Preferência alimentar de Diatraea saccharalis (Fabricius, 1794) (Lepidoptera: Crambidae) e influência na descendência do parasitoide Cotesia flavipes Cameron, 1891 (Hymenoptera: Braconidae)

• Main Author: Almeida, Kelly Fernanda [UNESP]
• Publication Date: 2025
• Format: Master thesis
• Language: por
• Source: Repositório Institucional da UNESP
• Download full: https://hdl.handle.net/11449/296840; http://lattes.cnpq.br/7375432470771959
• topic: Controle biológico; Broca da cana de açúcar; Plantas Resistência aos insetos

O parasitoide Cotesia flavipes Cameron, 1891 (Hymenoptera: Braconidae) desempenha um papel fundamental no manejo da broca-da-cana, Diatraea saccharalis (Fabricius, 1794) (Lepidoptera: Crambidae). Grandes quantidades desse parasitoide são produzidas em biofábricas por meio do parasitismo da broca-da-cana alimentada com dieta artificial. O estádio de desenvolvimento bem como a qualidade da nutrição do hospedeiro desempenham importantes influências sobre o desenvolvimento de insetos parasitoides associados. Considerando a importância do parasitoide C. flavipes, o presente estudo foi conduzido, primeiramente, para determinar a correlação entre o ínstar de desenvolvimento da broca-da-cana e a largura de sua cápsula cefálica para garantir que insetos do mesmo ínstar fossem utilizados nas investigações. Em seguida, foi avaliada a preferência de escolha entre folhas e colmos das variedades SP80-3280 e IAC91-1099, que quando comparadas apresentam suscetibilidade (SP80-3280) e resistência moderada (IAC91-1099). Por fim, foi avaliada a quantidade de descendentes de C. flavipes formados após parasitismo em hospedeiros de 5o ínstar alimentados com colmos da variedade IAC91-1099 ou com dieta artificial. A fase larval de D. saccharalis apresentou 5 ínstares. As lagartas apresentaram preferência alimentar por folhas da variedade de cana-de-açúcar SP80-3280 em relação a folhas da variedade IAC91-1099, mas, de forma contrária, por colmos de IAC91-1099 em relação a colmos de SP80-3280. Lagartas de 5o ínstar foram obtidas apenas quando alimentadas com colmos de IAC91-1099. Após duas picadas por fêmeas distintas, uma prole inferior (48,0 ± 4,0 descendentes) foi observada após parasitismo em hospedeiros de 5o ínstar alimentados com colmos de IAC91-1099 em relação à prole formada em hospedeiros de 5o ínstar alimentados com dieta artificial (120,5 ± 8,7 descendentes).