Análise morfométrica e funcional da regeneração axonal após neurorrafias término-terminal e látero-terminal em ratos

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Main Author: Almeida, Carlos Eduardo Fagotti de
Publication Date: 2013
Format: Doctoral thesis
Language: por
Source: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
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Summary: A regeneração nervosa é considerada um fenômeno altamente complexo, resultante de uma sucessão de eventos visando o reajuste do microambiente do nervo lesado, para o crescimento axonal direcionado. As reparações nervosas término-terminais, ou com o auto-enxerto de nervos, são universalmente aceitas. Em contra partida, a neurorrafia látero-terminal gera controvérsias na literatura, ocasionando discussão sobre o brotamento axonal lateral e o grau de recuperação sensitiva e motora. Neste estudo, a regeneração nervosa no rato após neurorrafia látero-terminal com ou sem janela do epineuro, entre o coto distal do nervo fibular (nervo receptor) e a lateral do nervo tibial (nervo doador) foi avaliada por análise morfométrica, eletroneuromiografia, microscopia eletrônica e pela captação retrógrada do HRP (peroxidase do rábano silvestre) e do Fluoro-Gold (FG), e, comparada com a neurorrafia término-terminal (controle positivo) e o controle negativo (sham). Foram operados 37 animais e divididos aleatoriamente em quatro grupos: grupo 1- sham (sem secção nervosa); grupo 2 - controle positivo (neurorrafia término-terminal); grupo 3 - neurorrafia látero-terminal com janela no epineuro e grupo 4 - neurorrafia látero-terminal sem janela no epineuro. Três meses após as cirurgias, o HRP foi injetado com microseringa, sob visão direta, nos músculos fibulares. Após um período de sobrevivência de 48 horas, os segmentos de nervos foram coletados e visualizados no microscópio óptico e microscópio eletrônico de transmissão, com intuito de calcular a média do número de fibras e perímetros dos axônios. Em seguida, realizou-se a perfusão cardíaca. Os segmentos medulares da intumescência lombar foram removidos e submetidos à reação histoquímica com diaminobenzidina (DAB) para a evidenciação do HRP no corno anterior da medula. Os dados eletroneuromiográficos (amplitude e latência) foram comparados entre os grupos, uma semana antes da injeção do HRP. Posteriormente, comparou-se também a captação do Fluoro-Gold em outros 20 animais, sendo cinco para cada grupo. Cinco dias após este procedimento, a medula foi removida e visualizada a fresco. Utilizou-se a análise de variância (ANOVA) para comparar as médias aritméticas dos grupos. Fato importante foi à identificação de alça nervosa em três animais submetidos à neurorrafia látero-terminal, e a morfometria das alças mostrou a presença de numerosas fibras nervosas. Mesmo assim, a contagem de fibras regeneradas após neurorrafia término-terminal foi mais elevada que o número de fibras no nervo fibular após neurorrafia látero-terminal, com janela (q = 5,243 e p<0,01) ou sem janela (q = 4,951 e p<0,01) no epineuro. O grupo controle negativo (sham) apresentou média do perímetro da fibra nervosa pela microscopia eletrônica superior ao grupo de neurorrafia látero-terminal com janela no epineuro (q = 7,211 e p<0,001) e sem janela no epineuro (q = 6,971 e p<0,001). A comparação da marcação do HRP no corno anterior direito da medula mostrou diferença entre grupo da neurorrafia término-terminal com grupo da neurorrafia látero-terminal com janela no epineuro (q = 5,291 e p<0,01) e sem janela no epineuro (q = 5,617 e p<0,01), sendo maior no grupo 2. Também existiu diferença, na média da área marcada com Fluoro-Gold, entre o grupo controle positivo (neurorrafia término-terminal) e os grupos de neurorrafia látero-terminal com janela no epineuro (q = 4,071 e p<0,05) e sem janela no epineuro (q = 4,08 e p<0,05). Além disso, as amplitudes dos potenciais de ação foram significativamente superiores nos grupos sham e neurorrafia término-terminal quando comparadas com os grupos da neurorrafia látero-terminal com ou sem janela no epineuro, avaliando indiretamente o contingente de axônios no nervo em estudo. Por fim, na análise de regressão, observou-se que a contagem de fibras após neurorrafia término-terminal cresceu de forma linear à medida que aumentou o número de neurônios marcados com HRP no corno anterior da medula. Como conclusão, houve regeneração nervosa em todos os grupos estudados. No entanto, nos parâmetros avaliados, o grupo da neurorrafia término-terminal foi melhor que os grupos da neurorrafias látero-terminais. Chamou atenção a identificação da alça nervosa no grupo da neurorrafia látero-terminal, que contribuiu na regeneração do nervo fibular.
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Em contra partida, a neurorrafia látero-terminal gera controvérsias na literatura, ocasionando discussão sobre o brotamento axonal lateral e o grau de recuperação sensitiva e motora. Neste estudo, a regeneração nervosa no rato após neurorrafia látero-terminal com ou sem janela do epineuro, entre o coto distal do nervo fibular (nervo receptor) e a lateral do nervo tibial (nervo doador) foi avaliada por análise morfométrica, eletroneuromiografia, microscopia eletrônica e pela captação retrógrada do HRP (peroxidase do rábano silvestre) e do Fluoro-Gold (FG), e, comparada com a neurorrafia término-terminal (controle positivo) e o controle negativo (sham). Foram operados 37 animais e divididos aleatoriamente em quatro grupos: grupo 1- sham (sem secção nervosa); grupo 2 - controle positivo (neurorrafia término-terminal); grupo 3 - neurorrafia látero-terminal com janela no epineuro e grupo 4 - neurorrafia látero-terminal sem janela no epineuro. Três meses após as cirurgias, o HRP foi injetado com microseringa, sob visão direta, nos músculos fibulares. Após um período de sobrevivência de 48 horas, os segmentos de nervos foram coletados e visualizados no microscópio óptico e microscópio eletrônico de transmissão, com intuito de calcular a média do número de fibras e perímetros dos axônios. Em seguida, realizou-se a perfusão cardíaca. Os segmentos medulares da intumescência lombar foram removidos e submetidos à reação histoquímica com diaminobenzidina (DAB) para a evidenciação do HRP no corno anterior da medula. Os dados eletroneuromiográficos (amplitude e latência) foram comparados entre os grupos, uma semana antes da injeção do HRP. Posteriormente, comparou-se também a captação do Fluoro-Gold em outros 20 animais, sendo cinco para cada grupo. Cinco dias após este procedimento, a medula foi removida e visualizada a fresco. Utilizou-se a análise de variância (ANOVA) para comparar as médias aritméticas dos grupos. Fato importante foi à identificação de alça nervosa em três animais submetidos à neurorrafia látero-terminal, e a morfometria das alças mostrou a presença de numerosas fibras nervosas. Mesmo assim, a contagem de fibras regeneradas após neurorrafia término-terminal foi mais elevada que o número de fibras no nervo fibular após neurorrafia látero-terminal, com janela (q = 5,243 e p<0,01) ou sem janela (q = 4,951 e p<0,01) no epineuro. O grupo controle negativo (sham) apresentou média do perímetro da fibra nervosa pela microscopia eletrônica superior ao grupo de neurorrafia látero-terminal com janela no epineuro (q = 7,211 e p<0,001) e sem janela no epineuro (q = 6,971 e p<0,001). A comparação da marcação do HRP no corno anterior direito da medula mostrou diferença entre grupo da neurorrafia término-terminal com grupo da neurorrafia látero-terminal com janela no epineuro (q = 5,291 e p<0,01) e sem janela no epineuro (q = 5,617 e p<0,01), sendo maior no grupo 2. Também existiu diferença, na média da área marcada com Fluoro-Gold, entre o grupo controle positivo (neurorrafia término-terminal) e os grupos de neurorrafia látero-terminal com janela no epineuro (q = 4,071 e p<0,05) e sem janela no epineuro (q = 4,08 e p<0,05). Além disso, as amplitudes dos potenciais de ação foram significativamente superiores nos grupos sham e neurorrafia término-terminal quando comparadas com os grupos da neurorrafia látero-terminal com ou sem janela no epineuro, avaliando indiretamente o contingente de axônios no nervo em estudo. Por fim, na análise de regressão, observou-se que a contagem de fibras após neurorrafia término-terminal cresceu de forma linear à medida que aumentou o número de neurônios marcados com HRP no corno anterior da medula. Como conclusão, houve regeneração nervosa em todos os grupos estudados. No entanto, nos parâmetros avaliados, o grupo da neurorrafia término-terminal foi melhor que os grupos da neurorrafias látero-terminais. Chamou atenção a identificação da alça nervosa no grupo da neurorrafia látero-terminal, que contribuiu na regeneração do nervo fibular.The nerve regeneration is considered a highly complex phenomenon, resulting from a series of events aimed at resetting the microenvironment of the injured nerve, for directed axonal growth. End-to-end or with the autograft nerve repairs are universally accepted. Unlike the end-to-side neurorrhaphy is controversial in the literature, leading to discussion on the axonal side and the degree of motor and sensory recovery. In this study, nerve regeneration in rats after end-to-side neurorrhaphy with or without epineural window between the distal stump of the peroneal nerve (nerve receptor) and the lateral tibial nerve (donor nerve) was assessed by morphometric analysis, electromyography, electron microscopy and the raising retrograde HRP (horseradish peroxidase) and the Fluoro-Gold (FG), and compared to the end-to-end neurorrhaphy (positive control) and negative control (sham). 37 animals were operated and divided randomly into four groups: group 1 - sham (without nerve section), group 2 - positive control (end-to-end neurorrhaphy), group 3 - end-to-side neurorrhaphy with epineural window and group 4 - end-to-side neurorrhaphy without epineural window. Three months after surgery, the HRP was injected with micro syringe under direct vision, in the peroneal muscles. After a survival period of 48 hours, the nerve segments were collected and viewed in a light microscope and transmission electron microscope, in order to calculate the average number of fibers and axon perimeters. Then there was the cardiac perfusion. The swelling of the lumbar spinal segments were removed and subjected to histochemical reaction with diaminobenzidine (DAB) for disclosure of HRP in the ventral horn of the spinal cord. Electromyography data (amplitude and latency) were compared between groups, a week before injection of HRP. Subsequently, also the uptake of Fluoro-Gold was compared in other 20 animals, five for each group. Five days after this procedure, the spinal cord was removed and the frozen sectioning. Analysis of variance (ANOVA) with pos hoc test including TukeyKramer correction was used for determining differences between groups. Important fact was the identification of a loop nerve in three animals submitted to end-to-side neurorrhaphy, and morphometry of the loops showed the presence of numerous nerve fibers. Even so, the count of regenerated fibers after end-to-end neurorrhaphy was higher than the number of fibers in the peroneal nerve after end-to-side neurorrhaphy with (q = 5.243 and p <0.01) or without a epineural window (q = 4.951 and p <0.01). The negative control group (sham) had a higher measures of nerve fiber diameter by electron microscopy than the group of end-to-side neurorrhaphy with epineural window (q = 7.211 and p <0.001) and without epineural window (q = 6.971 and p <0.001). The comparison of the HRP labeling in right anterior horn of the spinal cord showed difference between the group with end-to-end neurorrhaphy and group end-to-side neurorrhaphy with epineural window (q = 5.291 and p <0.01) and without window in the epineurium (q = 5,617 and p <0,01), being higher in group 2. There was too a difference in mean area marked with Fluoro-Gold, between the positive control group (end-to-end) and groups of end-to-side neurorrhaphy with window in epineurium (q = 4.071 and p <0.05) and without window the epineurium (q = 4.08 and p <0,05). Furthermore, the amplitudes of the action potentials were significantly higher in the sham and end-to-end neurorrhaphy when compared with groups of end-to-side neurorrhaphy with or without window in epineurium, indirectly assessing the number of axons in the nerve under study. Finally, in the regression analysis, it was observed that the fiber count after end-to-end neurorrhaphy increased linearly as it increased the number of HRP-labeled neurons in the ventral horn. In conclusion, there was nerve regeneration in all groups studied. However, according the parameters evaluated, the group of end-to-end neurorrhaphy had better reinnervation than the groups of end-to-side neurorrhaphs The identification of handle nervous of group\'s end-to-side neurorrhaphy, with or without epineural window drew our attention, which it contributed in the regeneration of the distal stump of the peroneal nerve.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPColli, Benedicto OscarAlmeida, Carlos Eduardo Fagotti de2013-11-18info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17137/tde-11122024-173243/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-12-11T19:46:02Zoai:teses.usp.br:tde-11122024-173243Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-12-11T19:46:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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description A regeneração nervosa é considerada um fenômeno altamente complexo, resultante de uma sucessão de eventos visando o reajuste do microambiente do nervo lesado, para o crescimento axonal direcionado. As reparações nervosas término-terminais, ou com o auto-enxerto de nervos, são universalmente aceitas. Em contra partida, a neurorrafia látero-terminal gera controvérsias na literatura, ocasionando discussão sobre o brotamento axonal lateral e o grau de recuperação sensitiva e motora. Neste estudo, a regeneração nervosa no rato após neurorrafia látero-terminal com ou sem janela do epineuro, entre o coto distal do nervo fibular (nervo receptor) e a lateral do nervo tibial (nervo doador) foi avaliada por análise morfométrica, eletroneuromiografia, microscopia eletrônica e pela captação retrógrada do HRP (peroxidase do rábano silvestre) e do Fluoro-Gold (FG), e, comparada com a neurorrafia término-terminal (controle positivo) e o controle negativo (sham). Foram operados 37 animais e divididos aleatoriamente em quatro grupos: grupo 1- sham (sem secção nervosa); grupo 2 - controle positivo (neurorrafia término-terminal); grupo 3 - neurorrafia látero-terminal com janela no epineuro e grupo 4 - neurorrafia látero-terminal sem janela no epineuro. Três meses após as cirurgias, o HRP foi injetado com microseringa, sob visão direta, nos músculos fibulares. Após um período de sobrevivência de 48 horas, os segmentos de nervos foram coletados e visualizados no microscópio óptico e microscópio eletrônico de transmissão, com intuito de calcular a média do número de fibras e perímetros dos axônios. Em seguida, realizou-se a perfusão cardíaca. Os segmentos medulares da intumescência lombar foram removidos e submetidos à reação histoquímica com diaminobenzidina (DAB) para a evidenciação do HRP no corno anterior da medula. Os dados eletroneuromiográficos (amplitude e latência) foram comparados entre os grupos, uma semana antes da injeção do HRP. Posteriormente, comparou-se também a captação do Fluoro-Gold em outros 20 animais, sendo cinco para cada grupo. Cinco dias após este procedimento, a medula foi removida e visualizada a fresco. Utilizou-se a análise de variância (ANOVA) para comparar as médias aritméticas dos grupos. Fato importante foi à identificação de alça nervosa em três animais submetidos à neurorrafia látero-terminal, e a morfometria das alças mostrou a presença de numerosas fibras nervosas. Mesmo assim, a contagem de fibras regeneradas após neurorrafia término-terminal foi mais elevada que o número de fibras no nervo fibular após neurorrafia látero-terminal, com janela (q = 5,243 e p<0,01) ou sem janela (q = 4,951 e p<0,01) no epineuro. O grupo controle negativo (sham) apresentou média do perímetro da fibra nervosa pela microscopia eletrônica superior ao grupo de neurorrafia látero-terminal com janela no epineuro (q = 7,211 e p<0,001) e sem janela no epineuro (q = 6,971 e p<0,001). A comparação da marcação do HRP no corno anterior direito da medula mostrou diferença entre grupo da neurorrafia término-terminal com grupo da neurorrafia látero-terminal com janela no epineuro (q = 5,291 e p<0,01) e sem janela no epineuro (q = 5,617 e p<0,01), sendo maior no grupo 2. Também existiu diferença, na média da área marcada com Fluoro-Gold, entre o grupo controle positivo (neurorrafia término-terminal) e os grupos de neurorrafia látero-terminal com janela no epineuro (q = 4,071 e p<0,05) e sem janela no epineuro (q = 4,08 e p<0,05). Além disso, as amplitudes dos potenciais de ação foram significativamente superiores nos grupos sham e neurorrafia término-terminal quando comparadas com os grupos da neurorrafia látero-terminal com ou sem janela no epineuro, avaliando indiretamente o contingente de axônios no nervo em estudo. Por fim, na análise de regressão, observou-se que a contagem de fibras após neurorrafia término-terminal cresceu de forma linear à medida que aumentou o número de neurônios marcados com HRP no corno anterior da medula. Como conclusão, houve regeneração nervosa em todos os grupos estudados. No entanto, nos parâmetros avaliados, o grupo da neurorrafia término-terminal foi melhor que os grupos da neurorrafias látero-terminais. Chamou atenção a identificação da alça nervosa no grupo da neurorrafia látero-terminal, que contribuiu na regeneração do nervo fibular.
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