Uso e apropriação do território da população carcerária no complexo penitenciário do Serrotão: interfaces entre o discurso e prática
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Publication Date: | 2022 |
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Source: | PRACS: Revista Eletrônica de Humanidades do Curso de Ciências Sociais da UNIFAP |
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Summary: | A prisão como equipamento urbano presente na totalidade das principais cidades brasileiras, tem na sua historicidade a pluralidade dos processos de transformação sob a tecnologia do regime penal, o que transfigurou as relações disciplinares entre os internos, e materializou uma configuração de espaço entre a unidades prisionais da atualidade. O complexo penitenciário do Serrotão, o maior complexo do estado da ParaÃba em extensão de área, localizado na cidade de Campina Grande, é composto por três unidades prisionais, isto posto, este trabalho busca analisar as formas de uso e apropriação do território pelos distintos setores da população carcerária. Dando ênfase ao mundo inferior da penitenciária Raymundo Asfora onde está situado o código de conduta dos presos e os poderes do crime organizado. Para isso foi realizado, um levantamento dos dados secundários populacionais a partir de documentos oficiais da administração penitenciária e do estabelecimento prisional, foi feito o reconhecimento do objeto de estudo através de três atividades de campo, utilização dos softwares de geotecnologia para especializar os dados coletados e por fim foi feito entrevistas com os presos da unidade Raymundo Asfora na perspectiva de aprofundar a análise sobre a temática proposta da pesquisa. Assim, compreendemos que os territórios dentro da prisão estão em constante dinâmica, de acordo com as relações hierárquicas de poder de cada interno e de cada grupo de apenados, o que faz com que a parte inferior da penitenciária tenha a configuração das suas relações sociais e espaciais de acordo com as próprias leis determinadas pelos presos, em contrapartida a parte superior da penitenciária, onde se estabelece os territórios de ordem legal, tem o total controle da administração penitenciária nos tipos de relações entre os presos e o espaço penitenciário. |
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