Contribuição à geologia, petrografia e geoquímica dos diques máficos da porção centro-leste de Rondônia, sudoeste do Cráton Amazônico
Main Author: | |
---|---|
Publication Date: | 2016 |
Other Authors: | , |
Format: | Article |
Language: | por |
Source: | Geologia USP. Série Científica (Online) |
Download full: | https://revistas.usp.br/guspsc/article/view/113860 |
Summary: | Dois tipos de diques máficos ocorrem na porção centro-leste de Rondônia, a sudoeste do Cráton Amazônico. Os enxames posicionam-se na interface entre duas províncias geocronológicas e terrenos tectônicos distintos (Província Rio Negro-Juruena e Sunsás-Aguapeí, individualizadas no Terreno Jamari e Terreno Nova Brasilândia, respectivamente), separados pelo gráben paleozoico de Pimenta Bueno. Eles são denominados diabásio I e diabásio II. Diabásio I orienta-se preferencialmente segundo WNW-ESE, subordinadamente segundo NW-SE, e cortam rochas proterozoicas das formações Migrantinópolis e Terra Boa, e da Suíte Intrusiva Serra da Providência. Diabásio II é mais abundante na região e orienta-se preferencialmente segundo N-S e NNE-SSW, e subordinadamente segundo WSW-ESE. Esse enxame intrude rochas paleozoicas das formações Pedra Redonda e Pimenta Bueno. As principais diferenças petrográficas consistem na presença de ortopiroxênio somente nas amostras do diabásio II, e em diferentes texturas, predominantemente equigranular no diabásio I, e frequentemente porfirítica e microporfirítica no diabásio II. Geoquimicamente, as rochas de ambos os tipos classificam-se como basaltos toleíticos. Diabásio I (mg# 0,35 – 0,71) é mais enriquecido em FeO, TiO2 , K2 O, P2 O5 e elementos incompatíveis em comparação ao diabásio II (mg# 0,40 – 0,60). A diferença em grau de enriquecimento de ambos os magmas e a nítida distinção entre razões de elementos incompatíveis indicam que diabásio I e diabásio II são provenientes de diferentes mantos parentais. A grande similaridade entre teores e razões de elementos incompatíveis dos diabásios I e metagabros do Grupo Nova Brasilândia (1,10 Ga) sugere que ambos os magmas originaram-se de fontes mantélicas semelhantes, devendose levar em conta, para futuras pesquisas, a possibilidade da proximidade das respectivas idades de intrusão. As características geológicas do enxame de diabásio II sugere idade mesozoica. Os dados geológicos e geoquímicos indicam ambiente intracratônico para ambos os enxames |
id |
USP-73_8c64d4da4e20b75b398bd84d58385eb9 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:revistas.usp.br:article/113860 |
network_acronym_str |
USP-73 |
network_name_str |
Geologia USP. Série Científica (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Contribuição à geologia, petrografia e geoquímica dos diques máficos da porção centro-leste de Rondônia, sudoeste do Cráton AmazônicoContribution to the geology, geochemistry and petrography of mafic dykes from the central-east portion of Rondônia, SW Amazonian CratonMafic dykesGeochemistryRondôniaDiques máficosGeoquímicaRondôniaDois tipos de diques máficos ocorrem na porção centro-leste de Rondônia, a sudoeste do Cráton Amazônico. Os enxames posicionam-se na interface entre duas províncias geocronológicas e terrenos tectônicos distintos (Província Rio Negro-Juruena e Sunsás-Aguapeí, individualizadas no Terreno Jamari e Terreno Nova Brasilândia, respectivamente), separados pelo gráben paleozoico de Pimenta Bueno. Eles são denominados diabásio I e diabásio II. Diabásio I orienta-se preferencialmente segundo WNW-ESE, subordinadamente segundo NW-SE, e cortam rochas proterozoicas das formações Migrantinópolis e Terra Boa, e da Suíte Intrusiva Serra da Providência. Diabásio II é mais abundante na região e orienta-se preferencialmente segundo N-S e NNE-SSW, e subordinadamente segundo WSW-ESE. Esse enxame intrude rochas paleozoicas das formações Pedra Redonda e Pimenta Bueno. As principais diferenças petrográficas consistem na presença de ortopiroxênio somente nas amostras do diabásio II, e em diferentes texturas, predominantemente equigranular no diabásio I, e frequentemente porfirítica e microporfirítica no diabásio II. Geoquimicamente, as rochas de ambos os tipos classificam-se como basaltos toleíticos. Diabásio I (mg# 0,35 – 0,71) é mais enriquecido em FeO, TiO2 , K2 O, P2 O5 e elementos incompatíveis em comparação ao diabásio II (mg# 0,40 – 0,60). A diferença em grau de enriquecimento de ambos os magmas e a nítida distinção entre razões de elementos incompatíveis indicam que diabásio I e diabásio II são provenientes de diferentes mantos parentais. A grande similaridade entre teores e razões de elementos incompatíveis dos diabásios I e metagabros do Grupo Nova Brasilândia (1,10 Ga) sugere que ambos os magmas originaram-se de fontes mantélicas semelhantes, devendose levar em conta, para futuras pesquisas, a possibilidade da proximidade das respectivas idades de intrusão. As características geológicas do enxame de diabásio II sugere idade mesozoica. Os dados geológicos e geoquímicos indicam ambiente intracratônico para ambos os enxamesTwo types of mafic dykes occur in the central-east portion of Rondônia State, in the SW Amazonian Craton. They are located at the interface between two geochronological provinces and distinct tectonic terrains (Rio Negro-Juruena and Sunsas-Aguapei Provinces, Jamari Terrain and Nova Brasilandia Terrain, respectively) and are separated by the Pimento Bueno paleozoic graben. They are named diabase I and diabase II. Diabase I trends predominantly WNW-ESE, and subordinately NW-SE, and crosscut proterozoic rocks from Migrantopolis and Terra Boa Formations and from the Intrusive Suite of Serra da Providência. Diabase II is more widespread in the region and trends mainly N-S and NNE-SSW, and subordinately WSW-ESE. This swarm crosscuts both proterozoic (Migrantinópolis and Terra Boa formations), and paleozoic rocks (Pedra Redonda and Pimenta Bueno formations). The main petrographic differences refers to the presence of orthopyroxene only in the diabase II samples, and different textures, predominately equigranular, in diabase I, and frequently porphyritic and microporphyritic in diabase II. Geochemically, both types are classified as tholeiitic basalts. Diabase I (mg# 0.35 – 0.71) is more enriched in FeO, TiO2 , K2 O, P2 O5 and in incompatible elements in comparison with diabase II (mg# 0.40 – 0.60). The difference between enrichment degree of both melts and the clear distinction between incompatible element ratios indicate that diabase I and diabase II originate from different parent mantles. The great similarity between contents and incompatible element ratios of diabase I dykes and metagabbros from the Nova Brasilândia Group (1.10 Ga) suggest that both melts originate from similar sources, and forthcoming researches should take into account the possibility of similar intrusion ages. The geological setting of the diabase II swarm suggests that these intrusions could be mesozoic. Geologic and geochemical data indicate an intracontinental setting for both swarmsUniversidade de São Paulo. Instituto de Geociências2016-04-07info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/epub+ziphttps://revistas.usp.br/guspsc/article/view/11386010.11606/issn.2316-9095.v16i1p3-21Geologia USP. Série Científica; Vol. 16 Núm. 1 (2016); 3-21Geologia USP. Série Científica; Vol. 16 No. 1 (2016); 3-21Geologia USP. Série Científica; v. 16 n. 1 (2016); 3-212316-9095reponame:Geologia USP. Série Científica (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://revistas.usp.br/guspsc/article/view/113860/111722https://revistas.usp.br/guspsc/article/view/113860/113714Copyright (c) 2016 Geologia USP. Série Científicainfo:eu-repo/semantics/openAccessTrindade Netto, Gil BarretoCosta, Paulo César Corrêa daGirardi, Vicente Antonio Vitório2020-06-10T03:52:06Zoai:revistas.usp.br:article/113860Revistahttps://www.revistas.usp.br/guspscPUBhttps://www.revistas.usp.br/guspsc/oaipubligc@usp.br2316-90951519-874Xopendoar:2020-06-10T03:52:06Geologia USP. Série Científica (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Contribuição à geologia, petrografia e geoquímica dos diques máficos da porção centro-leste de Rondônia, sudoeste do Cráton Amazônico Contribution to the geology, geochemistry and petrography of mafic dykes from the central-east portion of Rondônia, SW Amazonian Craton |
title |
Contribuição à geologia, petrografia e geoquímica dos diques máficos da porção centro-leste de Rondônia, sudoeste do Cráton Amazônico |
spellingShingle |
Contribuição à geologia, petrografia e geoquímica dos diques máficos da porção centro-leste de Rondônia, sudoeste do Cráton Amazônico Trindade Netto, Gil Barreto Mafic dykes Geochemistry Rondônia Diques máficos Geoquímica Rondônia |
title_short |
Contribuição à geologia, petrografia e geoquímica dos diques máficos da porção centro-leste de Rondônia, sudoeste do Cráton Amazônico |
title_full |
Contribuição à geologia, petrografia e geoquímica dos diques máficos da porção centro-leste de Rondônia, sudoeste do Cráton Amazônico |
title_fullStr |
Contribuição à geologia, petrografia e geoquímica dos diques máficos da porção centro-leste de Rondônia, sudoeste do Cráton Amazônico |
title_full_unstemmed |
Contribuição à geologia, petrografia e geoquímica dos diques máficos da porção centro-leste de Rondônia, sudoeste do Cráton Amazônico |
title_sort |
Contribuição à geologia, petrografia e geoquímica dos diques máficos da porção centro-leste de Rondônia, sudoeste do Cráton Amazônico |
author |
Trindade Netto, Gil Barreto |
author_facet |
Trindade Netto, Gil Barreto Costa, Paulo César Corrêa da Girardi, Vicente Antonio Vitório |
author_role |
author |
author2 |
Costa, Paulo César Corrêa da Girardi, Vicente Antonio Vitório |
author2_role |
author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Trindade Netto, Gil Barreto Costa, Paulo César Corrêa da Girardi, Vicente Antonio Vitório |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Mafic dykes Geochemistry Rondônia Diques máficos Geoquímica Rondônia |
topic |
Mafic dykes Geochemistry Rondônia Diques máficos Geoquímica Rondônia |
description |
Dois tipos de diques máficos ocorrem na porção centro-leste de Rondônia, a sudoeste do Cráton Amazônico. Os enxames posicionam-se na interface entre duas províncias geocronológicas e terrenos tectônicos distintos (Província Rio Negro-Juruena e Sunsás-Aguapeí, individualizadas no Terreno Jamari e Terreno Nova Brasilândia, respectivamente), separados pelo gráben paleozoico de Pimenta Bueno. Eles são denominados diabásio I e diabásio II. Diabásio I orienta-se preferencialmente segundo WNW-ESE, subordinadamente segundo NW-SE, e cortam rochas proterozoicas das formações Migrantinópolis e Terra Boa, e da Suíte Intrusiva Serra da Providência. Diabásio II é mais abundante na região e orienta-se preferencialmente segundo N-S e NNE-SSW, e subordinadamente segundo WSW-ESE. Esse enxame intrude rochas paleozoicas das formações Pedra Redonda e Pimenta Bueno. As principais diferenças petrográficas consistem na presença de ortopiroxênio somente nas amostras do diabásio II, e em diferentes texturas, predominantemente equigranular no diabásio I, e frequentemente porfirítica e microporfirítica no diabásio II. Geoquimicamente, as rochas de ambos os tipos classificam-se como basaltos toleíticos. Diabásio I (mg# 0,35 – 0,71) é mais enriquecido em FeO, TiO2 , K2 O, P2 O5 e elementos incompatíveis em comparação ao diabásio II (mg# 0,40 – 0,60). A diferença em grau de enriquecimento de ambos os magmas e a nítida distinção entre razões de elementos incompatíveis indicam que diabásio I e diabásio II são provenientes de diferentes mantos parentais. A grande similaridade entre teores e razões de elementos incompatíveis dos diabásios I e metagabros do Grupo Nova Brasilândia (1,10 Ga) sugere que ambos os magmas originaram-se de fontes mantélicas semelhantes, devendose levar em conta, para futuras pesquisas, a possibilidade da proximidade das respectivas idades de intrusão. As características geológicas do enxame de diabásio II sugere idade mesozoica. Os dados geológicos e geoquímicos indicam ambiente intracratônico para ambos os enxames |
publishDate |
2016 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2016-04-07 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://revistas.usp.br/guspsc/article/view/113860 10.11606/issn.2316-9095.v16i1p3-21 |
url |
https://revistas.usp.br/guspsc/article/view/113860 |
identifier_str_mv |
10.11606/issn.2316-9095.v16i1p3-21 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://revistas.usp.br/guspsc/article/view/113860/111722 https://revistas.usp.br/guspsc/article/view/113860/113714 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2016 Geologia USP. Série Científica info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2016 Geologia USP. Série Científica |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf application/epub+zip |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade de São Paulo. Instituto de Geociências |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade de São Paulo. Instituto de Geociências |
dc.source.none.fl_str_mv |
Geologia USP. Série Científica; Vol. 16 Núm. 1 (2016); 3-21 Geologia USP. Série Científica; Vol. 16 No. 1 (2016); 3-21 Geologia USP. Série Científica; v. 16 n. 1 (2016); 3-21 2316-9095 reponame:Geologia USP. Série Científica (Online) instname:Universidade de São Paulo (USP) instacron:USP |
instname_str |
Universidade de São Paulo (USP) |
instacron_str |
USP |
institution |
USP |
reponame_str |
Geologia USP. Série Científica (Online) |
collection |
Geologia USP. Série Científica (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Geologia USP. Série Científica (Online) - Universidade de São Paulo (USP) |
repository.mail.fl_str_mv |
publigc@usp.br |
_version_ |
1840542959862284289 |