A Teoria do Estado de Exceção em Giorgio Agamben e a exceção brasileira

Bibliographic Details
Main Author: Silva, Ricardo Pereira da
Publication Date: 2016
Format: Article
Language: por
Source: Profanações
Download full: https://www.periodicos.unc.br/index.php/prof/article/view/1195
Summary: O presente artigo tem como escopo definir a teoria do estado de exceção, conforme a formulação de Giorgio Agamben. Um dos objetivos é identificar a exceção como legatária da Primeira e Segunda Grandes Guerras Mundiais. Assim como descrever sua origem histórica que remonta à tradição democrática-revolucionária, que instituiu o estado de sítio em 1791 através da Assembléia Constituinte francesa. Além disso pretendemos analisar como a exceção se estabelece a partir da suspensão do próprio ordenamento jurídico, isto é, a suspensão das leis é um efeito do próprio direito e, que por sua vez, cria uma zona de indeterminação, um topos de indecidibilidade. Além disso, o artigo pretende problematizar o estado de exceção e políticas de direito à memória das vítimas da exceção brasileira, da ditadura civil e militar (1964 - 1985). O objetivo é escrutinar o topos indecidível, existente mesmo depois da "redemocratização", visto que o processo que culminou na Constituição de 1988, alcunhada de cidadã, foi costurada pelos militares e, portanto, comporta uma série de dispositivos de exceção, como a militarização da segurança pública (artigo 144) e da legalização de um defenestramento de governo pelas Forças Armadas, conforme artigo 142. Por topos indecidível, entendo que se trata, conforme definição de Agamben, de uma zona de indeterminação gerada pela exceção que não se classifica nem como de fato, nem como de direito.
id UNC-0_7ef60d76cd3769fabc81e10b2bb9b9b1
oai_identifier_str oai:ojs.pkp.sfu.ca:article/1195
network_acronym_str UNC-0
network_name_str Profanações
repository_id_str
spelling A Teoria do Estado de Exceção em Giorgio Agamben e a exceção brasileiraGiorgio Agamben. Estado de Exceção. Topos de indecidibilidade. Exceção brasileira.O presente artigo tem como escopo definir a teoria do estado de exceção, conforme a formulação de Giorgio Agamben. Um dos objetivos é identificar a exceção como legatária da Primeira e Segunda Grandes Guerras Mundiais. Assim como descrever sua origem histórica que remonta à tradição democrática-revolucionária, que instituiu o estado de sítio em 1791 através da Assembléia Constituinte francesa. Além disso pretendemos analisar como a exceção se estabelece a partir da suspensão do próprio ordenamento jurídico, isto é, a suspensão das leis é um efeito do próprio direito e, que por sua vez, cria uma zona de indeterminação, um topos de indecidibilidade. Além disso, o artigo pretende problematizar o estado de exceção e políticas de direito à memória das vítimas da exceção brasileira, da ditadura civil e militar (1964 - 1985). O objetivo é escrutinar o topos indecidível, existente mesmo depois da "redemocratização", visto que o processo que culminou na Constituição de 1988, alcunhada de cidadã, foi costurada pelos militares e, portanto, comporta uma série de dispositivos de exceção, como a militarização da segurança pública (artigo 144) e da legalização de um defenestramento de governo pelas Forças Armadas, conforme artigo 142. Por topos indecidível, entendo que se trata, conforme definição de Agamben, de uma zona de indeterminação gerada pela exceção que não se classifica nem como de fato, nem como de direito.Universidade do Contestado (UnC)2016-09-14info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionArtigo avaliado pelos Paresapplication/pdfhttps://www.periodicos.unc.br/index.php/prof/article/view/119510.24302/prof.v3i1.1195Profanações; v. 3 n. 1 (2016); 161-1772358-612510.24302/prof.v3i1reponame:Profanaçõesinstname:Universidade do Contestado (UNC)instacron:UNCporhttps://www.periodicos.unc.br/index.php/prof/article/view/1195/662Silva, Ricardo Pereira dainfo:eu-repo/semantics/openAccess2016-09-14T16:17:43Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/1195Revistahttp://www.periodicos.unc.br/index.php/prof/PRIhttp://www.periodicos.unc.br/index.php/prof/oai||sandro@unc.br2358-61252358-6125opendoar:2016-09-14T16:17:43Profanações - Universidade do Contestado (UNC)false
dc.title.none.fl_str_mv A Teoria do Estado de Exceção em Giorgio Agamben e a exceção brasileira
title A Teoria do Estado de Exceção em Giorgio Agamben e a exceção brasileira
spellingShingle A Teoria do Estado de Exceção em Giorgio Agamben e a exceção brasileira
Silva, Ricardo Pereira da
Giorgio Agamben. Estado de Exceção. Topos de indecidibilidade. Exceção brasileira.
title_short A Teoria do Estado de Exceção em Giorgio Agamben e a exceção brasileira
title_full A Teoria do Estado de Exceção em Giorgio Agamben e a exceção brasileira
title_fullStr A Teoria do Estado de Exceção em Giorgio Agamben e a exceção brasileira
title_full_unstemmed A Teoria do Estado de Exceção em Giorgio Agamben e a exceção brasileira
title_sort A Teoria do Estado de Exceção em Giorgio Agamben e a exceção brasileira
author Silva, Ricardo Pereira da
author_facet Silva, Ricardo Pereira da
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Silva, Ricardo Pereira da
dc.subject.por.fl_str_mv Giorgio Agamben. Estado de Exceção. Topos de indecidibilidade. Exceção brasileira.
topic Giorgio Agamben. Estado de Exceção. Topos de indecidibilidade. Exceção brasileira.
description O presente artigo tem como escopo definir a teoria do estado de exceção, conforme a formulação de Giorgio Agamben. Um dos objetivos é identificar a exceção como legatária da Primeira e Segunda Grandes Guerras Mundiais. Assim como descrever sua origem histórica que remonta à tradição democrática-revolucionária, que instituiu o estado de sítio em 1791 através da Assembléia Constituinte francesa. Além disso pretendemos analisar como a exceção se estabelece a partir da suspensão do próprio ordenamento jurídico, isto é, a suspensão das leis é um efeito do próprio direito e, que por sua vez, cria uma zona de indeterminação, um topos de indecidibilidade. Além disso, o artigo pretende problematizar o estado de exceção e políticas de direito à memória das vítimas da exceção brasileira, da ditadura civil e militar (1964 - 1985). O objetivo é escrutinar o topos indecidível, existente mesmo depois da "redemocratização", visto que o processo que culminou na Constituição de 1988, alcunhada de cidadã, foi costurada pelos militares e, portanto, comporta uma série de dispositivos de exceção, como a militarização da segurança pública (artigo 144) e da legalização de um defenestramento de governo pelas Forças Armadas, conforme artigo 142. Por topos indecidível, entendo que se trata, conforme definição de Agamben, de uma zona de indeterminação gerada pela exceção que não se classifica nem como de fato, nem como de direito.
publishDate 2016
dc.date.none.fl_str_mv 2016-09-14
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
Artigo avaliado pelos Pares
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.periodicos.unc.br/index.php/prof/article/view/1195
10.24302/prof.v3i1.1195
url https://www.periodicos.unc.br/index.php/prof/article/view/1195
identifier_str_mv 10.24302/prof.v3i1.1195
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://www.periodicos.unc.br/index.php/prof/article/view/1195/662
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade do Contestado (UnC)
publisher.none.fl_str_mv Universidade do Contestado (UnC)
dc.source.none.fl_str_mv Profanações; v. 3 n. 1 (2016); 161-177
2358-6125
10.24302/prof.v3i1
reponame:Profanações
instname:Universidade do Contestado (UNC)
instacron:UNC
instname_str Universidade do Contestado (UNC)
instacron_str UNC
institution UNC
reponame_str Profanações
collection Profanações
repository.name.fl_str_mv Profanações - Universidade do Contestado (UNC)
repository.mail.fl_str_mv ||sandro@unc.br
_version_ 1831465370982023169