Terapia psicodélica assistida: a psilocibina no tratamento da depressão resistente

• Main Author: Depentor, Cecília Thereza [UNESP]
• Publication Date: 2025
• Format: Bachelor thesis
• Language: por
• Source: Repositório Institucional da UNESP
• Download full: https://hdl.handle.net/11449/310184
• topic: psilocibina; cogumelo psilocybe; terapia psicodélica; depressão resistente; psilocybin; psilocybe mushroom; resistant depression; psychedelic therapy

A depressão resistente é uma condição psiquiátrica resultante da falta de resposta aos tratamentos convencionais, sendo um grande desafio para pacientes e profissionais de saúde. Como alternativa, a Terapia Psicodélica Assistida ganha espaço, utilizando compostos como a psilocibina, ayahuasca e o LSD. A psilocibina, encontrada principalmente em cogumelos do gênero Psilocybe, é historicamente utilizada em rituais religiosos. No organismo, é convertida em psilocina, um agonista de receptores serotoninérgicos que altera o estado de consciência, da percepção sensorial, dos pensamentos e das emoções. Os efeitos terapêuticos da psilocibina sobre a depressão são atribuídos a sua capacidade de induzir experiências místicas, promover insights emocionais profundos e facilitar a plasticidade neural. Apesar do potencial terapêutico, as pesquisas e o uso clínico estão sujeitos a regulamentações e padrões éticos para garantir a segurança e o rigor científico. O objetivo do presente trabalho foi realizar uma revisão narrativa sobre os aspectos históricos e o cenário atual relativo ao uso da psilocibina para o tratamento da depressão resistente. Foi possível concluir que a Terapia Assistida por Psilocibina possui potencial terapêutico para o tratamento dos transtornos depressivos, em especial para a depressão resistente, com reduções significativas nos sintomas depressivos, principalmente após experiências psicodélicas místicas ou intensas. Contudo, desafios ainda impedem a sua aplicação prática, como a dificuldade em se estabelecer um grupo controle confiável em estudos clínicos, a carência de estudos em populações amostrais mais amplas e diversas, questões regulatórias e de custo.