Prevalência da prematuridade tardia, suas morbidades e desfechos : estudo transversal no Sul do Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pedroza, Géssica de Almeida
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/284729
Resumo: Introdução: Define-se o recém-nascido pré-termo tardio pelo nascimento entre 34 e 36 semanas e 6 dias de gestação. Sua incidência é elevada e continua a aumentar globalmente com variação nas taxas entre 6 a 8% na Europa e 12% na América do Norte. Nos Estados Unidos, os pré-termos tardios representam 70% dos nascimentos prematuros, sendo considerados os “grandes dissimuladores” por sua semelhança com o recém-nascido a termo, mascarando seu risco aumentado de complicações decorrentes da prematuridade. Desta forma, as características do prematuro tardio levam a desfechos que necessitam de maior investigação após o nascimento. Objetivo: estimar a prevalência de recém-nascidos pré-termo tardios, analisando suas morbidades e desfechos. Método: estudo transversal, com uma amostra de 401 recém-nascidos que nasceram no Hospital de Clínicas de Porto Alegre no período de julho e agosto de 2023. Foram incluídos no estudo todos os recém-nascidos pré-termos tardios e excluídos os com malformações e anormalidades cromossômicas identificadas durante a gestação ou durante o período de internação hospitalar. A coleta de dados foi realizada por meio de busca em prontuário eletrônico. Foi realizada análise descritiva e a associação entre as variáveis categóricas realizada pelo teste Exato de Fisher. A comparação de medianas dos tempos de internação entre as faixas de idade gestacional do prematuro tardio foi analisada pelo teste de Kruskal-Wallis, adotando o nível de significância de 5% (p<0,05). Foram respeitados todos os aspectos éticos. Resultados: a prevalência da prematuridade tardia na amostra do estudo foi de 11,2%. As principais morbidades apresentadas pelos pré-termos tardios foram dificuldade na amamentação (42,2%), icterícia (37,8%), hipoglicemia (17,8%), desconforto respiratório (17,8%) e taquipneia (15,6%). Os desfechos de internação foram: alta hospitalar com a mãe (55,6%) e internação na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (44,4%). Não foi observado nenhum registro de desfecho de óbito neonatal. Conclusão: Conclui-se que a taxa de prematuridade encontrada no presente estudo é de 11,2%, considerada elevada quando comparada aos países de alta renda. A taxa de morbidade foi predominante neste grupo com 80%, sendo a dificuldade na amamentação a mais prevalente. O tempo de permanência hospitalar foi de 4 dias. Além disso, observou-se que a maioria dos pré-termos tardios tiveram alta do alojamento conjunto com a mãe em 55,6% dos casos. Por outro lado, a taxa de internação na Unidade Neonatal também foi elevada, com 44,4% dos casos. Não houve registro de óbito neste estudo.
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Método: estudo transversal, com uma amostra de 401 recém-nascidos que nasceram no Hospital de Clínicas de Porto Alegre no período de julho e agosto de 2023. Foram incluídos no estudo todos os recém-nascidos pré-termos tardios e excluídos os com malformações e anormalidades cromossômicas identificadas durante a gestação ou durante o período de internação hospitalar. A coleta de dados foi realizada por meio de busca em prontuário eletrônico. Foi realizada análise descritiva e a associação entre as variáveis categóricas realizada pelo teste Exato de Fisher. A comparação de medianas dos tempos de internação entre as faixas de idade gestacional do prematuro tardio foi analisada pelo teste de Kruskal-Wallis, adotando o nível de significância de 5% (p<0,05). Foram respeitados todos os aspectos éticos. Resultados: a prevalência da prematuridade tardia na amostra do estudo foi de 11,2%. As principais morbidades apresentadas pelos pré-termos tardios foram dificuldade na amamentação (42,2%), icterícia (37,8%), hipoglicemia (17,8%), desconforto respiratório (17,8%) e taquipneia (15,6%). Os desfechos de internação foram: alta hospitalar com a mãe (55,6%) e internação na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (44,4%). Não foi observado nenhum registro de desfecho de óbito neonatal. Conclusão: Conclui-se que a taxa de prematuridade encontrada no presente estudo é de 11,2%, considerada elevada quando comparada aos países de alta renda. A taxa de morbidade foi predominante neste grupo com 80%, sendo a dificuldade na amamentação a mais prevalente. O tempo de permanência hospitalar foi de 4 dias. Além disso, observou-se que a maioria dos pré-termos tardios tiveram alta do alojamento conjunto com a mãe em 55,6% dos casos. Por outro lado, a taxa de internação na Unidade Neonatal também foi elevada, com 44,4% dos casos. Não houve registro de óbito neste estudo.Introduction: A late preterm newborn is defined as that being born between 34 and 36 weeks and 6 days of gestation. Its incidence is high and continues to increase globally with rates ranging from 6 to 8% in Europe and 12% in North America. In the United States, late preterm babies represent 70% of premature births, being considered the “great concealers” due to their similarity to full-term newborns, masking their increased risk of complications resulting from prematurity. Therefore, the characteristics of late preterm infants lead to outcomes that require further investigation after birth. Objective: to estimate the prevalence of late preterm newborns, analyzing their morbidities and outcomes. Method: cross-sectional study, with a sample of 401 newborns who were born at the southern Brasil University Hospital d between July and August 2023. All late preterm newborns were included in the study and those with malformations and chromosomal abnormalities identified during pregnancy or during the period of hospital stay were excluded. Data collection was carried out through a search in electronic medical records. Descriptive analysis was performed and the association among categorical variables was performed using Fisher's Exact test. The comparison of median lengths of stay between the gestational age ranges of late preterm infants was analyzed using the Kruskal-Wallis test, adopting a significance level of 5% (p<0.05). All ethical aspects were respected. Results: the prevalence of late prematurity in the study sample was 11.2%. The main morbidities presented by late preterm infants were jaundice (37.8%), difficulty breastfeeding (42.2%), hypoglycemia (17.8%), respiratory discomfort (17.8%), and tachypnea (15.6%). %). The hospitalization outcomes were: discharge from hospital with the mother (55.6%) and admission to the Neonatal Intensive Care Unit (44.4%). No record of neonatal death outcomes was observed. Conclusion: It is concluded that the prematurity rate found in the present study is 11.2%, considered high when compared to high-income countries. The morbidity rate was predominant in this group at 80%, with difficulty breastfeeding being the most prevalent. Hospital stay was of 4 days. Furthermore, it was observed that the majority of late preterm babies were discharged from rooming-in with their mother in 55.6% of cases. On the other hand, the hospitalization rate in the Neonatal Unit was also high, with 44.4% of cases. There were no deaths recorded in this study.application/pdfporRecém-nascido prematuroTempo de internaçãoMorbidadeNursingInfant, prematureLength of stayMorbidityPrevalência da prematuridade tardia, suas morbidades e desfechos : estudo transversal no Sul do Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de EnfermagemPrograma de Pós-Graduação em EnfermagemPorto Alegre, BR-RS2024mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001241097.pdf.txt001241097.pdf.txtExtracted Texttext/plain51799http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/284729/2/001241097.pdf.txt3bd34925eceaf6289b537e8702a84e62MD52ORIGINAL001241097.pdfTexto parcialapplication/pdf1627300http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/284729/1/001241097.pdf427fb059edc38a268197c8e95631f241MD5110183/2847292025-02-06 07:54:57.696802oai:www.lume.ufrgs.br:10183/284729Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532025-02-06T09:54:57Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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