Impacto da obesidade materna nas alterações epigenéticas em crianças

Bibliographic Details
Main Author: Henrique, Aline
Publication Date: 2024
Format: Bachelor thesis
Language: por
Source: Repositório Digital Unisa da Universidade Santo Amaro
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Summary: A obesidade materna tem sido associada a alterações metabólicas transgeracionais, sendo um fator de risco para condições como diabetes tipo 2, obesidade infantil e síndrome metabólica em seus descendentes. Assim, o objetivo deste trabalho é analisar e sintetizar a literatura científica sobre o impacto da obesidade e da má nutrição maternas no risco aumentado de desenvolvimento de condições metabólicas crônicas na prole, destacando os mecanismos epigenéticos e as modificações no DNA que contribuem para essa predisposição. É uma revisão narrativa da literatura que abrange estudos de 2012 a 2024, focando em obesidade materna, diabetes gestacional, alterações na metilação do DNA e doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs). A análise crítica relaciona os achados aos objetivos da pesquisa. Os estudos revisados indicam que a obesidade materna está associada a alterações epigenéticas, como hipermetilação do DNA em genes relacionados ao metabolismo. Essas alterações epigenéticas podem programar a susceptibilidade dos descendentes a doenças metabólicas ao longo da vida. Por exemplo, foi observado que uma dieta rica em gordura pode causar hipermetilação no fígado da prole, contribuindo para o aumento do risco de síndrome metabólica transgeracional, com efeitos persistindo por até três gerações, mesmo com dietas normais em gestações futuras. Intervenções dietéticas durante a gestação, especialmente dietas de baixo índice glicêmico, podem atenuar os impactos negativos, demonstrando potencial para melhorar os resultados metabólicos em descendentes. Além disso, deficiências nutricionais e excessos durante a gravidez têm efeitos adversos, aumentando o risco de DCNTs e ressaltando a importância de uma nutrição adequada no período gestacional. Embora a quantidade e a qualidade dos estudos disponíveis sejam limitadas, os achados desta revisão narrativa indicam uma possível associação entre a obesidade, doenças metabólicas crônicas durante a gravidez e as alterações epigenéticas na prole. Orientações dietéticas individualizadas e o acompanhamento nutricional adequado despontam como estratégias fundamentais para minimizar os impactos adversos do ambiente intrauterino. Ainda assim, são necessários estudos mais robustos e metodologicamente bem delineados para estabelecer uma relação mais clara entre os fatores maternos e os desfechos metabólicos nos descendentes.
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