Perspectivas da soberania em Giorgio Agamben
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Publication Date: | 2016 |
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Language: | por |
Source: | Profanações |
Download full: | https://www.periodicos.unc.br/index.php/prof/article/view/1168 |
Summary: | O artigo se propõe à compreensão de um conceito de soberania esvaziado em razão da fragilidade das soluções teóricas quando aplicadas aos aspectos da realidade. O objetivo é de percorrer o diagnóstico de Giorgio Agamben para quem a soberania , antes de tudo, é uma questão da potencialidade de não ser. A sua aproximação da realidade se dá pela fórmula preferiria não, na qual ele vislumbra uma possibilidade de destruição da relação entre querer e poder, entre poder constituinte e poder constituído. E tal destruição, de fato, é essencial para este autor porque o seu conceito de soberania considera uma categoria jurídica não só esvaziada de representação, mas, sobretudo, originária de uma catástrofe biopolítica sem precedentes. O caminho escolhido por Agamben para essa conclusão é o de uma ontologia paradigmática, ou seja, eixos de entendimento para os fenômenos que destituíram o caráter político do ordenamento jurídico. Os paradigmas da nuda vita e do estado de exceção, principalmente, são elementos estruturais da soberania cuja função é, enfim, o de manter a vida excepcionada do direito. O nó estabelecido pela soberania desata-se por uma nova forma-de-vida, o que significa uma absoluta profanação de uma potência da vida sobre a qual nem a soberania, nem o direito podem ter mais controle. |
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Perspectivas da soberania em Giorgio AgambenGiorgio Agamben. Soberania. Potencialidade. Vida nua. Estado de exceção.O artigo se propõe à compreensão de um conceito de soberania esvaziado em razão da fragilidade das soluções teóricas quando aplicadas aos aspectos da realidade. O objetivo é de percorrer o diagnóstico de Giorgio Agamben para quem a soberania , antes de tudo, é uma questão da potencialidade de não ser. A sua aproximação da realidade se dá pela fórmula preferiria não, na qual ele vislumbra uma possibilidade de destruição da relação entre querer e poder, entre poder constituinte e poder constituído. E tal destruição, de fato, é essencial para este autor porque o seu conceito de soberania considera uma categoria jurídica não só esvaziada de representação, mas, sobretudo, originária de uma catástrofe biopolítica sem precedentes. O caminho escolhido por Agamben para essa conclusão é o de uma ontologia paradigmática, ou seja, eixos de entendimento para os fenômenos que destituíram o caráter político do ordenamento jurídico. Os paradigmas da nuda vita e do estado de exceção, principalmente, são elementos estruturais da soberania cuja função é, enfim, o de manter a vida excepcionada do direito. O nó estabelecido pela soberania desata-se por uma nova forma-de-vida, o que significa uma absoluta profanação de uma potência da vida sobre a qual nem a soberania, nem o direito podem ter mais controle.Universidade do Contestado (UnC)2016-09-14info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionArtigo avaliado pelos Paresapplication/pdfhttps://www.periodicos.unc.br/index.php/prof/article/view/116810.24302/prof.v3i1.1168Profanações; v. 3 n. 1 (2016); 109-1322358-612510.24302/prof.v3i1reponame:Profanaçõesinstname:Universidade do Contestado (UNC)instacron:UNCporhttps://www.periodicos.unc.br/index.php/prof/article/view/1168/660D'Urso, Flaviainfo:eu-repo/semantics/openAccess2016-09-14T16:17:43Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/1168Revistahttp://www.periodicos.unc.br/index.php/prof/PRIhttp://www.periodicos.unc.br/index.php/prof/oai||sandro@unc.br2358-61252358-6125opendoar:2016-09-14T16:17:43Profanações - Universidade do Contestado (UNC)false |
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