Vivendo e convivendo com o sofrimento: a experiência de realizar a punção venosa e/ou arterial para a equipe de enfermagem da UTI Pediátrica

• Main Author: Correia, Herondina Analia de Oliveira [UNIFESP]
• Publication Date: 2010
• Format: Master thesis
• Language: por
• Source: Repositório Institucional da UNIFESP
• Download full: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/21833
• topic: Criança; Cateterismo periférico; Unidades de terapia intensiva pediátrica; Criança hospitalizada; Enfermagem pediátrica; Equipe de enfermagem; Criança

A punção venosa e/ou arterial é um dos procedimentos mais executados pela equipe de enfermagem. Existem poucos estudos referentes ao significado dessa vivência para o profissional que a realiza. O objetivo deste estudo foi compreender o significado que tem, para a equipe de enfermagem, realizar a punção venosa e/ou arterial em crianças internadas em Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica - UTIP. Para conduzi-la, o Interacionismo Simbólico foi adotado como referencial teórico e o metodológico, a Teoria Fundamentada nos Dados - Grounded Theory. Os dados foram coletados por entrevista e observação participante com 12 profissionais da equipe de enfermagem: quatro enfermeiras, uma técnica e sete auxiliares de duas UTIPs da cidade de São Paulo. A análise comparativa dos dados revelou a categoria conceitual VIVENDO E CONVIVENDO COM O SOFRIMENTO e permitiu compreender que a punção venosa e/ou arterial é considerada pela equipe de enfermagem, como uma experiência de sofrimento, tensão, dor e geradora de estresse a todos os envolvidos, a criança, a família e os profissionais, embora seja reconhecida, como importante e imprescindível à terapêutica, recuperação e sobrevida da criança. Desvelou que frente a essa situação a equipe desenvolve estratégias de ação e interação para minimizar o estresse, reduzir o sofrimento e garantir que o procedimento ocorra com segurança. E que os profissionais sentem-se gratificados quando conseguem puncionar um acesso difícil, o que faz bem a seu ego pessoal e profissional. Espera-se que a experiência revelada auxilie na construção de protocolos de intervenção relacionados à punção venosa e/ou arterial na criança da UTIP