Avaliação de células progenitoras endoteliais em pacientes com esclerose sistêmica
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Publication Date: | 2013 |
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Source: | Repositório Institucional da UNIFESP |
Download full: | https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=94873 http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/48241 |
Summary: | Microangiopatia progressiva e disfunção endotelial são identificadas nas fases iniciais da Esclerose sistêmica (ES). As células progenitoras endoteliais (EPCs) provenientes da medula óssea contribuem para a neovascularização em situações como hipóxia tecidual. Existe ainda grande heterogeneidade em relação a metodologia empregada e quantificação das EPCs na ES. Objetivos: Avaliação dos níveis de EPCs e seus subtipos por citometria de fluxo e cultura em pacientes com ES em comparação a controles. Adicionalmente foi realizada avaliação dos níveis de fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) em sangue periférico de pacientes com ES em comparação a controles. Métodos: Foram selecionadas 41 pacientes do sexo feminino com diagnóstico de ES segundo os critérios classificatórios do ACR de 1980 ou com ES precoce (critérios de LeRoy e Medsger de 2001), e 44 controles pareadas para sexo e idade. Foi realizada quantificação dos níveis de EPCs em sangue periférico por citometria de fluxo e cultura celular com contagem do número de unidades formadoras de colônias (UFC). Os níveis plasmáticos de VEGF foram mensurados por ELISA. Resultados: Foram incluídas 30 pacientes com ES segundo os critérios do ACR e 11 com ES precoce, com idade média semelhante a do grupo controle (grupo ES 44,5±12,3 vs controle 44,4±11,9 p=0,962). O tempo de doença no grupo ES foi de 3,2±2,2 anos em média. Os níveis de EPCs e a contagem de UFC foram significantemente menores nos pacientes com ES em relação ao grupo controle (153,0±94,4 vs 241,3±184,2 EPCs/106 linfomononucleares, p=0,009; 15,1±8,5 vs 23,5±11,0 UFC, p<0,001; respectivamente). Houve correlação positiva significativa entre os níveis de EPCs analisados por citometria de fluxo e o número de UFC (p=0,021; R=0,283). Observou-se número de UFC significantemente maior em pacientes com úlceras digitais em comparação àqueles sem úlceras (19,6±10,2 vs 12,1±5,2 UFC, p=0,023). Não houve diferença nos níveis de VEGF entre pacientes com ES e o grupo controle (p=0,267). Houve correlação positiva entre o número médio de crises de fenômeno de Raynaud (FRy) por dia e os níveis de EPCs (p=0,006/R=0,488). Os níveis de VEGF apresentaram correlação positiva com a avaliação do FRy por meio de escala visual analógica (p=0,029/R=0,360). Conclusões: No presente estudo pacientes com ES apresentaram níveis menores de EPCs tanto por avaliação por citometria de fluxo quanto por cultura celular em relação a controles, independentemente do subtipo de doença e tempo de evolução. Pacientes com úlceras digitais apresentaram maior número de UFC em comparação aqueles sem úlceras. Sugere-se assim que as EPCs possam participar das alterações vasculares presentes na ES desde fases iniciais da doença. |
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Avaliação de células progenitoras endoteliais em pacientes com esclerose sistêmicaEndothelial progenitor cells in patients with systemic sclerosisEndothelial progenitor cells in patients with systemic sclerosiscélulas progenitoras endoteliaisesclerose sistêmicafenômeno de raynaudfator de crescimento endMicroangiopatia progressiva e disfunção endotelial são identificadas nas fases iniciais da Esclerose sistêmica (ES). As células progenitoras endoteliais (EPCs) provenientes da medula óssea contribuem para a neovascularização em situações como hipóxia tecidual. Existe ainda grande heterogeneidade em relação a metodologia empregada e quantificação das EPCs na ES. Objetivos: Avaliação dos níveis de EPCs e seus subtipos por citometria de fluxo e cultura em pacientes com ES em comparação a controles. Adicionalmente foi realizada avaliação dos níveis de fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) em sangue periférico de pacientes com ES em comparação a controles. Métodos: Foram selecionadas 41 pacientes do sexo feminino com diagnóstico de ES segundo os critérios classificatórios do ACR de 1980 ou com ES precoce (critérios de LeRoy e Medsger de 2001), e 44 controles pareadas para sexo e idade. Foi realizada quantificação dos níveis de EPCs em sangue periférico por citometria de fluxo e cultura celular com contagem do número de unidades formadoras de colônias (UFC). Os níveis plasmáticos de VEGF foram mensurados por ELISA. Resultados: Foram incluídas 30 pacientes com ES segundo os critérios do ACR e 11 com ES precoce, com idade média semelhante a do grupo controle (grupo ES 44,5±12,3 vs controle 44,4±11,9 p=0,962). O tempo de doença no grupo ES foi de 3,2±2,2 anos em média. Os níveis de EPCs e a contagem de UFC foram significantemente menores nos pacientes com ES em relação ao grupo controle (153,0±94,4 vs 241,3±184,2 EPCs/106 linfomononucleares, p=0,009; 15,1±8,5 vs 23,5±11,0 UFC, p<0,001; respectivamente). Houve correlação positiva significativa entre os níveis de EPCs analisados por citometria de fluxo e o número de UFC (p=0,021; R=0,283). Observou-se número de UFC significantemente maior em pacientes com úlceras digitais em comparação àqueles sem úlceras (19,6±10,2 vs 12,1±5,2 UFC, p=0,023). Não houve diferença nos níveis de VEGF entre pacientes com ES e o grupo controle (p=0,267). Houve correlação positiva entre o número médio de crises de fenômeno de Raynaud (FRy) por dia e os níveis de EPCs (p=0,006/R=0,488). Os níveis de VEGF apresentaram correlação positiva com a avaliação do FRy por meio de escala visual analógica (p=0,029/R=0,360). Conclusões: No presente estudo pacientes com ES apresentaram níveis menores de EPCs tanto por avaliação por citometria de fluxo quanto por cultura celular em relação a controles, independentemente do subtipo de doença e tempo de evolução. Pacientes com úlceras digitais apresentaram maior número de UFC em comparação aqueles sem úlceras. Sugere-se assim que as EPCs possam participar das alterações vasculares presentes na ES desde fases iniciais da doença.Dados abertos - Sucupira - Teses e dissertações (2013 a 2016)Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Silva, Cristiane Kayser Veiga da Silva [UNIFESP]http://lattes.cnpq.br/7532183424281965http://lattes.cnpq.br/7835233428236523Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Andrigueti, Fernando Villela [UNIFESP]2018-07-30T11:52:30Z2018-07-30T11:52:30Z2013-12-11info:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion66 f.application/pdfhttps://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=94873ANDRIGUETI, Fernando Villela. Avaliação de células progenitoras endoteliais em pacientes com esclerose sistêmica. 2013. 66 f. Dissertação (Mestrado em Reumatologia) - Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, 2013.Fernando Villela Andrigueti - PDF A.pdfhttp://repositorio.unifesp.br/handle/11600/48241porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESP2025-03-06T13:06:43Zoai:repositorio.unifesp.br/:11600/48241Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestbiblioteca.csp@unifesp.bropendoar:34652025-03-06T13:06:43Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false |
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