Export Ready — 

Bioindicadores de ambientes aquáticos contaminados pelo inseticida clorpirifós

Bibliographic Details
Main Author: Marques, Márjori Brenda Leite
Publication Date: 2019
Format: Master thesis
Language: por
Source: Repositório Institucional da UNESP
Download full: http://hdl.handle.net/11449/191534
Summary: O clorpirifós (O,O-dietil-O-3,5,6-tricloropiridin-2-piridinilfosforotioato), é um inseticida da classe dos organofosforados detectado em ambientes aquáticos e responsável por causar danos ao sistema nervoso dos animais. Objetivou-se avaliar a toxicidade aguda do inseticida clorpirifós para organismos de diferentes níveis tróficos: Lemna minor, Azolla caroliniana e Wolffia brasiliensis (produtores), Pomacea canaliculata e Macrobrachium acanthurus (consumidores primários), Xiphophorus maculatus e Hyphessobrycon eques (consumidores secundários). O trabalho buscou mensurar as variáveis de qualidade de água: pH, temperatura, condutividade elétrica e oxigênio dissolvido durante os ensaios, e verificar quais das espécies testadas pode ser o melhor bioindicador de contaminação de ambientes aquáticos para clorpirifós. Os ensaios agudos foram realizados de acordo com os procedimentos do Guideline for testing of chemicals – Lemna minor Growth Inhibition da OECD, adaptado para as macrófitas, e ABNT NBR 15088: 2016 para peixes, adaptado para caramujo e camarão. Os valores das concentrações de efeito, de inibição e letal estimadas (CE50, CI50 e CL50) foram calculadas pelo software Trimmed Spearman Karber. O clorpirifós foi considerado como praticamente não tóxico para as macrófitas Lemna minor, Azolla caroliniana e Wolffia brasiliensis, apresentando respectivamente a CI50 de 1299,6, 849,74 e 1271,63 mg. L-1 de clorpirifós. Para o caramujo P. canaliculata, o clorpirifós foi considerado como pouco tóxico, apresentando CE50 de 30,90 mg. L-1 de clorpirifós. A CL50 para os peixes Xiphophorus maculatus e Hyphessobrycon eques respectivamente foi de 0,07 e 1,65 mg. L-1 de clorpirifós, classificando-o como extremamente tóxico e moderadamente tóxico. Para M. acanthurus, a CL50 apresentada foi de 0,002 mg. L-1 de clorpirifós, classificando o produto como extremamente tóxico. O valor estimado da toxidade do clorpirifós para o M. acanthurus, está abaixo da concentração máxima permitida de clorpirifós nos padrões de qualidade de água para consumo humano (0,030 mg. L-1 de clorpirifós). Assim, o camarão M. acanthurus é melhor bioindicador de contaminação de ambientes aquáticos por clorpirifós. Ressalta-se a importância de haver limites para esse agrotóxico na Resolução CONAMA 357/2005 que sejam abaixo da concentração considerada tóxica para o camarão, visando à proteção das comunidades aquáticas.
id UNSP_60aa68c3e30ffaa77de0257fc118ee9c
oai_identifier_str oai:repositorio.unesp.br:11449/191534
network_acronym_str UNSP
network_name_str Repositório Institucional da UNESP
repository_id_str 2946
spelling Bioindicadores de ambientes aquáticos contaminados pelo inseticida clorpirifósBioindicators of aquatic environments contaminated by the chlorpyrifice insecticideOrganofosforadosCamarãoMacrófitasPeixesToxidadeOrganophosphorusShrimpMacrophytesFishToxicityO clorpirifós (O,O-dietil-O-3,5,6-tricloropiridin-2-piridinilfosforotioato), é um inseticida da classe dos organofosforados detectado em ambientes aquáticos e responsável por causar danos ao sistema nervoso dos animais. Objetivou-se avaliar a toxicidade aguda do inseticida clorpirifós para organismos de diferentes níveis tróficos: Lemna minor, Azolla caroliniana e Wolffia brasiliensis (produtores), Pomacea canaliculata e Macrobrachium acanthurus (consumidores primários), Xiphophorus maculatus e Hyphessobrycon eques (consumidores secundários). O trabalho buscou mensurar as variáveis de qualidade de água: pH, temperatura, condutividade elétrica e oxigênio dissolvido durante os ensaios, e verificar quais das espécies testadas pode ser o melhor bioindicador de contaminação de ambientes aquáticos para clorpirifós. Os ensaios agudos foram realizados de acordo com os procedimentos do Guideline for testing of chemicals – Lemna minor Growth Inhibition da OECD, adaptado para as macrófitas, e ABNT NBR 15088: 2016 para peixes, adaptado para caramujo e camarão. Os valores das concentrações de efeito, de inibição e letal estimadas (CE50, CI50 e CL50) foram calculadas pelo software Trimmed Spearman Karber. O clorpirifós foi considerado como praticamente não tóxico para as macrófitas Lemna minor, Azolla caroliniana e Wolffia brasiliensis, apresentando respectivamente a CI50 de 1299,6, 849,74 e 1271,63 mg. L-1 de clorpirifós. Para o caramujo P. canaliculata, o clorpirifós foi considerado como pouco tóxico, apresentando CE50 de 30,90 mg. L-1 de clorpirifós. A CL50 para os peixes Xiphophorus maculatus e Hyphessobrycon eques respectivamente foi de 0,07 e 1,65 mg. L-1 de clorpirifós, classificando-o como extremamente tóxico e moderadamente tóxico. Para M. acanthurus, a CL50 apresentada foi de 0,002 mg. L-1 de clorpirifós, classificando o produto como extremamente tóxico. O valor estimado da toxidade do clorpirifós para o M. acanthurus, está abaixo da concentração máxima permitida de clorpirifós nos padrões de qualidade de água para consumo humano (0,030 mg. L-1 de clorpirifós). Assim, o camarão M. acanthurus é melhor bioindicador de contaminação de ambientes aquáticos por clorpirifós. Ressalta-se a importância de haver limites para esse agrotóxico na Resolução CONAMA 357/2005 que sejam abaixo da concentração considerada tóxica para o camarão, visando à proteção das comunidades aquáticas.Chlorpyrifos (O, O-diethyl-O-3,5,6 trichloropyridin-2-pyridinylphosphorothioate), is an insecticide of the class of organophosphates detected in aquatic environments and responsible for causing damage to the nervous system of animals. The objective was to evaluate the acute toxicity of the insecticide chlorpyrifos to organisms of different trophic levels: Lemna minor, Azolla caroliniana and Wolffia brasiliensis (producers), Pomacea canaliculata and Macrobrachium acanthurus (primary consumers), Xiphophorus maculatus and Hyphessobrycon eques (secondary consumers). The work sought to measure the variables of water quality: pH, temperature, electrical conductivity and dissolved oxygen during the tests, and to verify which of the species tested may be the best bioindicator of contamination of aquatic environments for chlorpyrifos. The acute tests were carried out according to the procedures of the OECD Guideline for testing of chemicals - Lemna minor Growth Inhibition, adapted for macrophytes, and ABNT NBR 15088: 2016 for fish, adapted for snails and shrimp. The estimated effect, inhibition and lethal concentration values (EC50, CI50 and CL50) were calculated using the Trimmed Spearman Karber software. Chlorpyrifos was considered practically non-toxic to the macrophytes Lemna minor, Azolla caroliniana and Wolffia brasiliensis, respectively showing the IC50 of 1.299,6, 849,74 and 1271,63 mg. L-1 of chlorpyrifos. For the snail P. canaliculata, chlorpyrifos was considered to be low toxic, with EC50 of 30,90 mg. L-1 of chlorpyrifos. The LC50 for Xiphophorus maculatus and Hyphessobrycon eques, respectively, was 0,07 and 1,65 mg. L-1 of chlorpyrifos, classifying it as extremely toxic and moderately toxic. For M. acanthurus, the LC50 presented was 0,002 mg. L-1 of chlorpyrifos, classifying the product as extremely toxic. The estimated value of the toxicity of chlorpyrifos to M. acanthurus, is below the maximum permitted concentration of chlorpyrifos in water quality standards for human consumption (0,030 mg. L-1 of chlorpyrifos). Thus, the shrimp M. acanthurus is the best bioindicator of contamination of aquatic environments by chlorpyrifos. The importance of having limits for this pesticide in CONAMA Resolution 357/2005 that are below the concentration considered toxic for shrimp, in order to protect aquatic communities, is emphasized.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)CAPES: 001Universidade Estadual Paulista (Unesp)Pinheiro, Juliana Heloisa Pinê AméricoCruz, Claudinei da [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Marques, Márjori Brenda Leite2020-02-05T13:42:02Z2020-02-05T13:42:02Z2019-12-06info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/19153400092879433004099084P5porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-08-05T17:30:21Zoai:repositorio.unesp.br:11449/191534Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestrepositoriounesp@unesp.bropendoar:29462024-08-05T17:30:21Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
dc.title.none.fl_str_mv Bioindicadores de ambientes aquáticos contaminados pelo inseticida clorpirifós
Bioindicators of aquatic environments contaminated by the chlorpyrifice insecticide
title Bioindicadores de ambientes aquáticos contaminados pelo inseticida clorpirifós
spellingShingle Bioindicadores de ambientes aquáticos contaminados pelo inseticida clorpirifós
Marques, Márjori Brenda Leite
Organofosforados
Camarão
Macrófitas
Peixes
Toxidade
Organophosphorus
Shrimp
Macrophytes
Fish
Toxicity
title_short Bioindicadores de ambientes aquáticos contaminados pelo inseticida clorpirifós
title_full Bioindicadores de ambientes aquáticos contaminados pelo inseticida clorpirifós
title_fullStr Bioindicadores de ambientes aquáticos contaminados pelo inseticida clorpirifós
title_full_unstemmed Bioindicadores de ambientes aquáticos contaminados pelo inseticida clorpirifós
title_sort Bioindicadores de ambientes aquáticos contaminados pelo inseticida clorpirifós
author Marques, Márjori Brenda Leite
author_facet Marques, Márjori Brenda Leite
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Pinheiro, Juliana Heloisa Pinê Américo
Cruz, Claudinei da [UNESP]
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.contributor.author.fl_str_mv Marques, Márjori Brenda Leite
dc.subject.por.fl_str_mv Organofosforados
Camarão
Macrófitas
Peixes
Toxidade
Organophosphorus
Shrimp
Macrophytes
Fish
Toxicity
topic Organofosforados
Camarão
Macrófitas
Peixes
Toxidade
Organophosphorus
Shrimp
Macrophytes
Fish
Toxicity
description O clorpirifós (O,O-dietil-O-3,5,6-tricloropiridin-2-piridinilfosforotioato), é um inseticida da classe dos organofosforados detectado em ambientes aquáticos e responsável por causar danos ao sistema nervoso dos animais. Objetivou-se avaliar a toxicidade aguda do inseticida clorpirifós para organismos de diferentes níveis tróficos: Lemna minor, Azolla caroliniana e Wolffia brasiliensis (produtores), Pomacea canaliculata e Macrobrachium acanthurus (consumidores primários), Xiphophorus maculatus e Hyphessobrycon eques (consumidores secundários). O trabalho buscou mensurar as variáveis de qualidade de água: pH, temperatura, condutividade elétrica e oxigênio dissolvido durante os ensaios, e verificar quais das espécies testadas pode ser o melhor bioindicador de contaminação de ambientes aquáticos para clorpirifós. Os ensaios agudos foram realizados de acordo com os procedimentos do Guideline for testing of chemicals – Lemna minor Growth Inhibition da OECD, adaptado para as macrófitas, e ABNT NBR 15088: 2016 para peixes, adaptado para caramujo e camarão. Os valores das concentrações de efeito, de inibição e letal estimadas (CE50, CI50 e CL50) foram calculadas pelo software Trimmed Spearman Karber. O clorpirifós foi considerado como praticamente não tóxico para as macrófitas Lemna minor, Azolla caroliniana e Wolffia brasiliensis, apresentando respectivamente a CI50 de 1299,6, 849,74 e 1271,63 mg. L-1 de clorpirifós. Para o caramujo P. canaliculata, o clorpirifós foi considerado como pouco tóxico, apresentando CE50 de 30,90 mg. L-1 de clorpirifós. A CL50 para os peixes Xiphophorus maculatus e Hyphessobrycon eques respectivamente foi de 0,07 e 1,65 mg. L-1 de clorpirifós, classificando-o como extremamente tóxico e moderadamente tóxico. Para M. acanthurus, a CL50 apresentada foi de 0,002 mg. L-1 de clorpirifós, classificando o produto como extremamente tóxico. O valor estimado da toxidade do clorpirifós para o M. acanthurus, está abaixo da concentração máxima permitida de clorpirifós nos padrões de qualidade de água para consumo humano (0,030 mg. L-1 de clorpirifós). Assim, o camarão M. acanthurus é melhor bioindicador de contaminação de ambientes aquáticos por clorpirifós. Ressalta-se a importância de haver limites para esse agrotóxico na Resolução CONAMA 357/2005 que sejam abaixo da concentração considerada tóxica para o camarão, visando à proteção das comunidades aquáticas.
publishDate 2019
dc.date.none.fl_str_mv 2019-12-06
2020-02-05T13:42:02Z
2020-02-05T13:42:02Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/11449/191534
000928794
33004099084P5
url http://hdl.handle.net/11449/191534
identifier_str_mv 000928794
33004099084P5
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
publisher.none.fl_str_mv Universidade Estadual Paulista (Unesp)
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UNESP
instname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron:UNESP
instname_str Universidade Estadual Paulista (UNESP)
instacron_str UNESP
institution UNESP
reponame_str Repositório Institucional da UNESP
collection Repositório Institucional da UNESP
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)
repository.mail.fl_str_mv repositoriounesp@unesp.br
_version_ 1834484342929227776