Descrição das espécies de presas ingeridas por onça-pintada ( Panthera onca ) no Parque Nacional do Iguaçu, Sul do Brasil
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Publication Date: | 2017 |
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Summary: | A onça pintada (Panthera onca) é o maior felino americano e, no Brasil, encontra-se na categoria Vulnerável da Lista Nacional Oficial de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção do Ministério do Meio Ambiente (MMA), de 2003 e atualizada em 2014. Por estar no topo da cadeia alimentar, esse animal regula a densidade populacional de suas presas e contribui para a manutenção da estrutura dos ecossistemas onde ocorre. No Brasil, as populações distribuem-se ao longo de cinco biomas, abrangendo a Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica e o Pantanal. Na região Sul, a maior população desse felino é encontrada no Parque Nacional do Iguaçu (PNI), local considerado um refúgio para esses animais devido à biodiversidade que lá existe. Um dos aspectos de conservação dessa espécie é conhecer seus hábitos alimentares para melhorias no manejo dessa população no PNI. Para tanto, 16 amostras de fezes, colhidas no PNI e entorno do mesmo, que fazem parte do banco biológico de responsabilidade do Projeto Carnívoros do Iguaçu, foram analisadas para a identificação das espécies de presas ingeridas. Para isso, realizou-se a comparação dos padrões morfológicos cuticulares e medulares com padrões morfológicos observados na microestrutura da cutícula e medula dos pelos-guarda de mamíferos brasileiros, segundo metodologia descrita por Quadros e Monteiro-Filho (2006). A partir da análise dos resultados, espécies de mamíferos representaram a maioria das presas consumidas, destacando-se o quati (Nasua nasua), mamífero de médio porte, como a mais frequente, seguida de cervídeos do Gênero Mazama sp., presas da família Didelphidae, roedor da espécie Delomys dorsalis e aves. Estes resultados demonstram adaptação de hábitos alimentares de onça-pintada frente ao declínio das populações de suas principais espécies de presas na região, como o queixada (Tayassu pecari) e o cateto (Pecari tajacu). Além disso, não houve registros de pelos de espécies domésticas nas amostras de fezes estudadas, a partir do que, se conclui que estes animais não são primeira escolha como presa para onças-pintadas. |
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