Sensação de dispneia de pacientes com insuficiência cardíaca descompensada submetidos a um protocolo de mobilização precoce com realidade virtual imersiva : ensaio clínico randomizado
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Publication Date: | 2024 |
Format: | Doctoral thesis |
Language: | por |
Source: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Download full: | http://hdl.handle.net/10183/289271 |
Summary: | Introdução: A realidade virtual tem sido investigada como uma ferramenta coadjuvante na melhora de sintomas desconfortáveis, experiência e adesão ao tratamento. Contudo, combinada com a mobilização precoce ainda não foi testada para pacientes internados por insuficiência cardíaca agudamente descompensada. Objetivo: Avaliar o impacto de até três sessões de mobilização precoce combinada com realidade virtual imersiva versus mobilização precoce isolada, na sensação de dispneia e experiência de pacientes com insuficiência cardíaca agudamente descompensada internados em uma unidade de terapia intensiva. Método: Ensaio clínico randomizado, paralelo, de superioridade, realizado em centro único, registrado no ClinicalTrials.gov (NCT05596292). A randomização foi eletrônica e 1:1. O grupo intervenção foi submetido a um protocolo de mobilização precoce combinado com realidade virtual imersiva; e o grupo controle, ao protocolo de mobilização precoce sem realidade virtual imersiva. O protocolo de mobilização precoce incluiu o uso de cicloergômetro, ortostatismo e deambulação, realizados de maneira progressiva e tolerável. A realidade virtual imersiva foi aplicada utilizando vídeos em 360 graus e óculos compatíveis com smartphones. A sensação de dispneia foi avaliada antes e após cada sessão em ambos os grupos, utilizando a escala de Borg modificada; a experiência foi registrada por meio de uma escala Likert e a recomendação do procedimento foi avaliada por meio da ferramenta Net Promoter Score (NPS), em até 48 horas ao término dos dias de protocolo. Sinais vitais foram monitorados durante todas as sessões pré e pós e eventos adversos registrados nos dois grupos. Resultados: Foram incluídos no estudo 58 pacientes; 28 foram submetidos ao protocolo no grupo intervenção e 30 no grupo controle. A variação na sensação de dispneia antes e após o procedimento, no primeiro e último dia do protocolo, foram semelhantes em ambos os grupos; a experiência com a mobilização precoce foi avaliada como boa ou excelente por 26 (93%) e por 26 (87%) pacientes, respectivamente intervenção e controle; 21 (75%) e 24 (80%) dos grupos intervenção e controle, respectivamente, recomendaram a mobilização precoce. Os sinais vitais ficaram dentro dos limites esperados e a ausência de eventos adversos graves sugerem que o protocolo foi seguro em ambos os grupos. Conclusão: Adicionar a realidade virtual imersiva ao protocolo de mobilização precoce não demonstrou impacto na sensação de dispneia, mas ambos os grupos relataram uma experiência positiva e recomendaram o procedimento. O protocolo de mobilização precoce foi uma intervenção segura neste estudo. |
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Fraga, Iasmin BorgesSilva, Eneida Rejane Rabelo daDal Lago, Pedro2025-03-28T06:44:32Z2024http://hdl.handle.net/10183/289271001244380Introdução: A realidade virtual tem sido investigada como uma ferramenta coadjuvante na melhora de sintomas desconfortáveis, experiência e adesão ao tratamento. Contudo, combinada com a mobilização precoce ainda não foi testada para pacientes internados por insuficiência cardíaca agudamente descompensada. Objetivo: Avaliar o impacto de até três sessões de mobilização precoce combinada com realidade virtual imersiva versus mobilização precoce isolada, na sensação de dispneia e experiência de pacientes com insuficiência cardíaca agudamente descompensada internados em uma unidade de terapia intensiva. Método: Ensaio clínico randomizado, paralelo, de superioridade, realizado em centro único, registrado no ClinicalTrials.gov (NCT05596292). A randomização foi eletrônica e 1:1. O grupo intervenção foi submetido a um protocolo de mobilização precoce combinado com realidade virtual imersiva; e o grupo controle, ao protocolo de mobilização precoce sem realidade virtual imersiva. O protocolo de mobilização precoce incluiu o uso de cicloergômetro, ortostatismo e deambulação, realizados de maneira progressiva e tolerável. A realidade virtual imersiva foi aplicada utilizando vídeos em 360 graus e óculos compatíveis com smartphones. A sensação de dispneia foi avaliada antes e após cada sessão em ambos os grupos, utilizando a escala de Borg modificada; a experiência foi registrada por meio de uma escala Likert e a recomendação do procedimento foi avaliada por meio da ferramenta Net Promoter Score (NPS), em até 48 horas ao término dos dias de protocolo. Sinais vitais foram monitorados durante todas as sessões pré e pós e eventos adversos registrados nos dois grupos. Resultados: Foram incluídos no estudo 58 pacientes; 28 foram submetidos ao protocolo no grupo intervenção e 30 no grupo controle. A variação na sensação de dispneia antes e após o procedimento, no primeiro e último dia do protocolo, foram semelhantes em ambos os grupos; a experiência com a mobilização precoce foi avaliada como boa ou excelente por 26 (93%) e por 26 (87%) pacientes, respectivamente intervenção e controle; 21 (75%) e 24 (80%) dos grupos intervenção e controle, respectivamente, recomendaram a mobilização precoce. Os sinais vitais ficaram dentro dos limites esperados e a ausência de eventos adversos graves sugerem que o protocolo foi seguro em ambos os grupos. Conclusão: Adicionar a realidade virtual imersiva ao protocolo de mobilização precoce não demonstrou impacto na sensação de dispneia, mas ambos os grupos relataram uma experiência positiva e recomendaram o procedimento. O protocolo de mobilização precoce foi uma intervenção segura neste estudo.Introduction: Virtual reality has been investigated as an adjunctive tool for improving discomfort symptoms, patient experience, and treatment adherence. However, its combination with early mobilization has not yet been tested in patients hospitalized for acutely decompensated heart failure. Objective: To evaluate the impact of up to three sessions of early mobilization combined with immersive virtual reality versus early mobilization alone on dyspnea perception and the experience of patients with acutely decompensated heart failure hospitalized in an intensive care unit. Method: A single-center, parallel, superiority randomized clinical trial registered at ClinicalTrials.gov (NCT05596292). Randomization was electronic and 1:1. The intervention group underwent a protocol of early mobilization combined with immersive virtual reality, while the control group followed the early mobilization protocol without immersive virtual reality. The early mobilization protocol included the use of a cycle ergometer, standing exercises, and walking, performed progressively and tolerably. Immersive virtual reality was delivered using 360-degree videos and smartphone-compatible goggles. Dyspnea perception was assessed before and after each session in both groups using the modified Borg scale; the experience was recorded through a Likert scale, and the procedure's recommendation was evaluated using the Net Promoter Score (NPS) tool within 48 hours after completing the protocol. Vital signs were monitored before and after all sessions, and adverse events were recorded in both groups. Results: Fifty-eight patients were included in the study; 28 were assigned to the intervention group, and 30 to the control group. Changes in dyspnea perception before and after the procedure, on the first and last day of the protocol, were similar in both groups. The experience with early mobilization was rated as good or excellent by 26 (93%) and 26 (87%) patients in the intervention and control groups, respectively; 21 (75%) and 24 (80%) of patients in the intervention and control groups, respectively, recommended the early mobilization. Vital signs remained within expected limits, and the absence of severe adverse events suggests that the protocol was safe in both groups. Conclusion: Adding immersive virtual reality to the early mobilization protocol did not show an impact on dyspnea perception, but both groups reported a positive experience and recommended the procedure. The early mobilization protocol proved to be a safe intervention in this study.application/pdfporInsuficiência cardíacaDeambulação precoceRealidade virtualDispneiaSatisfação do pacienteEnsaio clínico controlado aleatórioHeart failureEarly mobilizationVirtual realityDyspneaPatient experienceRandomized controlled trialSensação de dispneia de pacientes com insuficiência cardíaca descompensada submetidos a um protocolo de mobilização precoce com realidade virtual imersiva : ensaio clínico randomizadoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Ciências da Saúde: Cardiologia e Ciências CardiovascularesPorto Alegre, BR-RS2024doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001244380.pdf.txt001244380.pdf.txtExtracted Texttext/plain71732http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/289271/2/001244380.pdf.txtb17a6437402d04f45b5127b1cc579fc4MD52ORIGINAL001244380.pdfTexto parcialapplication/pdf4445786http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/289271/1/001244380.pdf84fac1bb30e3ae37740dd0ee6e3b5a83MD5110183/2892712025-03-29 06:49:54.863554oai:www.lume.ufrgs.br:10183/289271Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532025-03-29T09:49:54Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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Introdução: A realidade virtual tem sido investigada como uma ferramenta coadjuvante na melhora de sintomas desconfortáveis, experiência e adesão ao tratamento. Contudo, combinada com a mobilização precoce ainda não foi testada para pacientes internados por insuficiência cardíaca agudamente descompensada. Objetivo: Avaliar o impacto de até três sessões de mobilização precoce combinada com realidade virtual imersiva versus mobilização precoce isolada, na sensação de dispneia e experiência de pacientes com insuficiência cardíaca agudamente descompensada internados em uma unidade de terapia intensiva. Método: Ensaio clínico randomizado, paralelo, de superioridade, realizado em centro único, registrado no ClinicalTrials.gov (NCT05596292). A randomização foi eletrônica e 1:1. O grupo intervenção foi submetido a um protocolo de mobilização precoce combinado com realidade virtual imersiva; e o grupo controle, ao protocolo de mobilização precoce sem realidade virtual imersiva. O protocolo de mobilização precoce incluiu o uso de cicloergômetro, ortostatismo e deambulação, realizados de maneira progressiva e tolerável. A realidade virtual imersiva foi aplicada utilizando vídeos em 360 graus e óculos compatíveis com smartphones. A sensação de dispneia foi avaliada antes e após cada sessão em ambos os grupos, utilizando a escala de Borg modificada; a experiência foi registrada por meio de uma escala Likert e a recomendação do procedimento foi avaliada por meio da ferramenta Net Promoter Score (NPS), em até 48 horas ao término dos dias de protocolo. Sinais vitais foram monitorados durante todas as sessões pré e pós e eventos adversos registrados nos dois grupos. Resultados: Foram incluídos no estudo 58 pacientes; 28 foram submetidos ao protocolo no grupo intervenção e 30 no grupo controle. A variação na sensação de dispneia antes e após o procedimento, no primeiro e último dia do protocolo, foram semelhantes em ambos os grupos; a experiência com a mobilização precoce foi avaliada como boa ou excelente por 26 (93%) e por 26 (87%) pacientes, respectivamente intervenção e controle; 21 (75%) e 24 (80%) dos grupos intervenção e controle, respectivamente, recomendaram a mobilização precoce. Os sinais vitais ficaram dentro dos limites esperados e a ausência de eventos adversos graves sugerem que o protocolo foi seguro em ambos os grupos. Conclusão: Adicionar a realidade virtual imersiva ao protocolo de mobilização precoce não demonstrou impacto na sensação de dispneia, mas ambos os grupos relataram uma experiência positiva e recomendaram o procedimento. O protocolo de mobilização precoce foi uma intervenção segura neste estudo. |
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