Piperina: modula a expressão gênica em células de câncer de colo de útero?

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Main Author: Queiroga, Carolina Santucci [UNESP]
Publication Date: 2023
Format: Bachelor thesis
Language: por
Source: Repositório Institucional da UNESP
Download full: http://hdl.handle.net/11449/239144
Summary: O câncer de colo de útero é o quarto tipo de câncer mais frequente e é a quarta causa de morte por câncer em mulheres no mundo, ele é mais comum em países em desenvolvimento que contribui com 70% dos casos. Isso ocorre porque o principal fator envolvido com o desenvolvimento tumoral nas células cervicais é a infecção pelo vírus do papiloma humano (HPV) 16 e 18. A infecção por esse vírus leva a incorporação das oncogenes E5, E6 e E7 nas células cervicais que revoga os principais reguladores da proliferação celular, além de desencadear um processo inflamatório mediado pela ativação da via ciclooxigenase-prostaglandina (PTGS2-PGE2). Sabe-se que essas vias inflamatórias atuam sobre o desenvolvimento do processo tumoral e metástase nas células do colo uterino. Os agentes anti-inflamatórios são capazes de inibir a via da cicloxigenase e a piperina é um desses agentes que possui inúmeras propriedades farmacológicas, sendo que a que mais se destaca é a antitumorigênica, cujo mecanismo de atuação é sob as vias gênicas de regulação do ciclo celular e da apoptose. Em função desses relatos, o presente projeto teve como objetivo geral investigar se a piperina modula a morfologia celular e a expressão dos oncogenes E6 e do vírus HPV16. Assim, a piperina foi aplicada nas células neoplásicas de colo de útero (SiHa e CasKi, que são infectadas pelo HPV 16) para avaliação da morfologia celular, pela análise em microscopia óptica e para a análise da expressão dos genes E6 e E7 do HPV16, por PCR quantitativo. Foi observado que a piperina tem efeito na alteração morfológica das células tumorigênicas SiHa e CaSki, demonstrando intensa vacuolização e condensação citoplasmática nas respectivas células; e que a mesma modula a expressão dos genes E6 e E7, reduzindo a expressão desses genes apenas na linhagem CaSki. Assim, esse fitoterápico pode ser um grande aliado no tratamento coadjuvante na carcinogênese de colo de útero.
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