“Does every traveller see all that he describes?” O viajante cego James Holman e os Limites do Olhar Viajante

Bibliographic Details
Main Author: Torrão Filho, Amilcar
Publication Date: 2016
Format: Article
Language: por
Source: Revista de História (São Paulo)
DOI: 10.11606/issn.2316-9141.rh.2016.115230
Download full: https://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/115230
Summary: Olhar etnográfico, olhar pitoresco, olhar ilustrado, olhar evangelizador, olhar imperialista: o olhar é una metáfora frequente nas descrições e análises da literatura de viagem em suas mais diversas manifestações. Ver bem tem como consequência uma melhor compreensão do lugar visitado, o que pode converter o viajante em um especialista do lugar visitado, alguém que pode construir um texto de autoridade sobre determinado espaço, propor projetos políticos de regeneração, colonização, evangelização. O caso do viajante britânico cego, ex-marinheiro, James Holman (1786-1857), impõe limites a essa pretensão epistemológica que define o gênero. Autor de diversos relatos de suas viagens de circum-navegação pela Rússia, Europa Central, Brasil, China, Holman era consciente desses limites e por isso foi, além de viajante cego, um escritor cego. Este artigo trata desta consciência do processo de construção de sua fiabilidade dos seus limites.
id UNESP-13_dac6ba5d2ad03c3abbfff0e699f73be5
oai_identifier_str oai:revistas.usp.br:article/115230
network_acronym_str UNESP-13
network_name_str Revista de História (São Paulo)
spelling “Does every traveller see all that he describes?” O viajante cego James Holman e os Limites do Olhar Viajante"Does every traveller see all that he describes?" The blind traveller James Holman and the limits of the traveller eyeTravel literaturetravelersvisionLiteratura de viagemviajantesvisãoOlhar etnográfico, olhar pitoresco, olhar ilustrado, olhar evangelizador, olhar imperialista: o olhar é una metáfora frequente nas descrições e análises da literatura de viagem em suas mais diversas manifestações. Ver bem tem como consequência uma melhor compreensão do lugar visitado, o que pode converter o viajante em um especialista do lugar visitado, alguém que pode construir um texto de autoridade sobre determinado espaço, propor projetos políticos de regeneração, colonização, evangelização. O caso do viajante britânico cego, ex-marinheiro, James Holman (1786-1857), impõe limites a essa pretensão epistemológica que define o gênero. Autor de diversos relatos de suas viagens de circum-navegação pela Rússia, Europa Central, Brasil, China, Holman era consciente desses limites e por isso foi, além de viajante cego, um escritor cego. Este artigo trata desta consciência do processo de construção de sua fiabilidade dos seus limites.Ethnographic eye, picturesque eye, enlightened eye, evangelizer eye, imperialist eye: the eye is a frequent metaphor in the descriptions and analysis of travel literature in its various manifestations. See well results in a better understanding of the place visited, which can convert the traveler in a specialist of the visited place, someone who can write an authoritative text on a given space, propose political projects of regeneration, colonization, evangelization. The case of the blind British traveler, a former sailor, James Holman (1786-1857), sets certain limits to this epistemological claim that defines the genre. Author of several accounts of his circumnavigation trips to Russia, Central Europe, Brazil, China, Holman was aware of these limits and so, further than a blind traveler, was a blind writer. This paper deals with the process of this truthfulness construction and the consciousness of its limits. Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas2016-12-20info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/11523010.11606/issn.2316-9141.rh.2016.115230Revista de História; n. 175 (2016): Dossiê: Grupos Intermédios nos domínios portugueses - séculos XVIII-XIX; 319-348Revista de História; No. 175 (2016): Dossiê: Grupos Intermédios nos domínios portugueses - séculos XVIII-XIX; 319-348Revista de História; Núm. 175 (2016): Dossiê: Grupos Intermédios nos domínios portugueses - séculos XVIII-XIX; 319-3482316-91410034-8309reponame:Revista de História (São Paulo)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:UNESPporhttps://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/115230/121216Copyright (c) 2016 Revista de Históriainfo:eu-repo/semantics/openAccessTorrão Filho, Amilcar2016-12-21T19:18:13Zoai:revistas.usp.br:article/115230Revistahttps://www.revistas.usp.br/revhistoriaPUBhttps://www.revistas.usp.br/revhistoria/oairevistahistoria@usp.br||revistahistoria@assis.unesp.br2316-91410034-8309opendoar:2016-12-21T19:18:13Revista de História (São Paulo) - Universidade de São Paulo (USP)false
dc.title.none.fl_str_mv “Does every traveller see all that he describes?” O viajante cego James Holman e os Limites do Olhar Viajante
"Does every traveller see all that he describes?" The blind traveller James Holman and the limits of the traveller eye
title “Does every traveller see all that he describes?” O viajante cego James Holman e os Limites do Olhar Viajante
spellingShingle “Does every traveller see all that he describes?” O viajante cego James Holman e os Limites do Olhar Viajante
“Does every traveller see all that he describes?” O viajante cego James Holman e os Limites do Olhar Viajante
Torrão Filho, Amilcar
Travel literature
travelers
vision
Literatura de viagem
viajantes
visão
Torrão Filho, Amilcar
Travel literature
travelers
vision
Literatura de viagem
viajantes
visão
title_short “Does every traveller see all that he describes?” O viajante cego James Holman e os Limites do Olhar Viajante
title_full “Does every traveller see all that he describes?” O viajante cego James Holman e os Limites do Olhar Viajante
title_fullStr “Does every traveller see all that he describes?” O viajante cego James Holman e os Limites do Olhar Viajante
“Does every traveller see all that he describes?” O viajante cego James Holman e os Limites do Olhar Viajante
title_full_unstemmed “Does every traveller see all that he describes?” O viajante cego James Holman e os Limites do Olhar Viajante
“Does every traveller see all that he describes?” O viajante cego James Holman e os Limites do Olhar Viajante
title_sort “Does every traveller see all that he describes?” O viajante cego James Holman e os Limites do Olhar Viajante
author Torrão Filho, Amilcar
author_facet Torrão Filho, Amilcar
Torrão Filho, Amilcar
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Torrão Filho, Amilcar
dc.subject.por.fl_str_mv Travel literature
travelers
vision
Literatura de viagem
viajantes
visão
topic Travel literature
travelers
vision
Literatura de viagem
viajantes
visão
description Olhar etnográfico, olhar pitoresco, olhar ilustrado, olhar evangelizador, olhar imperialista: o olhar é una metáfora frequente nas descrições e análises da literatura de viagem em suas mais diversas manifestações. Ver bem tem como consequência uma melhor compreensão do lugar visitado, o que pode converter o viajante em um especialista do lugar visitado, alguém que pode construir um texto de autoridade sobre determinado espaço, propor projetos políticos de regeneração, colonização, evangelização. O caso do viajante britânico cego, ex-marinheiro, James Holman (1786-1857), impõe limites a essa pretensão epistemológica que define o gênero. Autor de diversos relatos de suas viagens de circum-navegação pela Rússia, Europa Central, Brasil, China, Holman era consciente desses limites e por isso foi, além de viajante cego, um escritor cego. Este artigo trata desta consciência do processo de construção de sua fiabilidade dos seus limites.
publishDate 2016
dc.date.none.fl_str_mv 2016-12-20
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/115230
10.11606/issn.2316-9141.rh.2016.115230
url https://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/115230
identifier_str_mv 10.11606/issn.2316-9141.rh.2016.115230
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/115230/121216
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2016 Revista de História
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2016 Revista de História
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
publisher.none.fl_str_mv Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas
dc.source.none.fl_str_mv Revista de História; n. 175 (2016): Dossiê: Grupos Intermédios nos domínios portugueses - séculos XVIII-XIX; 319-348
Revista de História; No. 175 (2016): Dossiê: Grupos Intermédios nos domínios portugueses - séculos XVIII-XIX; 319-348
Revista de História; Núm. 175 (2016): Dossiê: Grupos Intermédios nos domínios portugueses - séculos XVIII-XIX; 319-348
2316-9141
0034-8309
reponame:Revista de História (São Paulo)
instname:Universidade de São Paulo (USP)
instacron:UNESP
instname_str Universidade de São Paulo (USP)
instacron_str UNESP
institution UNESP
reponame_str Revista de História (São Paulo)
collection Revista de História (São Paulo)
repository.name.fl_str_mv Revista de História (São Paulo) - Universidade de São Paulo (USP)
repository.mail.fl_str_mv revistahistoria@usp.br||revistahistoria@assis.unesp.br
_version_ 1822221474762588161
dc.identifier.doi.none.fl_str_mv 10.11606/issn.2316-9141.rh.2016.115230