A pessoa como 'dispositivo' e a primazia do impessoal
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Publication Date: | 2025 |
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Source: | Revista Prometeica (Mar del Plata) |
Download full: | https://periodicos.unifesp.br/index.php/prometeica/article/view/19654 |
Summary: | O artigo analisa a tese de Roberto Esposito de que a pessoa é um dispositivo imunológico projetado para proteger a vida humana, mas que, ao mesmo tempo, a restringe. Embora aparentemente concebida para salvaguardar os direitos de todo ser humano, sua própria estrutura torna isso impossível, pois contém um elemento de exclusão e dominação. A noção de pessoalidade seria inseparável de uma concepção transcendente e possivelmente violenta, de modo que, em vez de se basear na racionalidade ou na afirmação do “eu” ou do “você”, características do personalismo, os direitos e a dignidade teriam de se basear na individualização da vida impessoal ou em uma “terceira pessoa”. A pluralidade também não seria possível se cada pessoa fosse única, pois nesse caso não seria possível afirmar os outros. A contribuição tentará esclarecer o escopo de uma primazia do impessoal e, ao mesmo tempo, questionar a possibilidade de renunciar ao pessoal. |
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A pessoa como 'dispositivo' e a primazia do impessoalThe person as ‘device’ and the primacy of the impersonalLa persona como 'dispositivo' y la primacía de lo impersonalRoberto EspositobiopolíticapersonalismoimpersonalpersonaRoberto EspositobiopolíticapersonalismoimpessoalPessoaRoberto EspositobiopoliticspersonalismimpersonalpersonO artigo analisa a tese de Roberto Esposito de que a pessoa é um dispositivo imunológico projetado para proteger a vida humana, mas que, ao mesmo tempo, a restringe. Embora aparentemente concebida para salvaguardar os direitos de todo ser humano, sua própria estrutura torna isso impossível, pois contém um elemento de exclusão e dominação. A noção de pessoalidade seria inseparável de uma concepção transcendente e possivelmente violenta, de modo que, em vez de se basear na racionalidade ou na afirmação do “eu” ou do “você”, características do personalismo, os direitos e a dignidade teriam de se basear na individualização da vida impessoal ou em uma “terceira pessoa”. A pluralidade também não seria possível se cada pessoa fosse única, pois nesse caso não seria possível afirmar os outros. A contribuição tentará esclarecer o escopo de uma primazia do impessoal e, ao mesmo tempo, questionar a possibilidade de renunciar ao pessoal.El trabajo analiza la tesis de Roberto Esposito de que la persona es un dispositivo inmunitario destinado a proteger la vida humana pero que al mismo tiempo la constriñe. Aunque aparentemente pensada para salvaguardar los derechos de todo ser humano, su misma estructura lo imposibilitaría, al contener un elemento de exclusión y de dominio. La noción de persona sería inseparable de una concepción trascendente y eventualmente violenta, por lo que antes que sobre la racionalidad o sobre la afirmación del yo o del tú, propios del personalismo, sería necesario apoyar los derechos y la dignidad sobre la base de la individualización propia de la vida impersonal, o de una “tercera persona”. Tampoco una pluralidad sería posible si cada persona es única, ya que en tal caso no habría afirmación posible de los otros. La contribución buscará clarificar el alcance de una primacía de lo impersonal y cuestionar al mismo tiempo la posibilidad de renunciar a lo personal.The article analyzes Roberto Esposito's thesis that the person is an immunological device conceived to protect human life, but which at the same time restricts it. Although apparently conceived to safeguard the rights of every human being, its very structure makes this impossible, since it contains an element of exclusion and domination. The notion of personhood would be inseparable from a transcendent and possibly violent conception, so that instead of basing itself on rationality or on the affirmation of the “I” or the “you,” characteristic of personalism, rights and dignity would have to be sustained in the individualization proper to impersonal life or a “third person.” Nor would plurality be possible if each person were unique, because in that case it would not be possible to affirm others. The contribution will try to clarify the scope of a primacy of the impersonal and, at the same time, to question the possibility of renouncing the personal.Universidade Federal de São Paulo2025-03-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionTextoTextoinfo:eu-repo/semantics/otherapplication/pdftext/htmltext/xmlapplication/epub+ziphttps://periodicos.unifesp.br/index.php/prometeica/article/view/1965410.34024/prometeica.2025.32.19654Prometeica - Revista de Filosofia e Ciências; v. 32 (2025): Prometeica - v 32 (03/2025 - 12/2025); e19654 (1-10)Prometeica - Revista de Filosofía y Ciencias; Vol. 32 (2025): Prometeica - v 32 (03/2025 - 12/2025); e19654 (1-10)Prometeica - Journal of Philosophy and Science; Vol. 32 (2025): Prometeica - v 32 (03/2025 - 12/2025); e19654 (1-10)Prometeica; V. 32 (2025): Prometeica - v 32 (03/2025 - 12/2025); e19654 (1-10)Prometeica - Journal de Philosophie et Science; Vol. 32 (2025): Prometeica - v 32 (03/2025 - 12/2025); e19654 (1-10)1852-9488reponame:Revista Prometeica (Mar del Plata)instname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPspahttps://periodicos.unifesp.br/index.php/prometeica/article/view/19654/13478https://periodicos.unifesp.br/index.php/prometeica/article/view/19654/13479https://periodicos.unifesp.br/index.php/prometeica/article/view/19654/13480https://periodicos.unifesp.br/index.php/prometeica/article/view/19654/13481Derechos de autor 2025 Juan F. Franckinfo:eu-repo/semantics/openAccessFranck, Juan F.Franck, Juan F.Franck, Juan F.2025-03-01T11:25:34Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/19654Revistahttps://periodicos.unifesp.br/index.php/prometeica/oaiPUBhttps://periodicos.unifesp.br/index.php/prometeica/oaiprometeica@unifesp.br1852-94881852-9488opendoar:2025-03-01T11:25:34Revista Prometeica (Mar del Plata) - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false |
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O artigo analisa a tese de Roberto Esposito de que a pessoa é um dispositivo imunológico projetado para proteger a vida humana, mas que, ao mesmo tempo, a restringe. Embora aparentemente concebida para salvaguardar os direitos de todo ser humano, sua própria estrutura torna isso impossível, pois contém um elemento de exclusão e dominação. A noção de pessoalidade seria inseparável de uma concepção transcendente e possivelmente violenta, de modo que, em vez de se basear na racionalidade ou na afirmação do “eu” ou do “você”, características do personalismo, os direitos e a dignidade teriam de se basear na individualização da vida impessoal ou em uma “terceira pessoa”. A pluralidade também não seria possível se cada pessoa fosse única, pois nesse caso não seria possível afirmar os outros. A contribuição tentará esclarecer o escopo de uma primazia do impessoal e, ao mesmo tempo, questionar a possibilidade de renunciar ao pessoal. |
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