EXÉRESE PARCIAL DO TÚBER COXAL EM BOVINO - RELATO DE CASO

Bibliographic Details
Main Author: O.C., SILVA
Publication Date: 2008
Other Authors: C.O., GUIMARAES, K.M., BERNARDES, G.I.F., ESTEVES, I.L., RIOS, C.M.M., COELHO, M.I., MOURA
Format: Article
Language: por
Source: Revista Veterinária Notícias (Online)
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Summary: Bovinos mestiços de aptidão leiteira, geralmente possuem características anatômicas, que torna vulnerável o túber coxal a traumatismos, podendo ocorrer, em casos extremos, fraturas de variadas proporções. Foi atendido no Hospital Escola de Veterinária da Universidade Federal de Goiás um animal da espécie bovina com idade de 16 meses, mestiça (Zebu X Europeu), com aproximadamente 180 kg de peso corporal, com histórico de queda brusca em curral cimentado. Ao exame clínico observou-se escore de condição corporal baixo, claudicação de grau um no membro pélvico esquerdo, acentuado aumento de volume local, presença de fistula, hipersensibilidade ilíaca e hipotrofia dos músculos da região glútea correspondente. Suspeitou-se de fratura do túber coxal, optando-se pela realização de intervenção cirúrgica para exérese parcial da extremidade óssea lesada. Procedeu-se tranqüilização com cloridrato de xilazina 2% na dose de 0,1mg/kg de peso corporal, com o animal contido em decúbito lateral direito. Realizou-se tricotomia ampla e antissepsia com polivinilpirrolidona-iodo (PVP-I). Em seguida, promoveu- se anestesia loco-regional infiltrativa com cloridrato de lidocaína 2% na dose total de 720mg/ kg em 36mL de volume do produto. Para se obter acesso cirúrgico ao túber coxal fez-se incisão elíptica na pele e no tecido subcutâneo sobre a região lesada, seccionando em suas extremidades, os músculos glúteo médio e tensor da fáscia lata. Após divulsão dos tecidos moles observou-se fratura do túber coxal e realizou-se secção transversal e remoção de 3cm de fragmento ósseo, empregando serra de Charrier. Os músculos foram reaproximados com suturas em padrão "Xâ€?, utilizando fio categute nº 2 e aproximação de pele com fio de náilon 0,50 em padrão simples separado. Em virtude da localização da ferida cirúrgica, houve forte tensão sobre os pontos, e como conseqüência obteve- se cicatrização por segunda intensão. Procedeuse no pós-operatório, limpeza diária da ferida cirúrgica com extrato líquido de barbatimão (Stryphnodendron adstrigens Mart.), administração intramuscular de diclofenaco de sódio na dose de 1 mg/kg, durante três dias e antibioticoterapia com oxitetraciclina LA, 20 mg/kg de 48 em 48 horas, perfazendo 4 aplicações. Após 90 dias, o animal mostrou-se totalmente recuperado sem apresentar claudicação do membro pélvico acometido. Dentro das condições em que foi realizado o procedimento cirúrgico e diante dos resultados obtidos, pode-se concluir a eficácia do tratamento empregado.
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