Rede de Água e Esgoto no OpenStreetMap e a disponibilização de dados geoespaciais abertos e livres de saneamento no Brasil
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Publication Date: | 2024 |
Format: | Doctoral thesis |
Language: | por |
Source: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Download full: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100136/tde-11112024-090336/ |
Summary: | A disponibilidade de dados georreferenciados sobre sistemas de abastecimento de água e coleta e tratamento de esgotos oferece inúmeras oportunidades para o planejamento urbano, estudos de saúde pública, análise de interferências em obras, compreensão da cobertura e acesso aos serviços de saneamento, avaliação do investimento em infraestrutura, modelagem hidráulica, gestão de ativos e redução de perdas nas empresas de saneamento. No entanto, esses dados frequentemente apresentam defasagens e não estão amplamente disponíveis para o público em geral. Esta pesquisa avaliou o papel dos dados geoespaciais de redes de água e esgoto no Brasil, com foco em sua disponibilidade, acessibilidade e potencial integração em plataformas de mapeamento colaborativo, como o OpenStreetMap (OSM), e na Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (INDE). O estudo também investigou como essa integração pode contribuir para o atingimento das metas do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 6 (ODS 6), que visa garantir acesso universal à água potável e ao saneamento até 2030. A partir de uma extensa revisão de literatura e análise de fontes de dados vetoriais disponíveis na internet e em portais institucionais, foram identificados desafios significativos na distribuição e uso desses dados, como a falta de padronização, a baixa acessibilidade e a ausência de uma centralização eficiente das informações. Apesar disso, iniciativas como a disponibilização de dados por meio de Infraestruturas de Dados Espaciais (IDE) estaduais e municipais demonstram avanços importantes em algumas regiões, como Espírito Santo e Niterói. Além disso, a pesquisa examinou estudos científicos recentes que utilizaram dados de redes de saneamento, explorando suas aplicações em áreas como planejamento urbano, saúde pública e sustentabilidade ambiental. A análise confirmou que a integração dos dados geoespaciais em plataformas colaborativas e abertas pode melhorar a transparência e a gestão dos serviços de saneamento, além de incentivar a participação cidadã e auxiliar na formulação de políticas públicas. Concluiu-se que a hipótese inicial, que propõe que a integração de dados de redes de água e esgoto na INDE e em plataformas como o OSM pode aprimorar a gestão e governança dessas informações no Brasil, é verdadeira. Essa integração tem o potencial de facilitar o planejamento urbano, a conservação de recursos hídricos e o alcance das metas do ODS 6. No entanto, a pesquisa destacou a necessidade de uma maior regulamentação e padronização do compartilhamento de dados no setor, além de sugerir futuras iniciativas de pesquisa focadas em melhorar a infraestrutura de dados e sua aplicação prática em políticas públicas. |
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Rede de Água e Esgoto no OpenStreetMap e a disponibilização de dados geoespaciais abertos e livres de saneamento no BrasilWater and Sewer Network in OpenStreetMap and the Availability of Open and Free Geospatial Data on Sanitation in BrazilOpenStreetMapINDEINDEODSOpenStreetMapRede de ÁguaRede de EsgotoSaneamentoSanitationSDGSewage NetworkWater NetworkA disponibilidade de dados georreferenciados sobre sistemas de abastecimento de água e coleta e tratamento de esgotos oferece inúmeras oportunidades para o planejamento urbano, estudos de saúde pública, análise de interferências em obras, compreensão da cobertura e acesso aos serviços de saneamento, avaliação do investimento em infraestrutura, modelagem hidráulica, gestão de ativos e redução de perdas nas empresas de saneamento. No entanto, esses dados frequentemente apresentam defasagens e não estão amplamente disponíveis para o público em geral. Esta pesquisa avaliou o papel dos dados geoespaciais de redes de água e esgoto no Brasil, com foco em sua disponibilidade, acessibilidade e potencial integração em plataformas de mapeamento colaborativo, como o OpenStreetMap (OSM), e na Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (INDE). O estudo também investigou como essa integração pode contribuir para o atingimento das metas do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 6 (ODS 6), que visa garantir acesso universal à água potável e ao saneamento até 2030. A partir de uma extensa revisão de literatura e análise de fontes de dados vetoriais disponíveis na internet e em portais institucionais, foram identificados desafios significativos na distribuição e uso desses dados, como a falta de padronização, a baixa acessibilidade e a ausência de uma centralização eficiente das informações. Apesar disso, iniciativas como a disponibilização de dados por meio de Infraestruturas de Dados Espaciais (IDE) estaduais e municipais demonstram avanços importantes em algumas regiões, como Espírito Santo e Niterói. Além disso, a pesquisa examinou estudos científicos recentes que utilizaram dados de redes de saneamento, explorando suas aplicações em áreas como planejamento urbano, saúde pública e sustentabilidade ambiental. A análise confirmou que a integração dos dados geoespaciais em plataformas colaborativas e abertas pode melhorar a transparência e a gestão dos serviços de saneamento, além de incentivar a participação cidadã e auxiliar na formulação de políticas públicas. Concluiu-se que a hipótese inicial, que propõe que a integração de dados de redes de água e esgoto na INDE e em plataformas como o OSM pode aprimorar a gestão e governança dessas informações no Brasil, é verdadeira. Essa integração tem o potencial de facilitar o planejamento urbano, a conservação de recursos hídricos e o alcance das metas do ODS 6. No entanto, a pesquisa destacou a necessidade de uma maior regulamentação e padronização do compartilhamento de dados no setor, além de sugerir futuras iniciativas de pesquisa focadas em melhorar a infraestrutura de dados e sua aplicação prática em políticas públicas.The availability of georeferenced data on Water supply systems and sewage collection and treatment offers numerous opportunities for urban planning, public health studies, analysis of interference in construction works, understanding the coverage and access to sanitation services, infrastructure investment evaluation, hydraulic modeling, asset management, and loss reduction in sanitation companies. However, these data often present delays and are not widely available to the general public. This research assesses the role of geospatial data on Water and sewage networks in Brazil, focusing on their availability, accessibility, and potential integration into collaborative mapping platforms such as OpenStreetMap (OSM) and the National Spatial Data Infrastructure (INDE). The study also investigates how this integration can contribute to achieving the goals of Sustainable Development Goal 6 (SDG 6), which aims to ensure universal access to safe drinking Water and sanitation by 2030. Based on an extensive literature review and analysis of vector data sources available online and in institutional portals, significant challenges were identified in the distribution and use of these data, such as a lack of standardization, low accessibility, and the absence of effective data centralization. Despite this, initiatives like the provision of data through state and municipal Spatial Data Infrastructures (SDI) show important progress in some regions, such as Espírito Santo and Niterói. Furthermore, the research examines recent scientific studies that use sanitation network data, exploring their applications in areas like urban planning, public health, and environmental sustainability. The analysis confirms that the integration of geospatial data into collaborative and open platforms can improve transparency and the management of sanitation services, as well as encourage citizen participation and assist in the formulation of public policies. It is concluded that the initial hypothesis, which proposes that the integration of Water and sewage network data into INDE and platforms like OSM can enhance the management and governance of this information in Brazil, is valid. This integration has the potential to facilitate urban planning, Water resource conservation, and the achievement of SDG 6 goals. However, the research emphasizes the need for greater regulation and standardization of data sharing in the sector and suggests future research initiatives focused on improving data infrastructure and its practical application in public policies.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPFonseca Filho, HomeroMolina, Cyntia Virolli Cid2024-09-11info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100136/tde-11112024-090336/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2025-06-23T19:14:02Zoai:teses.usp.br:tde-11112024-090336Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212025-06-23T19:14:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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A disponibilidade de dados georreferenciados sobre sistemas de abastecimento de água e coleta e tratamento de esgotos oferece inúmeras oportunidades para o planejamento urbano, estudos de saúde pública, análise de interferências em obras, compreensão da cobertura e acesso aos serviços de saneamento, avaliação do investimento em infraestrutura, modelagem hidráulica, gestão de ativos e redução de perdas nas empresas de saneamento. No entanto, esses dados frequentemente apresentam defasagens e não estão amplamente disponíveis para o público em geral. Esta pesquisa avaliou o papel dos dados geoespaciais de redes de água e esgoto no Brasil, com foco em sua disponibilidade, acessibilidade e potencial integração em plataformas de mapeamento colaborativo, como o OpenStreetMap (OSM), e na Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (INDE). O estudo também investigou como essa integração pode contribuir para o atingimento das metas do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 6 (ODS 6), que visa garantir acesso universal à água potável e ao saneamento até 2030. A partir de uma extensa revisão de literatura e análise de fontes de dados vetoriais disponíveis na internet e em portais institucionais, foram identificados desafios significativos na distribuição e uso desses dados, como a falta de padronização, a baixa acessibilidade e a ausência de uma centralização eficiente das informações. Apesar disso, iniciativas como a disponibilização de dados por meio de Infraestruturas de Dados Espaciais (IDE) estaduais e municipais demonstram avanços importantes em algumas regiões, como Espírito Santo e Niterói. Além disso, a pesquisa examinou estudos científicos recentes que utilizaram dados de redes de saneamento, explorando suas aplicações em áreas como planejamento urbano, saúde pública e sustentabilidade ambiental. A análise confirmou que a integração dos dados geoespaciais em plataformas colaborativas e abertas pode melhorar a transparência e a gestão dos serviços de saneamento, além de incentivar a participação cidadã e auxiliar na formulação de políticas públicas. Concluiu-se que a hipótese inicial, que propõe que a integração de dados de redes de água e esgoto na INDE e em plataformas como o OSM pode aprimorar a gestão e governança dessas informações no Brasil, é verdadeira. Essa integração tem o potencial de facilitar o planejamento urbano, a conservação de recursos hídricos e o alcance das metas do ODS 6. No entanto, a pesquisa destacou a necessidade de uma maior regulamentação e padronização do compartilhamento de dados no setor, além de sugerir futuras iniciativas de pesquisa focadas em melhorar a infraestrutura de dados e sua aplicação prática em políticas públicas. |
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