Análise da resposta humoral anti-MOG e anti-HERV em amostras de líquido cefalorraquidiano e soro de pacientes com esclerose múltipla

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Main Author: Garcia, Karin Cristina
Publication Date: 2023
Format: Master thesis
Language: por
Source: Repositório Digital Unisa da Universidade Santo Amaro
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Summary: A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença autoimune desmielinizante crônica do sistema nervoso central (SNC). Caracteriza-se clinicamente pelo aparecimento de lesões desmielinizantes disseminadas no tempo e espaço. É uma doença que resulta em considerável incapacidade motora em adultos e apresenta maior frequência em mulheres. A EM não apresenta etiologia definida, porém postula se que o Retrovírus Endógeno Humano da família W (HERV-W) possa apresentar papel fundamental na patogênese da doença. A patogênese da desmielinização é mediada por anticorpos e resposta celular direta, o que resulta com perda de oligodendrócitos e dano axonal. Acredita-se que a EM resulte de uma resposta autoimune às proteínas expressas em oligodendrócitos. A glicoproteína oligodendrócitos da mielina (MOG) é um antígeno alvo ambas as células dirigidas ao SNC humoral e celular. Importantemente, os HERVs apresentam regiões de similaridade com a proteína MOG, e desta forma postula-se que os HERVs possam induzir a autoimunidade através do mecanismo de mimetismo molecular, induzindo uma resposta humoral cruzada entre MOG e HERV-W. Objetivo: Avaliar a resposta humoral anti peptídeos de HERV-W e K em LCR e soro de pacientes com Esclerose Múltipla. Métodos: Esse é um estudo retrospectivo transversal do tipo caso controle. 25 amostras de soro e LCR de pacientes com Esclerose Múltipla (ao menos 2 Bandas oligoclonais positivas (BOC) e 25 amostras de LCR de pseudotumor compuseram o grupo controle(GC) . Essas amostras foram doadas pelo laboratório Senne Liquor. Foram realizados contagem global e diferencial do LCR, dosagens bioquímicas e Banda Oligoclonal. Para detecção de resposta humoral anti HERV e anti MOG ,um ensaio de ELISA in-house foi padronizado e utilizado . Resultados: A análise do LCR demostrou pelo índice de IgG e BOC tipo 2 e 3, a síntese intratecal de anticorpos. O ensaio de ELISA anti-HERV-K e W revelou maiores concentrações de IgG anti MOG e HERV-W nos LCRS com EM em comparação com GC (p<0,001 e p < 0,0142 respectivamente), com relação análise do HERV-K, os resultados revelaram maior resposta humoral para três peptídeos de HERV-K (p= 0,0007 ; p=0,0009 ; p<0,0001 ). E no soro EM resposta humoral para anti MOG (p =0,0119), para HERV-W (p ˂ 0,0001 ), para quatro peptídeos de HERV-K ( p=0,0006 ; p=0,0100 ; p=0,0086 ; p ˂ 0,0001 ) Demostramos também correlação positiva entre LCR e soro dos pacientes com EM para: MOG (p 0,0170 e r = 0,4728) ,HERV W(p˂0,0001 r = 0,7240 ), HERV-K pol (peptídeos 05: p=0,0126 r = 0,4914; peptídeo 6: p= 0,0025 e r= 0,5780 ; peptídeo 7: p =0,0010 e r= 0,6178). Conclusão: Pacientes com EM apresentam maiores níveis de resposta intratecal anti HERV-W diversas regiões de K em LCR. E os níveis de anticorpos anti esses mesmos peptídeos correlacionam-se positivamente no soro e no LCR.
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