Calibração da taxa de evolução do DNA barcode em peixes teleostei

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Karina Camargo Arroyo dos
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Digital Unisa da Universidade Santo Amaro
dARK ID: ark:/30103/0013000001gs3
Texto Completo: http://dspace.unisa.br/handle/123456789/879
Resumo: O presente estudo busca avaliar o gene Citocromo Oxidase C subunidade I (COI ou DNA Barcode) como potencial marcador de relógio molecular em Teleostei, tal como avaliar as interferências nas taxas de evolução nucleotídicas que esse gene está sujeito a depender das variáveis ecológicas e sistemáticas. Para estimar essa taxa de evolução foram buscadas na literatura árvores filogenéticas robustas nas quais foram empregadas técnicas de relógio molecular. Foram realizadas análises com dados de peixes marinhos e peixes dulcícolas coracoides. As sequências de COI das espécies foram obtidas no GenBank buscando a maior representatividade dos táxons das topologias referidas. Para ambas as análises o COI demonstrou estar saturado para grupos mais antigos, indicando que este tipo de análise deve ser feita para grupos mais recentes. Para obter as taxas do COI foi usado o programa Beast, sendo inserido neste as matrizes com as sequências, as arvores filogenéticas e pontos de calibração obtidos pelos artigos utilizados. Os resultados apontaram taxas de evolução com COI semelhante para os dois grupos de peixes, 1,17%/Ma em peixes marinhos e 1,05%/Ma em coracoides. Os valores encontrados foram validados em dois eventos geológicos conhecidos, a formação do Ístimo do Panamá e da cachoeira das Sete Quedas, relevando datas de divergência coerente com a literatura de 3,2 Ma e 1,6 Ma respectivamente. Não descartamos a possibilidade que fatores como temperatura e tamanho populacional possa influenciar nas taxas de evolução, visto que a taxa de evolução do COI em outro grupos pode ser bastante distintas. Os resultados encontrados nos dão indícios da possibilidade de se usar taxas evolutivas do COI para realizar relógios moleculares e trazer luz a eventos históricos pouco conhecidos e entender o processo de evolução, com a ressalva de se utilizar as taxas para linhagens próximas.
id UNISA-1_938e98ae4cef5c2bd07fa48c348a199f
oai_identifier_str oai:dspace.unisa.br:123456789/879
network_acronym_str UNISA-1
network_name_str Repositório Digital Unisa da Universidade Santo Amaro
repository_id_str
spelling Calibração da taxa de evolução do DNA barcode em peixes teleosteiRelógio MolecularCitocromo Oxidase C Subunidade 1COITaxa de Substituição MolecularO presente estudo busca avaliar o gene Citocromo Oxidase C subunidade I (COI ou DNA Barcode) como potencial marcador de relógio molecular em Teleostei, tal como avaliar as interferências nas taxas de evolução nucleotídicas que esse gene está sujeito a depender das variáveis ecológicas e sistemáticas. Para estimar essa taxa de evolução foram buscadas na literatura árvores filogenéticas robustas nas quais foram empregadas técnicas de relógio molecular. Foram realizadas análises com dados de peixes marinhos e peixes dulcícolas coracoides. As sequências de COI das espécies foram obtidas no GenBank buscando a maior representatividade dos táxons das topologias referidas. Para ambas as análises o COI demonstrou estar saturado para grupos mais antigos, indicando que este tipo de análise deve ser feita para grupos mais recentes. Para obter as taxas do COI foi usado o programa Beast, sendo inserido neste as matrizes com as sequências, as arvores filogenéticas e pontos de calibração obtidos pelos artigos utilizados. Os resultados apontaram taxas de evolução com COI semelhante para os dois grupos de peixes, 1,17%/Ma em peixes marinhos e 1,05%/Ma em coracoides. Os valores encontrados foram validados em dois eventos geológicos conhecidos, a formação do Ístimo do Panamá e da cachoeira das Sete Quedas, relevando datas de divergência coerente com a literatura de 3,2 Ma e 1,6 Ma respectivamente. Não descartamos a possibilidade que fatores como temperatura e tamanho populacional possa influenciar nas taxas de evolução, visto que a taxa de evolução do COI em outro grupos pode ser bastante distintas. Os resultados encontrados nos dão indícios da possibilidade de se usar taxas evolutivas do COI para realizar relógios moleculares e trazer luz a eventos históricos pouco conhecidos e entender o processo de evolução, com a ressalva de se utilizar as taxas para linhagens próximas.UNISA2021info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfSANTOS, Karina Camargo Arroyo dos. Calibração da taxa de evolução do DNA barcode em peixes teleostei. 2021. Dissertação (Mestrado em Medicina Veterinária e Bem Estar Animal) — Universidade Santo Amaro, São Paulo, 2021.http://dspace.unisa.br/handle/123456789/879ark:/30103/0013000001gs3Santos, Karina Camargo Arroyo dosporreponame:Repositório Digital Unisa da Universidade Santo Amaroinstname:Universidade Santo Amaro (UNISA)instacron:UNISAinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-12-06T11:24:49Zoai:dspace.unisa.br:123456789/879Repositório InstitucionalPRIhttps://dspace.unisa.br/server/oai/requestjesantos@prof.unisa.br || mimartins@unisa.bropendoar:2024-12-06T11:24:49Repositório Digital Unisa da Universidade Santo Amaro - Universidade Santo Amaro (UNISA)false
dc.title.none.fl_str_mv Calibração da taxa de evolução do DNA barcode em peixes teleostei
title Calibração da taxa de evolução do DNA barcode em peixes teleostei
spellingShingle Calibração da taxa de evolução do DNA barcode em peixes teleostei
Santos, Karina Camargo Arroyo dos
Relógio Molecular
Citocromo Oxidase C Subunidade 1
COI
Taxa de Substituição Molecular
title_short Calibração da taxa de evolução do DNA barcode em peixes teleostei
title_full Calibração da taxa de evolução do DNA barcode em peixes teleostei
title_fullStr Calibração da taxa de evolução do DNA barcode em peixes teleostei
title_full_unstemmed Calibração da taxa de evolução do DNA barcode em peixes teleostei
title_sort Calibração da taxa de evolução do DNA barcode em peixes teleostei
author Santos, Karina Camargo Arroyo dos
author_facet Santos, Karina Camargo Arroyo dos
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Santos, Karina Camargo Arroyo dos
dc.subject.por.fl_str_mv Relógio Molecular
Citocromo Oxidase C Subunidade 1
COI
Taxa de Substituição Molecular
topic Relógio Molecular
Citocromo Oxidase C Subunidade 1
COI
Taxa de Substituição Molecular
description O presente estudo busca avaliar o gene Citocromo Oxidase C subunidade I (COI ou DNA Barcode) como potencial marcador de relógio molecular em Teleostei, tal como avaliar as interferências nas taxas de evolução nucleotídicas que esse gene está sujeito a depender das variáveis ecológicas e sistemáticas. Para estimar essa taxa de evolução foram buscadas na literatura árvores filogenéticas robustas nas quais foram empregadas técnicas de relógio molecular. Foram realizadas análises com dados de peixes marinhos e peixes dulcícolas coracoides. As sequências de COI das espécies foram obtidas no GenBank buscando a maior representatividade dos táxons das topologias referidas. Para ambas as análises o COI demonstrou estar saturado para grupos mais antigos, indicando que este tipo de análise deve ser feita para grupos mais recentes. Para obter as taxas do COI foi usado o programa Beast, sendo inserido neste as matrizes com as sequências, as arvores filogenéticas e pontos de calibração obtidos pelos artigos utilizados. Os resultados apontaram taxas de evolução com COI semelhante para os dois grupos de peixes, 1,17%/Ma em peixes marinhos e 1,05%/Ma em coracoides. Os valores encontrados foram validados em dois eventos geológicos conhecidos, a formação do Ístimo do Panamá e da cachoeira das Sete Quedas, relevando datas de divergência coerente com a literatura de 3,2 Ma e 1,6 Ma respectivamente. Não descartamos a possibilidade que fatores como temperatura e tamanho populacional possa influenciar nas taxas de evolução, visto que a taxa de evolução do COI em outro grupos pode ser bastante distintas. Os resultados encontrados nos dão indícios da possibilidade de se usar taxas evolutivas do COI para realizar relógios moleculares e trazer luz a eventos históricos pouco conhecidos e entender o processo de evolução, com a ressalva de se utilizar as taxas para linhagens próximas.
publishDate 2021
dc.date.none.fl_str_mv 2021
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv SANTOS, Karina Camargo Arroyo dos. Calibração da taxa de evolução do DNA barcode em peixes teleostei. 2021. Dissertação (Mestrado em Medicina Veterinária e Bem Estar Animal) — Universidade Santo Amaro, São Paulo, 2021.
http://dspace.unisa.br/handle/123456789/879
dc.identifier.dark.fl_str_mv ark:/30103/0013000001gs3
identifier_str_mv SANTOS, Karina Camargo Arroyo dos. Calibração da taxa de evolução do DNA barcode em peixes teleostei. 2021. Dissertação (Mestrado em Medicina Veterinária e Bem Estar Animal) — Universidade Santo Amaro, São Paulo, 2021.
ark:/30103/0013000001gs3
url http://dspace.unisa.br/handle/123456789/879
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv UNISA
publisher.none.fl_str_mv UNISA
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Digital Unisa da Universidade Santo Amaro
instname:Universidade Santo Amaro (UNISA)
instacron:UNISA
instname_str Universidade Santo Amaro (UNISA)
instacron_str UNISA
institution UNISA
reponame_str Repositório Digital Unisa da Universidade Santo Amaro
collection Repositório Digital Unisa da Universidade Santo Amaro
repository.name.fl_str_mv Repositório Digital Unisa da Universidade Santo Amaro - Universidade Santo Amaro (UNISA)
repository.mail.fl_str_mv jesantos@prof.unisa.br || mimartins@unisa.br
_version_ 1842261621729132544