Museu virtual origens: uma proposição insurgente

Bibliographic Details
Main Author: Correia, Rosângela Accioly Lins
Publication Date: 2023
Format: Doctoral thesis
Language: por
Source: Saber Aberto – Repositório Institucional da UNEB
dARK ID: ark:/31471/0013000000c14
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Summary: Esta pesquisa trata do desenvolvimento colaborativo do Museu Virtual Origens: uma proposição insurgente. A investigação utilizará a abordagem metodológica intitulada “Design Based Research” (DBR) ou Pesquisa de Desenvolvimento. A proposta possui uma abordagem socioconstrutivista com viés na construção de um ambiente virtual de aprendizagem que reconhece a comunidade como participante e sujeitos/as que adquirem metacognição (constroem conhecimento e consciência de si mesmo) e autorregulação deste conhecimento (autonomia) ao interagirem com o ambiente. Tem como instrumentos de coleta de dados colaborações coletivas e, como protocolo de atividades, o gravador de áudio e vídeo e as entrevistas semiestruturadas online. O processo colaborativo é dedicado a lidar com as singularidades presentes nas histórias das comunalidades de origem bantu, iorubá, dos portugueses e dos tupinambá - termo oriundo do tupi tubüb-abá, que significa "descendentes dos primeiros pais", como afirma Eduardo Bueno, além das outras populações que se desenham nas arkhés civilizatórias locais, influenciando o viver cotidiano dessa territorialidade. As análises que foram desenvolvidas se estruturam e dialogam com as noções de “arkhé” e de “territorialidade” ligadas aos aspectos simbólicos e existenciais das populações negras nos contextos urbanos ou rurais, conforme estudos da pesquisadora Narcimária Luz; os conceitos de “alteridade”, utilizado pelo filósofo franco-lituano Emmanuel Levinas e, de “povo”, empregado pelo filósofo argentino Enrique Dussel. Por meio dessas interlocuções serão desenvolvidas análises das insurgências negras e dos povos originários nas terras que foram doadas a D. António Ataíde. A pesquisa tem por objetivo extrair desses legados civilizatórios a riqueza de valores e linguagens que constituem suas formas de comunicação, elaboração de mundo, sociabilidades e o desvelamento do ethos cultural da territorialidade da pesquisa para a construção dos conteúdos digitais. Finalmente, o projeto apresenta uma perspectiva descolonizadora ao oferecer possibilidades de reconhecimento do patrimônio civilizatório negro-africano, dos povos originários e de outras etnias que foram silenciadas na historiografia oficial. O conteúdo do museu virtual terá elementos históricos como propõe as Leis 10.639/03 e 11.645/08, pois proporcionará em seu acervo um caráter multirreferencial, pluricultural e interdisciplinar
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O processo colaborativo é dedicado a lidar com as singularidades presentes nas histórias das comunalidades de origem bantu, iorubá, dos portugueses e dos tupinambá - termo oriundo do tupi tubüb-abá, que significa "descendentes dos primeiros pais", como afirma Eduardo Bueno, além das outras populações que se desenham nas arkhés civilizatórias locais, influenciando o viver cotidiano dessa territorialidade. As análises que foram desenvolvidas se estruturam e dialogam com as noções de “arkhé” e de “territorialidade” ligadas aos aspectos simbólicos e existenciais das populações negras nos contextos urbanos ou rurais, conforme estudos da pesquisadora Narcimária Luz; os conceitos de “alteridade”, utilizado pelo filósofo franco-lituano Emmanuel Levinas e, de “povo”, empregado pelo filósofo argentino Enrique Dussel. Por meio dessas interlocuções serão desenvolvidas análises das insurgências negras e dos povos originários nas terras que foram doadas a D. António Ataíde. A pesquisa tem por objetivo extrair desses legados civilizatórios a riqueza de valores e linguagens que constituem suas formas de comunicação, elaboração de mundo, sociabilidades e o desvelamento do ethos cultural da territorialidade da pesquisa para a construção dos conteúdos digitais. Finalmente, o projeto apresenta uma perspectiva descolonizadora ao oferecer possibilidades de reconhecimento do patrimônio civilizatório negro-africano, dos povos originários e de outras etnias que foram silenciadas na historiografia oficial. O conteúdo do museu virtual terá elementos históricos como propõe as Leis 10.639/03 e 11.645/08, pois proporcionará em seu acervo um caráter multirreferencial, pluricultural e interdisciplinarEsta investigación aborda el desarrollo colaborativo del museu virtual origens: uma proposição insurgente. La investigación utilizará el enfoque metodológico titulado “Design Based Research” (DBR) o investigación de desarrollo, la propuesta tiene un enfoque social constructivista hacia la construcción de un entorno virtual de aprendizaje, cuando reconoce la comunidad participante el que los sujetos adquieren metacognición (construir conocimiento, autoconciencia) y autorregulación de este conocimiento (autonomía) al interactuar con el ambiente. Sus instrumentos de recolección de datos serán: colaboraciones colectivas, protocolo de actividad, grabadora de audio y vídeo, entrevistas semiestructuradas online. El proceso de colaboración involucra a las comunalidades de origen bantu, iorubá, los portugueses, los tupinambá que es un termo oriundo del tupí tubüb-abbá, que significa "descendientes de los primeros pais" como afirma Eduardo Bueno. Además de otras poblaciones, que se dibujan en las arqués civilizatorias locales y como ellas influencian el vivir cotidiano de esta territorialidad. El marco de análisis se desarrolla y se estructuran com las nociones de “arkhé” e de “territorialidad” negra, ligadas a los aspectos simbólicos y existenciales de las poblaciones negras en los contextos urbanos o rurales, conforme estudios de la pesquisidora Narcimária Luz. También los conceptos de “alteridad” utilizado por el filósofo franco-lituano Emmanuel Levinas y el concepto del “pueblo” empleado por el filósofo argentino Enrique Dussel. Por medio de esas interlocuciones serán desarrollados análisis de las insurgencias negras y de los pueblos originarios en las tierras dadas al D. António Ataíde. La pesquisa tiene por objetivo extraer de esos legados civilizatorios la riqueza de los valores y lenguajes que constituyen sus formas de comunicación, elaboración del mundo, sociabilidades, y el desvelamiento del ethos cultural de la territorialidad de la pesquisa para la construcción de los contenidos digitales. Finalmente, el proyecto presenta una perspectiva descolonizadora, cuando ofrece posibilidades de reconocimiento del patrimônio civilizatorio negro-africano, dos los pueblos originales, aborígenes y de otras etnias que fueron silenciadas em la historiografía oficial. El contenido del museo virtual tendrá elementos históricos como proponen las Leyes 10.639.03 y 11.645.11, pues proporcionará en su colección un carácter multirreferencial, pluricultural e interdisciplinario.Universidade do Estado da BahiaPrograma de Pós-graduação em Educação e ContemporaneidadeMatta, Alfredo Eurico RodriguesSantana, Carlos Eduardo Carvalho deOliveira, Eduardo David deMonteiro, Miguel Maria Santos CorrêaBernardo, Augusto Sérgio dos Santos de SãoCardoso, Cláudia PonsCorreia, Rosângela Accioly Lins2024-02-22T16:16:41Z2024-02-22T16:16:41Z2023-06-30info:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/pdfCORREIA, Rosângela Accioly Lins. Museu virtual origens: uma proposição insurgente. Orientador: Alfredo Eurico Rodrigues Matta. 2023. 324f. Tese (Doutorado), Programa de Pós-graduação em Educação e Contemporaneidade - Departamento de Educação, Campus I, Universidade do Estado da Bahia, Salvador, 2023.https://saberaberto.uneb.br/handle/20.500.11896/5102ark:/31471/0013000000c14porinfo:eu-repo/semantics/openAccesshttp://creativecommons.org/licenses/by/3.0/br/reponame:Saber Aberto – Repositório Institucional da UNEBinstname:Universidade do Estado da Bahia (UNEB)instacron:UNEB2025-03-27T14:11:03Zoai:saberaberto.uneb.br:20.500.11896/5102Repositório InstitucionalPUBhttps://saberaberto.uneb.br/server/oai/requestrepositorio@uneb.br || sisb@uneb.bropendoar:2025-03-27T14:11:03Saber Aberto – Repositório Institucional da UNEB - Universidade do Estado da Bahia (UNEB)false
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