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Jornalismo imersivo profundo como experiência ética e estética

Bibliographic Details
Main Author: Teixeira, Matheus [UNESP]
Publication Date: 2024
Format: Doctoral thesis
Language: por
Source: Repositório Institucional da UNESP
Download full: https://hdl.handle.net/11449/258530
http://lattes.cnpq.br/4369920103768059
https://orcid.org/0000-0002-8161-6143
Summary: A presente investigação de doutorado em Comunicação começou com a intenção de responder quais são os cuidados éticos e estéticos que os jornalistas brasileiros devem tomar no exercício do jornalismo imersivo profundo/JIP (De la Peña et al., 2010, p. 293), aquele em realidade virtual (RV) imersiva, em realidade mista multissensorial ou vídeo em 360° consumido imersivamente com uso de óculos de vídeos estereoscópicos. O autor colocou como objetivo geral a ser contemplado: problematizar quais são, no Brasil, as possibilidades e os desafios estéticos e os limites éticos para o JIP. Para atingir tal objetivo, percorreu o seguinte desenho metodológico: pesquisa bibliográfica e leituras exploratória, seletiva, analítica e interpretativa; mapeamento exploratório de produções jornalísticas imersivas profundas realizadas no Brasil de 2020 a 2024; análise de quatro produções de JIP; questionário à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj); e entrevistas em profundidade com três jornalistas pesquisadores. Como resultados, considera-se que o JIP está adormecido no Brasil e, quando praticado, centra-se em vídeos em 360° bidimensionais. Portanto, as oportunidades estéticas são “imergir mais fundo” para proporcionar imersão e sensação de presença maiores: é preciso empregar avatares, gráficos, não linearidade narrativa, imagens geradas por computador, RV imersiva, 360° volumétrico, direcionamento do olhar, áudio imersivo, seis graus de liberdade, interação mútua e multissensorialidade. Quanto aos limites éticos, orbitam ações que visem preservar a integridade e a precisão jornalísticas e a privacidade e a segurança dos experienciadores. Ao término, a tese proposta inicialmente foi ratificada: a equipe jornalística deve pensar para além da ambiência tecnológica e refletir criticamente sobre como a narrativa imersiva poderá ser construída para ser coesa, coerente, ética e estética. Desta maneira, os profissionais tenderão a lançar mão do JIP para servir aos propósitos jornalísticos, com respeito a seus princípios deontológicos, e não ao entretenimento, nem à ficção, tampouco ao sensacionalismo.
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O autor colocou como objetivo geral a ser contemplado: problematizar quais são, no Brasil, as possibilidades e os desafios estéticos e os limites éticos para o JIP. Para atingir tal objetivo, percorreu o seguinte desenho metodológico: pesquisa bibliográfica e leituras exploratória, seletiva, analítica e interpretativa; mapeamento exploratório de produções jornalísticas imersivas profundas realizadas no Brasil de 2020 a 2024; análise de quatro produções de JIP; questionário à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj); e entrevistas em profundidade com três jornalistas pesquisadores. Como resultados, considera-se que o JIP está adormecido no Brasil e, quando praticado, centra-se em vídeos em 360° bidimensionais. Portanto, as oportunidades estéticas são “imergir mais fundo” para proporcionar imersão e sensação de presença maiores: é preciso empregar avatares, gráficos, não linearidade narrativa, imagens geradas por computador, RV imersiva, 360° volumétrico, direcionamento do olhar, áudio imersivo, seis graus de liberdade, interação mútua e multissensorialidade. Quanto aos limites éticos, orbitam ações que visem preservar a integridade e a precisão jornalísticas e a privacidade e a segurança dos experienciadores. Ao término, a tese proposta inicialmente foi ratificada: a equipe jornalística deve pensar para além da ambiência tecnológica e refletir criticamente sobre como a narrativa imersiva poderá ser construída para ser coesa, coerente, ética e estética. Desta maneira, os profissionais tenderão a lançar mão do JIP para servir aos propósitos jornalísticos, com respeito a seus princípios deontológicos, e não ao entretenimento, nem à ficção, tampouco ao sensacionalismo.The present doctoral research in Communication began with the intention of answering which aesthetic and ethical care Brazilian journalists should take when practicing deep immersive journalism/DIJ (De la Peña et al., 2010, p. 293), that is, journalism in immersive virtual reality (VR), multisensory mixed reality or 360-degree video consumed immersively through head-mounted display. The author set the following general objective: to problematize the possibilities, aesthetic challenges, and ethical limits of DIP in Brazil. To achieve this objective, the following methodological approach has been adopted: bibliographic research and exploratory, selective, analytical, and interpretative readings; exploratory mapping of deep immersive journalistic productions carried out in Brazil from 2020 to 2024; analysis of four DIJ productions; a questionnaire to the Brazilian Federation of Journalists (Fenaj, in Portuguese), and in-depth interviews with three journalist-researchers. As a result, it is considered that DIJ is dormant in Brazil and, when practiced, focuses on two-dimensional 360-degree videos. Therefore, the aesthetic opportunities involve “immersing deeper” to provide greater immersion and a sense of presence: it is necessary to employ avatars, graphics, non-linear narratives, computer-generated imagery, immersive VR, volumetric 360-degree, gaze direction, immersive audio, six degrees of freedom, mutual interaction, and multisensoriality. As for ethical limits, they revolve around actions aimed at preserving journalistic integrity and accuracy, as well as the privacy and security of the experiencers. In conclusion, the initially proposed thesis has been ratified: the journalistic team must think beyond the technological environment and critically reflect on how the immersive narrative can be constructed to be cohesive, coherent, ethical and aesthetic. In this way, professionals will tend to use DIJ to serve journalistic purposes, with respect to its deontological principles, and not entertainment, fiction, or sensationalism.La presente investigación doctoral en Comunicación comenzó con el objetivo de contestar cuáles son los cuidados éticos y estéticos que los periodistas brasileños deben tomar en el ejercicio del periodismo inmersivo profundo/PIP (De la Peña et al., 2010, p. 293), aquel en realidad virtual (RV) inmersiva, en realidad mixta multisensorial o video 360 grados consumidos inmersivamente mediante el uso de gafas estereoscópicas. El autor ha puesto como objetivo general a ser contemplado: problematizar cuáles son, en Brasil, las posibilidades y los desafíos estéticos y los límites éticos para el PIP. Para alcanzar este objetivo, se realizó el siguiente diseño metodológico: búsqueda bibliográfica y lecturas exploratoria, selectiva, analítica e interpretativa; mapeo exploratorio de producciones periodísticas inmersivas profundas realizadas en Brasil desde 2020 hasta 2024; análisis de cuatro producciones de PIP; cuestionario a la Federación Brasileña de Periodistas (Fenaj, en portugués); y entrevistas en profundidad con tres periodistas investigadores. Como resultado, se considera que PIP está dormido en Brasil y, cuando se practica, se centra en videos en 360 grados bidimensionales. Por lo tanto, las oportunidades estéticas son “sumergirse más profundamente” para proporcionar una mayor inmersión y sensación de presencia: es necesario emplear avatares, gráficos, narrativa no-lineal, imágenes generadas por ordenador, RV inmersiva, 360 grados volumétrico, audio inmersivo, seis grados de libertad, interacción mutua y multisensorialidad. En cuanto a los límites éticos, prevalecen acciones que tienen como objetivo preservar la integridad y la precisión periodística y la privacidad y la seguridad de los experimentadores. Al final, la tesis inicialmente propuesta fue ratificada: el equipo periodístico debe pensar más allá de la ambientación tecnológica y reflexionar críticamente sobre cómo se puede construir una narrativa inmersiva para que sea cohesiva, coherente, ética y estética. De esta manera, los profesionales tenderán a echar mano del PIP para servir a propósitos periodísticos, con respeto a sus principios deontológicos, y no al entretenimiento ni a la ficción, tampoco al sensacionalismo.Universidade Estadual Paulista (Unesp)Barros, Laan Mendes de [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Teixeira, Matheus [UNESP]2024-12-03T17:03:11Z2024-12-03T17:03:11Z2024-09-26info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfTEIXEIRA, Matheus. Jornalismo imersivo profundo como experiência ética e estética. Orientador: Laan Mendes de Barros. 2024. 404 f. Tese (Doutorado em Comunicação) - Faculdade de Arquitetura, Artes, Comunicação e Design. Bauru, 2024.https://hdl.handle.net/11449/25853033004056081P4http://lattes.cnpq.br/4369920103768059https://orcid.org/0000-0002-8161-6143porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-12-03T21:01:58Zoai:repositorio.unesp.br:11449/258530Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestrepositoriounesp@unesp.bropendoar:29462025-03-28T14:54:17.277700Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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