Estudo do perfil dos microRNA-221 e microRNA-29a em indivíduos com doença aterosclerótica carotídea tratados com endarterectomia e angioplastia carotídea
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Publication Date: | 2024 |
Format: | Doctoral thesis |
Language: | por |
Source: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Download full: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17137/tde-23012025-094741/ |
Summary: | Introdução: Sabe-se que os microRNAs (miRNA) estão envolvidos nos processos da inflamação endotelial e da formação da placa de ateroma, responsáveis também em regular sua estabilidade, sendo sua expressão específica para cada tecido e doença. O perfil de miRNA pode ser usado como marcador para diagnóstico, prognóstico e para influenciar o rumo das doenças, através do seu estímulo ou supressão. Nosso objetivo foi estudar a relação entre a expressão dos miRNA-221 e 29a no pré e pós-operatório de doentes com doença carotídea, o tratamento cirúrgico utilizado e a evolução clínica dos doentes. População e Métodos: selecionamos 61 indivíduos com estenose carotídea com indicação cirúrgica, dos quais 43 foram submetidos à endarterectomia (Grupo 1) e 18 à angioplastia (Grupo 2). Coletamos amostra de sangue para dosagem de miRNAs no pré-operatório e 6 meses após a cirurgia, associada à avaliação clínica e ultrassonográfica. Resultados: dos doentes selecionados, a maioria era do sexo masculino (62,3%); hipertensa (91,4%); diabética (52,6%) e com história prévia de tabagismo (69,2%). Além disso, 49% dos doentes eram sintomáticos e 23,4% com doença arterial coronariana relatada. O miRNA-29a apresentou queda estatisticamente significativa na sua expressão 6 meses após a correção cirúrgica (IC 95%, de 17,83 para 1,20; p<0,001). O miRNA-221 comportou-se de maneira semelhante (IC 95%, de 150,99 para 8,67; p<0,001). Quanto à técnica utilizada, o Grupo 1 (IC 95%, de 1232,5 para 62,6; p < 0,001) apresentou queda maior que o Grupo 2 (IC 95%, de 847,6 para 47,5; p < 0,001). Na avaliação ultrassonográfica, a queda no grupo com ultrassonografia normal aos 6 meses no miRNA-29a (IC 95%, de 20,4 para 1,2; p = 0,001) e miRNA-221 (IC 95%, de 153,9 para 9,5; p<0,001) foi maior que no grupo com reestenose, tanto no miRNA-29a (IC 95%, de 291,1 para 1,2; p=0,04) quanto no miRNA-221 (IC 95%, de 243,8 para 8,8; p=0,02). Não observamos interferência da presença de sintomas no pré-operatório, de doença arterial coronariana ou tabagismo. Conclusão: a queda da expressão desses miRNA no pós-operatório pode sugerir a utilização dessas moléculas como biomarcadores séricos para seguimento dos doentes. |
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Estudo do perfil dos microRNA-221 e microRNA-29a em indivíduos com doença aterosclerótica carotídea tratados com endarterectomia e angioplastia carotídeaProfile of microRNA-221 and microRNA-29a in individuals with carotid atherosclerotic disease treated with endarterectomy and carotid angioplastyAngioplastiaAngioplastyArterosclerose carotídeaBiomarcadoresBiomarkersCarotid atherosclerosisCarotid endarterectomyEndarterectomia das carótidasMicroRNAMicroRNAIntrodução: Sabe-se que os microRNAs (miRNA) estão envolvidos nos processos da inflamação endotelial e da formação da placa de ateroma, responsáveis também em regular sua estabilidade, sendo sua expressão específica para cada tecido e doença. O perfil de miRNA pode ser usado como marcador para diagnóstico, prognóstico e para influenciar o rumo das doenças, através do seu estímulo ou supressão. Nosso objetivo foi estudar a relação entre a expressão dos miRNA-221 e 29a no pré e pós-operatório de doentes com doença carotídea, o tratamento cirúrgico utilizado e a evolução clínica dos doentes. População e Métodos: selecionamos 61 indivíduos com estenose carotídea com indicação cirúrgica, dos quais 43 foram submetidos à endarterectomia (Grupo 1) e 18 à angioplastia (Grupo 2). Coletamos amostra de sangue para dosagem de miRNAs no pré-operatório e 6 meses após a cirurgia, associada à avaliação clínica e ultrassonográfica. Resultados: dos doentes selecionados, a maioria era do sexo masculino (62,3%); hipertensa (91,4%); diabética (52,6%) e com história prévia de tabagismo (69,2%). Além disso, 49% dos doentes eram sintomáticos e 23,4% com doença arterial coronariana relatada. O miRNA-29a apresentou queda estatisticamente significativa na sua expressão 6 meses após a correção cirúrgica (IC 95%, de 17,83 para 1,20; p<0,001). O miRNA-221 comportou-se de maneira semelhante (IC 95%, de 150,99 para 8,67; p<0,001). Quanto à técnica utilizada, o Grupo 1 (IC 95%, de 1232,5 para 62,6; p < 0,001) apresentou queda maior que o Grupo 2 (IC 95%, de 847,6 para 47,5; p < 0,001). Na avaliação ultrassonográfica, a queda no grupo com ultrassonografia normal aos 6 meses no miRNA-29a (IC 95%, de 20,4 para 1,2; p = 0,001) e miRNA-221 (IC 95%, de 153,9 para 9,5; p<0,001) foi maior que no grupo com reestenose, tanto no miRNA-29a (IC 95%, de 291,1 para 1,2; p=0,04) quanto no miRNA-221 (IC 95%, de 243,8 para 8,8; p=0,02). Não observamos interferência da presença de sintomas no pré-operatório, de doença arterial coronariana ou tabagismo. Conclusão: a queda da expressão desses miRNA no pós-operatório pode sugerir a utilização dessas moléculas como biomarcadores séricos para seguimento dos doentes.Introduction: It is known that microRNAs (miRNA) are involved in the processes of endothelial inflammation and atheroma plaque formation, and are also responsible for regulating its stability, with its expression being specific to each tissue and disease. The miRNA profile can be used as a marker for diagnosis and prognosis and influence the course of diseases, through its stimulation or suppression. Our objective was to study the relationship between the expression of miRNA-221 and 29a in the pre- and postoperative periods of patients with carotid disease, the surgical treatment used and the clinical evolution of this patient. Population and Methods: we selected 61 individuals with unilateral or bilateral carotid stenosis, above 70%, of which 43 underwent endarterectomy (Group 1) and 18 underwent angioplasty (Group 2). We collected blood to measure serum miRNAs preoperatively and 6 months after surgery. In the 1-month postoperative follow-up, we carried out a clinical evaluation and at 6 months, a Carotid Artery Doppler Ultrasound. Results: of the selected patients, the majority were male (62.3%); hypertensive (91.4%); diabetic (52.6%) and with a previous history of smoking (69.2%). Furthermore, 49% of patients were symptomatic and 23.4% reported coronary artery disease. MiRNA-29a showed a statistically significant drop in expression 6 months after surgical correction (95% CI, from 17.83 to 1.20; p<0.001). miRNA-221 behaved in a similar way (95% CI, from 150.99 to 8.67; p<0.001). Regarding the technique used, Group 1 (95% CI, from 1232.5 to 62.6; p < 0.001) showed a greater drop than Group 2 (95% CI, from 847.6 to 47.5; p < 0.001 ). In the ultrasound evaluation, the drop in the group with normal ultrasound at 6 months in miRNA-29a (95% CI, from 20.4 to 1.2; p = 0.001) and miRNA-221 (95% CI, from 153.9 to 9.5; p<0.001) was greater than the drops in the group with restenosis, both in miRNA-29a (95% CI, from 291.1 to 1.2; p=0.04) and in miRNA-221 (IC 95%, from 243.8 to 8.8; p=0.02). We did not observe any interference from the presence of symptoms preoperatively, coronary artery disease or smoking. Conclusion: the drop in the expression of these miRNAs in the postoperative period may suggest the use of these molecules as serum biomarkers for monitoring these patients.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPJoviliano, Edwaldo EdnerFerreira, Natália Gianini Teixeira2024-09-23info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17137/tde-23012025-094741/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2025-03-21T14:19:02Zoai:teses.usp.br:tde-23012025-094741Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212025-03-21T14:19:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Introdução: Sabe-se que os microRNAs (miRNA) estão envolvidos nos processos da inflamação endotelial e da formação da placa de ateroma, responsáveis também em regular sua estabilidade, sendo sua expressão específica para cada tecido e doença. O perfil de miRNA pode ser usado como marcador para diagnóstico, prognóstico e para influenciar o rumo das doenças, através do seu estímulo ou supressão. Nosso objetivo foi estudar a relação entre a expressão dos miRNA-221 e 29a no pré e pós-operatório de doentes com doença carotídea, o tratamento cirúrgico utilizado e a evolução clínica dos doentes. População e Métodos: selecionamos 61 indivíduos com estenose carotídea com indicação cirúrgica, dos quais 43 foram submetidos à endarterectomia (Grupo 1) e 18 à angioplastia (Grupo 2). Coletamos amostra de sangue para dosagem de miRNAs no pré-operatório e 6 meses após a cirurgia, associada à avaliação clínica e ultrassonográfica. Resultados: dos doentes selecionados, a maioria era do sexo masculino (62,3%); hipertensa (91,4%); diabética (52,6%) e com história prévia de tabagismo (69,2%). Além disso, 49% dos doentes eram sintomáticos e 23,4% com doença arterial coronariana relatada. O miRNA-29a apresentou queda estatisticamente significativa na sua expressão 6 meses após a correção cirúrgica (IC 95%, de 17,83 para 1,20; p<0,001). O miRNA-221 comportou-se de maneira semelhante (IC 95%, de 150,99 para 8,67; p<0,001). Quanto à técnica utilizada, o Grupo 1 (IC 95%, de 1232,5 para 62,6; p < 0,001) apresentou queda maior que o Grupo 2 (IC 95%, de 847,6 para 47,5; p < 0,001). Na avaliação ultrassonográfica, a queda no grupo com ultrassonografia normal aos 6 meses no miRNA-29a (IC 95%, de 20,4 para 1,2; p = 0,001) e miRNA-221 (IC 95%, de 153,9 para 9,5; p<0,001) foi maior que no grupo com reestenose, tanto no miRNA-29a (IC 95%, de 291,1 para 1,2; p=0,04) quanto no miRNA-221 (IC 95%, de 243,8 para 8,8; p=0,02). Não observamos interferência da presença de sintomas no pré-operatório, de doença arterial coronariana ou tabagismo. Conclusão: a queda da expressão desses miRNA no pós-operatório pode sugerir a utilização dessas moléculas como biomarcadores séricos para seguimento dos doentes. |
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