTMs-VCU em comparação com as CTMs-MO, apresentaram um período de expansão celular maior (CTM-VCU = 52 dias vs CTM-MO = 28 dias), um potencial proliferativo cerca de 1,23 vezes mais elevado (CTM-VCU = 12,23 vs CTM-MO = 9,92 PDs), maior porcentagem de células nas fases ativas do ciclo celular, uma tendência de comprimento telomérico maior (CTM-VCU = 13,48 Kb vs CTM-MO = 11,84 Kb), maior porcentagem de células positivas para CD146, CD73, CD49e, CD54, CD10S, CD106 e CD51/61, um potencial pró-angiogênico maior in vivo com a formação de vasos sangüíneos maduros constituídos de hemácias em seu interior (CTM-VCU = 6,83 vs CTM-MO = 4,79 vasos/campo) e por fim, expressam altos níveis de transcritos das moléculas HGF, ALDH, CD73, NG2 e anexina V. Em conjunto, esses resultados demonstram que as CTMs-VCU possuem equivalência com as CTMs-MO e são consideradas tipos celulares mais acessíveis, primitivos, proliferativos e com um potencial pró-angiogênico mais elevado. Desse modo, devido a sua grande acessibilidade, as CTMs-VCU, podem ser indicadas como uma potencial fonte alternativa de CTMs para terapia celular, principalmente em estratégias de neovascularização de órgãos e tecidos lesados. |
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Células-tronco mesenquimais da veia do cordão umbilical compartilham similaridades com células-tronco mesenquimais da medula óssea e exibem diferenças quanto ao perfil proliferativo, fenotípico e potencial angiogênicoMesenchymal stem cells from umbilical cord vein share similarities with mesenchymal stem cells from bone marrow and exhibit differences in proliferative profile, phenotype and angiogenic potentialAlternative source of adult stem cellsCellular-based therapyCélulas-tronco mesenquimalFonte alternativa de células-troncos adultasMesenchymal stem cellsTerapiaUmbilical cord veinVeia do cordão umbilicalA medula óssea é conhecida como a principal fonte de MSCs para terapia celular, porém seu processo de obtenção possui algumas limitações. As MSCs também são obtidas de outros tecidos e o cordão umbilical pode representar uma fonte alternativa dessas células. Entretanto, para validar seu uso em protocolos clínicos, torna-se necessário a verificação se as MSCs obtidas da veia do cordão umbilical (CTM-VCU) são equivalentes as MSCs derivadas da medula óssea (CTM-MO). Desse modo este presente trabalho realizou uma análise comparativa direta entre alguns aspectos biológicos das CTM-MO e das CTM-VCU. Os resultados mostraram que as CTMs-VCU compartilharam várias características com as CTMs-MO, incluindo sua morfologia fibroblastóide com 70 µm de comprimento, capacidade de diferenciação em adipócitos, osteócitos e condrócitos, perfil imunofenotípico, tempo de divisão (≈ 67 horas), ausência de anomalias cromossômicas e expressão de CD140b, Anexin V, NG2, CD271, TGF-β e FSP-1. Adicionalmente, as CTMs-VCU em comparação com as CTMs-MO, apresentaram um período de expansão celular maior (CTM-VCU = 52 dias vs CTM-MO = 28 dias), um potencial proliferativo cerca de 1,23 vezes mais elevado (CTM-VCU = 12,23 vs CTM-MO = 9,92 PDs), maior porcentagem de células nas fases ativas do ciclo celular, uma tendência de comprimento telomérico maior (CTM-VCU = 13,48 Kb vs CTM-MO = 11,84 Kb), maior porcentagem de células positivas para CD146, CD73, CD49e, CD54, CD10S, CD106 e CD51/61, um potencial pró-angiogênico maior in vivo com a formação de vasos sangüíneos maduros constituídos de hemácias em seu interior (CTM-VCU = 6,83 vs CTM-MO = 4,79 vasos/campo) e por fim, expressam altos níveis de transcritos das moléculas HGF, ALDH, CD73, NG2 e anexina V. Em conjunto, esses resultados demonstram que as CTMs-VCU possuem equivalência com as CTMs-MO e são consideradas tipos celulares mais acessíveis, primitivos, proliferativos e com um potencial pró-angiogênico mais elevado. Desse modo, devido a sua grande acessibilidade, as CTMs-VCU, podem ser indicadas como uma potencial fonte alternativa de CTMs para terapia celular, principalmente em estratégias de neovascularização de órgãos e tecidos lesados.Adult bone marrow (BM) is the major source of Mesenchymal stem cell (MSC) for cell therapy. However, aspiration of BM has been regarded less efficient and invasive procedures. Other tissues such as the umbilical cord also contain MSCs and, thus represent an alternative to BM as a source of cells for therapeutic applications. Therefore, the verifying if MSCs from the umbilical cord vein (UCV-MSCs) are equivalent to BM-derived MSCs (BM-MSCs) is necessary to validate their use in stem cell therapy. Thus, this present work focused on a direct comparison between the biological characteristics of BM-MSC and UCV-MSC by 11 biological parameters. Not surprisingly, UCV-MSC shared most of the characteristics with BM-MSC, including fibroblastic-like morphology in early passages; displaying an average of cellular length of 70 µm, multilineage differentiation capacity (adipocytes, osteocytes and condrocytes), surface molecule profile, doubling time (≈ 67 hours), absence of chromosome abnormalities, expression of CD140b, Anexin V, NG2, CD271, TGF-β e FSP-1. Additionally, this study also showed that UCV-MSC presented the growth kinetics with an expansion phase higher than BM-MSC (UCV-MSCs = 52 days vs BM-MSCs = 28 days); the proliferation potential was 1.23-fold increase in comparison with BM-MSCs (UCV-MSCs = 12,23 vs BM-MSCs = 9,92 PDs); a higher amount of cells in active phases of the cell cycle; the average of the telomere length was higher than BM-MSCs (UCV-MSCs = 13,48 Kb vs BM-MSCs = 11,84 Kb); immunophenotype analysis demonstrated more positive cells for CD146, CD73, CD49e, CD54, CD105, CD106 and Cd51/61; was observed an high pro-angiogenic potential in vivo (UCV-MSCs = 6,83 vs BM-MSCs = 4,79 vessel/area) and the analysis of gene expression presented elevated leveIs of transcripts for HGF, ALDH, CD73, NG2 e anexina V in UCV-MSCs cultures. ln this work we demonstrated that UCV-MSCs exhibit some biological similarities with BM-MSCs, besides presented primitiveness, a high proliferative status and an in vivo pro-angiogenic potential. Taken together, these results indicate that the umbilical cord derived multipotent stem cells possess some valuable advantages in comparison with bone marrow stromal-like cells. ln addition, the UCV-MSC possess great accessibilities and can be used as an alternative to BM-MSCs in different types of therapy, principally in strategies of neovascularization of the damaged tissues and organs.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPFontes, Aparecida MariaAlmeida, Danilo Candido de2010-01-28info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-12122024-133639/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-12-12T18:06:13Zoai:teses.usp.br:tde-12122024-133639Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-12-12T18:06:13Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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