Alter do Chão aquifer system west of Manaus city, Amazonas State, Brazil: hydrochemical processes, origin of salinity and relations with adjacent aquifers
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Publication Date: | 2018 |
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Source: | Geologia USP. Série Científica (Online) |
Download full: | https://revistas.usp.br/guspsc/article/view/147769 |
Summary: | O aquífero associado à Formação Alter do Chão (FAC) — subsistema aquífero Alter do Chão (AAC) — é o mais conhecido da região amazônica. Estudos recentes indicam sua possível conexão com o subsistema aquífero cretáceo Tikuna, que possui continuidade por todas as bacias amazônicas, ambos integrando o grande Sistema Aquífero Amazônico (SAA). O objetivo do presente trabalho foi o aperfeiçoamento do modelo conceitual de funcionamento do AAC a oeste de Manaus. A metodologia incluiu medidas do nível d’água, de parâmetros físico-químicos in situ em poços e amostragem para análises químicas e isotópicas das águas subterrâneas. Realizou-se o levantamento das características geológicas e limites do aquífero, baseado em dados de poços de petróleo e de abastecimento de água existentes. Os resultados revelaram que as águas do AAC a oeste de Manaus possuem duas origens principais: 1) origem meteórica, pouco mineralizadas, situadas nas camadas aquíferas superiores, em um sistema livre, com recarga local; 2) origem remota, mais mineralizadas, com maior tempo de residência no aquífero, armazenadas nas camadas mais profundas em um sistema provavelmente confinado, originadas possivelmente em áreas de recarga do bordo oeste do SAA. As análises isotópicas calibradas sugerem uma idade média de 21.380 anos para águas subterrâneas mais mineralizadas e profundas dos municípios de Manacapuru e Careiro. Essa água é, provavelmente, resultado de uma mescla de águas mais antigas com águas de recarga mais recente. Por conta dessa diferenciação hidrogeoquímica, correlacionada com a geologia local, o AAC foi subdividido em uma porção superior, livre e menos mineralizada, e outra inferior, mais antiga e mineralizada, ambas misturadas a leste do Arco de Purus, com progressiva diluição pela chuva. |
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Alter do Chão aquifer system west of Manaus city, Amazonas State, Brazil: hydrochemical processes, origin of salinity and relations with adjacent aquifersSistema aquífero Alter do Chão a oeste da cidade de Manaus (AM): processos hidrogeoquímicos, origem da salinidade e relações com aquíferos adjacentesAlter do Chão aquiferHydrogeologyHidrogeochemistryManaus Metropolitan Area.Aquífero Alter do ChãoHidrogeologiaHidrogeoquímicaRegião Metropolitana de Manaus.O aquífero associado à Formação Alter do Chão (FAC) — subsistema aquífero Alter do Chão (AAC) — é o mais conhecido da região amazônica. Estudos recentes indicam sua possível conexão com o subsistema aquífero cretáceo Tikuna, que possui continuidade por todas as bacias amazônicas, ambos integrando o grande Sistema Aquífero Amazônico (SAA). O objetivo do presente trabalho foi o aperfeiçoamento do modelo conceitual de funcionamento do AAC a oeste de Manaus. A metodologia incluiu medidas do nível d’água, de parâmetros físico-químicos in situ em poços e amostragem para análises químicas e isotópicas das águas subterrâneas. Realizou-se o levantamento das características geológicas e limites do aquífero, baseado em dados de poços de petróleo e de abastecimento de água existentes. Os resultados revelaram que as águas do AAC a oeste de Manaus possuem duas origens principais: 1) origem meteórica, pouco mineralizadas, situadas nas camadas aquíferas superiores, em um sistema livre, com recarga local; 2) origem remota, mais mineralizadas, com maior tempo de residência no aquífero, armazenadas nas camadas mais profundas em um sistema provavelmente confinado, originadas possivelmente em áreas de recarga do bordo oeste do SAA. As análises isotópicas calibradas sugerem uma idade média de 21.380 anos para águas subterrâneas mais mineralizadas e profundas dos municípios de Manacapuru e Careiro. Essa água é, provavelmente, resultado de uma mescla de águas mais antigas com águas de recarga mais recente. Por conta dessa diferenciação hidrogeoquímica, correlacionada com a geologia local, o AAC foi subdividido em uma porção superior, livre e menos mineralizada, e outra inferior, mais antiga e mineralizada, ambas misturadas a leste do Arco de Purus, com progressiva diluição pela chuva.The aquifer associated with the Alter do Chão Formation (ACF) — Alter do Chão Aquifer subsystem (ACA) — is the best known in the Amazon region. Recent studies have indicated its possible connection with the Cretaceous Tikuna Subsystem, which is continuous throughout the Amazon basins, both parts of the great Amazon Aquifer System (AAS). The aim of the article was to generate new insights on the ACA functioning, in the west of Manaus. The methodology included measurements of water level and in situ physical-chemical parameters in wells, along with groundwater sampling for chemical and isotopic analysis. Geological characteristics and aquifer boundaries were estimated with data from existing oil and water wells. Results show that ACA waters in western Manaus have two main origins: 1) meteoric origin, with poorly mineralized waters, situated in the upper aquifer layers in an unconfined system with local recharge; 2) remote origin, more mineralized, with longer residence time in the aquifer, stored in the deeper layers, probably in a confined system. Its origin is presumably in the recharging areas on the AAS western edge. Calibrated isotope analyzes suggest an average age of 21,380 years for more mineralized groundwater occurring in deeper wells from Manacapuru and Careiro municipalities. This water is probably the result of a mixture of older waters with more recent recharge waters. Due to the hydrogeochemical water variation, correlated with local geology, Alter do Chão Aquifer System was divided in an upper unconfined and less mineralized portion, and another older and mineralized lower portion, both mixed eastwards, with a progressive dilution by rainfall.Universidade de São Paulo. Instituto de Geociências2018-03-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/epub+ziphttps://revistas.usp.br/guspsc/article/view/14776910.11606/issn.2316-9095.v18-134253Geologia USP. Série Científica; Vol. 18 Núm. 1 (2018); 273-296Geologia USP. Série Científica; Vol. 18 No. 1 (2018); 273-296Geologia USP. Série Científica; v. 18 n. 1 (2018); 273-2962316-9095reponame:Geologia USP. 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