Efeito do ruído contralateral nas emissões otoacústicas transientes em crianças com transtorno do espectro do autismo

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Main Author: Crusius, Jacqueline Serini
Publication Date: 2024
Format: Master thesis
Language: por
Source: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Download full: http://hdl.handle.net/10183/290513
Summary: Introdução: O Transtorno do Espetro do Autismo (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por prejuízos persistentes na comunicação e interação social, além de padrões de comportamentos repetitivos e restritos. As alterações das habilidades auditivas centrais, tais como dificuldade na detecção, discriminação da fala com ruído e hiper-reatividade a estímulos sensoriais, configura uma manifestação recorrente na população em estudo, sendo determinante para o desenvolvimento da linguagem e das habilidades sociais. As emissões otoacústicas transientes (EOAT), é um exame objetivo utilizado na prática clínica para avaliação da fisiologia coclear e integridade das células ciliadas externas. Quando apresentadas com ruído contralateral, possibilita a avaliação da integridade coclear e o funcionamento do reflexo olivococlear, tais como ganho de amplificação coclear e seletividade frequencial. Objetivos: Avaliar as respostas das emissões otoacústicas transientes com a apresentação de ruído contralateral em crianças diagnosticadas com transtorno do espectro do autismo em diferentes níveis de suporte de severidade. Método: Estudo transversal, contemporâneo e comparativo. A amostra foi composta por 21 crianças com diagnóstico de transtorno do espectro do autismo, de ambos os sexos, com idades entre 2 anos e 5 anos e 11 meses. A amostra foi dividida conforme o grau de severidade de TEA, segundo os critérios de manual diagnóstico e estatístico de doenças mentais versão V (DSM-V). Previamente à pesquisa, foi realizada a timpanometria e o exame do potencial evocado auditivo de tronco encefálico, garantindo a integridade e funcionamento adequado da orelha média e da via auditiva. Posteriormente foram realizadas as EOAT apresentadas a um estímulo click, com uma intensidade de 83 dB NPS, com uma janela de análise de 4 e 12,5ms milissegundos e taxa de repetição de 260 varreduras. Para finalizar, foi apresentado um ruído branco contralateral com intensidade de 60dBNA simultaneamente as EOAT. Resultados: A amostra foi constituída por 13 crianças no Grupo TEA nível 2 (GTEA2) e 8 crianças no Grupo TEA nível 3 (GTEA3). Nenhuma criança apresentava nível 1 de suporte. Dentre as crianças, 85,71% eram do sexo masculino. Todos possuíam queixa de atraso do desenvolvimento da linguagem relatado pelos pais e mães e 57,14% apresentavam hipersensibilidade auditiva relatada. Não houve diferenças significativas na comparação das respostas das emissões otoacústicas com apresentação de ruído contralateral entre orelhas e entre grupos. Ao passo que, na comparação entre frequências, houve maiores diferenças de respostas em faixas de 1,0Khz, 1,42Khz e 2,0Khz (p<0,001), onde observou-se maior amplitude das EOAT sem ruído e com ruído contralateral e consequentemente, maior efeito de supressão. Conclusão: Na presente pesquisa, foi observado que crianças com TEA apresentaram respostas diminuídas das emissões otoacústicas transientes com ruído contralateral em ambas as orelhas, apresentando o efeito de supressão. Contudo, notam-se aumento de amplitude de respostas em frequências abaixo de 2,0Khz, sugerindo dificuldade no processamento de sinais auditivos recebidos devido a alterações nos circuitos ao nível de complexo olivococlear medial.
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Quando apresentadas com ruído contralateral, possibilita a avaliação da integridade coclear e o funcionamento do reflexo olivococlear, tais como ganho de amplificação coclear e seletividade frequencial. Objetivos: Avaliar as respostas das emissões otoacústicas transientes com a apresentação de ruído contralateral em crianças diagnosticadas com transtorno do espectro do autismo em diferentes níveis de suporte de severidade. Método: Estudo transversal, contemporâneo e comparativo. A amostra foi composta por 21 crianças com diagnóstico de transtorno do espectro do autismo, de ambos os sexos, com idades entre 2 anos e 5 anos e 11 meses. A amostra foi dividida conforme o grau de severidade de TEA, segundo os critérios de manual diagnóstico e estatístico de doenças mentais versão V (DSM-V). Previamente à pesquisa, foi realizada a timpanometria e o exame do potencial evocado auditivo de tronco encefálico, garantindo a integridade e funcionamento adequado da orelha média e da via auditiva. Posteriormente foram realizadas as EOAT apresentadas a um estímulo click, com uma intensidade de 83 dB NPS, com uma janela de análise de 4 e 12,5ms milissegundos e taxa de repetição de 260 varreduras. Para finalizar, foi apresentado um ruído branco contralateral com intensidade de 60dBNA simultaneamente as EOAT. Resultados: A amostra foi constituída por 13 crianças no Grupo TEA nível 2 (GTEA2) e 8 crianças no Grupo TEA nível 3 (GTEA3). Nenhuma criança apresentava nível 1 de suporte. Dentre as crianças, 85,71% eram do sexo masculino. Todos possuíam queixa de atraso do desenvolvimento da linguagem relatado pelos pais e mães e 57,14% apresentavam hipersensibilidade auditiva relatada. Não houve diferenças significativas na comparação das respostas das emissões otoacústicas com apresentação de ruído contralateral entre orelhas e entre grupos. 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Central auditory processing alterations, such as difficulties in speech detection, speech discrimination in noise, and hyper-reactivity to sensory stimuli, are recurring manifestations in the studied population, playing a crucial role in language development and social skills. Transient otoacoustic emissions (TEOAEs) are an objective test used in clinical practice to assess cochlear physiology and the integrity of outer hair cells. When tested with contralateral noise, TEOAEs allow the evaluation of cochlear integrity and the functioning of the olivocochlear reflex, including cochlear amplification gain and frequency selectivity.Objectives: To evaluate the responses of transient otoacoustic emissions with the presentation of contralateral noise in children diagnosed with autism spectrum disorder at different severity support levels.Method: A cross-sectional, contemporary, and comparative study. The sample consisted of 21 children diagnosed with autism spectrum disorder, of both sexes, aged between 2 years and 5 years and 11 months. The sample was divided according to ASD severity level, based on the criteria from the Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, Fifth Edition (DSM-5). Prior to the study, tympanometry and brainstem auditory evoked potential tests were conducted to ensure the integrity and proper functioning of the middle ear and auditory pathway. Subsequently, TEOAEs were elicited using a click stimulus at an intensity of 83 dB SPL, with an analysis window of 4 to 12.5 milliseconds and a repetition rate of 260 sweeps. Finally, contralateral white noise at 60 dB HL was presented simultaneously with the TEOAEs. Results: The sample included 13 children in the ASD Level 2 group (ASD2) and 8 children in the ASD Level 3 group (ASD3). None of the children required Level 1 support. Of the participants, 85.71% were male. All presented with parent-reported language developmental delays, and 57.14% had auditory hypersensitivity reported by parents. No significant differences were observed in otoacoustic emission responses with contralateral noise when comparing ears or groups. However, frequency comparisons revealed significant differences in the 1.0 kHz, 1.42 kHz, and 2.0 kHz bands (p < 0.001), with greater TEOAE amplitudes both with and without contralateral noise, leading to a more pronounced suppression effect.Conclusion: This study observed that children with ASD exhibited reduced transient otoacoustic emission responses with contralateral noise in both ears, indicating the presence of a suppression effect. However, increased response amplitudes were noted at frequencies below 2.0 kHz, suggesting challenges in processing auditory signals due to alterations in circuits at the level of the medial olivocochlear complex.application/pdfporEmissões otoacústicas espontâneasVias eferentesMascaramento perceptivoTranstorno do espectro autistaCriançaAutism spectrum disorderSpontaneous otoacoustic emissionsEfferent pathwaysPerceptual maskingEfeito do ruído contralateral nas emissões otoacústicas transientes em crianças com transtorno do espectro do autismoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do AdolescentePorto Alegre, BR-RS2024mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001248291.pdf.txt001248291.pdf.txtExtracted Texttext/plain172954http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/290513/2/001248291.pdf.txt84819d3c34ed0d8474c588a2b4a12107MD52ORIGINAL001248291.pdfTexto parcialapplication/pdf1416755http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/290513/1/001248291.pdf53e1ffa3bdd7c1d8b5e2ddcc172be825MD5110183/2905132025-04-19 07:00:53.711158oai:www.lume.ufrgs.br:10183/290513Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532025-04-19T10:00:53Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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