Análise geoquímica de elementos traço em rutilo detrítico de arenitos das bacias sedimentares de Fátima, Mirandiba e São José do Belmonte, para determinação e refinamento da proveniência sedimentar e áreas fonte

• Main Author: Bremer, Thomas Pessotto [UNESP]
• Publication Date: 2024
• Format: Bachelor thesis
• Language: por
• Source: Repositório Institucional da UNESP
• Download full: https://hdl.handle.net/11449/259216
• topic: Proveniência sedimentar; Rutilo; Fátima; Mirandiba; São José do Belmonte; Provenance; Sedimentary; Rutile

Este trabalho teve como objetivo analisar a proveniência sedimentar de amostras de arenitos presentes na base das bacias de Fátima, Mirandiba e São José do Belmonte, localizadas no interior do estado de Pernambuco, utilizando análise geoquímica de elementos traço em rutilo detrítico. A análise foi realizada utilizando a Microssonda Eletrônica (EPMA - Electron Probe Micro Analyzer) junto ao Departamento de Geologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Campus Rio Claro. Os elementos analisados foram: Si, Al, Cr, V, Sb, Sn, W, Ta, Hf, Fe, Zr e Nb. Com esta análise foi possível interpretar a temperatura de formação do grão de rutilo (termometria Zr-no-rutilo), e a natureza félsica ou máfica de sua rocha de origem, podendo assim auxiliar na determinação e refinamento da proveniência sedimentar e áreas fonte. As áreas fontes identificadas estão situadas na região SE da Província Borborema, nos Domínio Transversal e Domínio Externo. As 3 bacias apresentaram áreas fontes semelhantes, com maioria dos sedimentos provenientes de rochas metamórficas de fácies anfibolito, um segundo grupo menor de fácies xisto verde e um grupo subordinado da fácies granulito. Dentre as três destaca-se a Bacia de Fátima, que apresenta maior contribuição de sedimentos advindos de áreas metamorfizadas em fácies xisto verde. Comparandose com as outras bacias do nordeste brasileiro (como as bacias do Araripe e Parnaíba), as três diminutas bacias estudadas apresentam uma maior contribuição de grãos da fácies xisto verde, característica que não ocorre nas bacias do Araripe e Parnaíba. Com isso, interpreta-se que o sistema fluvial de escala continental que operou no paleozoico inferior no interior do nordeste brasileiro era muito mais complexo do que interpretado até o momento.