Limites da flexibilidade procedimental no processo civil: medidas de abrangência da adaptabilidade judicial e dos negócios jurídicos processuais
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| Publication Date: | 2024 |
| Format: | Master thesis |
| Language: | por |
| Source: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
| Download full: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/2/2137/tde-26032025-092337/ |
Summary: | O presente trabalho tem por objetivo identificar os limites da flexibilidade procedimental no processo civil, a fim de obter parâmetros para uma aplicação mais segura da adaptabilidade judicial e dos negócios jurídicos processuais. Isso porque, embora a flexibilidade procedimental seja, em alguns casos, necessária para a eficiência do processo, não há consenso na ciência processual sobre até que ponto a maleabilidade do procedimento é compatível com as finalidades do processo, o que gera insegurança quanto à sua aplicação. Daí decorre a importância de se compreender a extensão dos limites da flexibilidade procedimental. Com relação à adaptabilidade judicial, foi fixada a hipótese de que a flexibilização do procedimento pelo juiz encontra limites na legalidade, nos precedentes vinculantes, nas normas negociadas pelas partes, nas estabilidades processuais e nas garantias fundamentais do processo. Já quanto à flexibilização do procedimento feita pelas partes, estabeleceu-se a hipótese de que os negócios jurídicos processuais devem observar limites subjetivos, objetivos e formais. As hipóteses foram testadas com base em fundamentos teóricos relativos à perspectiva instrumentalista, consistente na ótica teleológica do direito processual, voltada ao alcance dos escopos sociais, políticos e jurídicos do processo. Constatou-se, então, que a flexibilização procedimental que impede ou dificulta o alcance dos escopos do processo deve ser repelida, por não encontrar amparo no sistema processual orientado pela perspectiva da instrumentalidade; e de outro lado, se a flexibilização não for hábil a contribuir ao alcance dos escopos do processo, não haverá motivos suficientes para desconsiderar o procedimento legalmente previsto. Com isso, verificou-se que nem todas as hipóteses fixadas se alinham com os escopos do processo. |
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Limites da flexibilidade procedimental no processo civil: medidas de abrangência da adaptabilidade judicial e dos negócios jurídicos processuaisLimits of procedural flexibility in civil procedure: measures of judicial adaptability and procedural agreementsAdaptabilidade judicialFlexibilidade procedimentalJudicial adaptabilityLimitesLimitsNegócios jurídicos processuaisProcedural agreementsProcedural flexibilityO presente trabalho tem por objetivo identificar os limites da flexibilidade procedimental no processo civil, a fim de obter parâmetros para uma aplicação mais segura da adaptabilidade judicial e dos negócios jurídicos processuais. Isso porque, embora a flexibilidade procedimental seja, em alguns casos, necessária para a eficiência do processo, não há consenso na ciência processual sobre até que ponto a maleabilidade do procedimento é compatível com as finalidades do processo, o que gera insegurança quanto à sua aplicação. Daí decorre a importância de se compreender a extensão dos limites da flexibilidade procedimental. Com relação à adaptabilidade judicial, foi fixada a hipótese de que a flexibilização do procedimento pelo juiz encontra limites na legalidade, nos precedentes vinculantes, nas normas negociadas pelas partes, nas estabilidades processuais e nas garantias fundamentais do processo. Já quanto à flexibilização do procedimento feita pelas partes, estabeleceu-se a hipótese de que os negócios jurídicos processuais devem observar limites subjetivos, objetivos e formais. As hipóteses foram testadas com base em fundamentos teóricos relativos à perspectiva instrumentalista, consistente na ótica teleológica do direito processual, voltada ao alcance dos escopos sociais, políticos e jurídicos do processo. Constatou-se, então, que a flexibilização procedimental que impede ou dificulta o alcance dos escopos do processo deve ser repelida, por não encontrar amparo no sistema processual orientado pela perspectiva da instrumentalidade; e de outro lado, se a flexibilização não for hábil a contribuir ao alcance dos escopos do processo, não haverá motivos suficientes para desconsiderar o procedimento legalmente previsto. Com isso, verificou-se que nem todas as hipóteses fixadas se alinham com os escopos do processo.This work aims to identify the limits of procedural flexibility in civil procedure to establish parameters for a safer application of judicial adaptability and procedural agreements. This is because procedural flexibility, although necessary in some cases for process efficiency, lacks consensus in procedural science regarding the extent to which procedural malleability is compatible with the objectives of the process, leading to uncertainty in its application. Therefore, understanding the extent of the limits of procedural flexibility is crucial. Concerning judicial adaptability, the hypothesis was set that the flexibility of the procedure by the judge is limited by legality, binding precedents, norms negotiated by the parties, procedural stability, and fundamental procedural guarantees. Regarding the flexibility of the procedure by the parties, the hypothesis established that procedural agreements must observe subjective, objective, and formal limits. The hypotheses were tested based on theoretical foundations related to the instrumentalist perspective, consistent with the teleological view of procedural law, aimed at achieving the social, political, and juridical goals of the process. It was verified that procedural flexibility that prevents or hinders the achievement of the process\'s goals should be rejected, as it is not supported by the procedural system oriented by the perspective of instrumentality; on the other hand, if the flexibility is not capable of contributing to the achievement of the process\'s goals, there are insufficient reasons to disregard the legally established procedure. Thus, it was observed that not all established hypotheses align with the goals of the process.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPPuoli, José Carlos BaptistaLeal, Kelly Vida2024-09-06info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/2/2137/tde-26032025-092337/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPReter o conteúdo por motivos de patente, publicação e/ou direitos autoriais.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2025-08-05T17:36:02Zoai:teses.usp.br:tde-26032025-092337Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212025-08-05T17:36:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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O presente trabalho tem por objetivo identificar os limites da flexibilidade procedimental no processo civil, a fim de obter parâmetros para uma aplicação mais segura da adaptabilidade judicial e dos negócios jurídicos processuais. Isso porque, embora a flexibilidade procedimental seja, em alguns casos, necessária para a eficiência do processo, não há consenso na ciência processual sobre até que ponto a maleabilidade do procedimento é compatível com as finalidades do processo, o que gera insegurança quanto à sua aplicação. Daí decorre a importância de se compreender a extensão dos limites da flexibilidade procedimental. Com relação à adaptabilidade judicial, foi fixada a hipótese de que a flexibilização do procedimento pelo juiz encontra limites na legalidade, nos precedentes vinculantes, nas normas negociadas pelas partes, nas estabilidades processuais e nas garantias fundamentais do processo. Já quanto à flexibilização do procedimento feita pelas partes, estabeleceu-se a hipótese de que os negócios jurídicos processuais devem observar limites subjetivos, objetivos e formais. As hipóteses foram testadas com base em fundamentos teóricos relativos à perspectiva instrumentalista, consistente na ótica teleológica do direito processual, voltada ao alcance dos escopos sociais, políticos e jurídicos do processo. Constatou-se, então, que a flexibilização procedimental que impede ou dificulta o alcance dos escopos do processo deve ser repelida, por não encontrar amparo no sistema processual orientado pela perspectiva da instrumentalidade; e de outro lado, se a flexibilização não for hábil a contribuir ao alcance dos escopos do processo, não haverá motivos suficientes para desconsiderar o procedimento legalmente previsto. Com isso, verificou-se que nem todas as hipóteses fixadas se alinham com os escopos do processo. |
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