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O uso de praias arenosas e áreas de mangue por peixes jovens em duas baías do Sudeste do Rio de Janeiro

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Main Author: Costa, Marcus Rodrigues da
Publication Date: 2006
Format: Doctoral thesis
Language: por
Source: Repositório Institucional da UFRRJ
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Summary: Áreas de mangues e baías são ecossistemas que apresentam um importante papel ecológico, por fornecer vias para importação e exportação de energia (migrações, predação, pesca, etc). O presente trabalho teve como objetivo identificar variações nas assembléias de peixes jovens em sistemas de praias e de mangue, visando testar hipótese de que as diferenças estruturais que caracterizam os dois ambientes ocasionam diferenças nas assembléias de peixes. Amostragens de peixes em praias arenosas de duas baías e em uma área de mangue no sudoeste do estado do Rio de Janeiro foram realizadas através de coletas bimestrais diurnas nas baías, e mensais diurnas e noturnas no manguezal, durante o período de agosto de 2002 a julho de 2003. Os arrastos de praia foram padronizados, sendo realizados perpendicular à linha de costa, a uma profundidade inferior a 1,5 metros, com extensão de aproximadamente 30 metros. As coletas foram realizadas com auxílio de uma rede do tipo picaré (10 m x 2,5 m, malha de 7 mm). Em cada amostragem, foram feitos medições da profundidade, transparência (exceto no período noturno), temperatura, salinidade, oxigênio dissolvido e condutividade, além da coleta de sedimento em cada ponto amostral. A maioria dos indivíduos capturados foram juvenis do ano e jovens imaturos. Noventa e oito espécies de peixes foram capturadas ao longo de todo programa amostral, incluindo os cinco locais de coleta do manguezal de Guaratiba e as 14 praias arenosas, sendo 7 da baía de Sepetiba e e 7 da baía de Ilha Grande. Ao todo, foram capturados 46.444 indivíduos, pesando 66.206,76 gramas, e compreendendo 38 famílias e 13 ordens. As famílias Carangidae, Engraulidae, Gobiidae, Gerreidae, Sciaenidae, Mugilidae, Paralichthyidae e Tetraodontidae apresentaram, nesta ordem, as maiores riquezas na baía de Sepetiba, enquanto que na baía da Ilha Grande foram Carangidae, Engraulidae, Gerreidae, Haemulidae e Sciaenidae. No manguezal de Guaratiba as famílias com maior riqueza foram Carangidade, Serranidae, Gobiidae, Sciaenidae, Tetraodontidae, Engraulidae, Gerreidae, Mugilidae e Paralichthyidae. Onze espécies apresentaram freqüência de ocorrência superior a 10 % nas duas baías: Atherinella brasiliensis, Oligoplites saurus, Eucinostomus argenteus, Trachinotus carolinus, Strongylura timucu, Anchoa tricolor, Trachinotus falcatus, Mugil liza, Hyporhamphus unifasciatus, Anchoa januaria e Diapterus rhombeus. No manguezal de Guaratiba 14 espécies apresentaram freqüência de ocorrência superior a 10%: Atherinella brasiliensis, Eucinostomus argenteus, Gobionellus boleosoma, Eucinostomus melanopterus, Mugil liza, Sphoeroides testudineus, Diapterus rhombeus, Harengula clupeola, Anchoa januaria, Mugil curema, Synodus foetens, Citharichthys arenaceus e C. spilopterus. Das 98 espécies registradas, 87 (360 amostas) foram do Mangue e 72 (252 amostras) das duas baías, sendo 62 (126 amostras) na Baía de Sepetiba e 42 (126 amostras) da baía da Ilha Grande, com 27 espécies ocorrendo em ambos os ambientes (Mangue e baías) e 31 foram comuns às duas baías. A maior riqueza especifica no manguezal corrobora a expectativa da influência da maior estruturação deste ambiente em relação às praias arenosas. As maiores riquezas da baía de Sepetiba, comparada com a baía da Ilha Grande, que apresentaram as mesmas espécies mais numerosas, coincidiram com diferenças nas variáveis hidrográficas (maiores temperatura, condutividade, oxigênio dissolvido e transparência na baía da Ilha Grande) e em nutriente do sedimento (maiores % de matéria orgânica, Carbono, Nitrogênio e Potássio na baía de Sepetiba) com a textura do sedimento não diferindo entre as duas baías. Em geral as assembléias não diferiram dentre os locais das baías, confirmando a hipótese de dependência da baía e a refutação da dependência do habitat, embora isto tenha sido somente parcialmente confirmado para a baía de Sepetiba. Esta mesma hipótese de dependência do sistema ao invés de dependência do habitat também foi confirmada para a área de mangue.
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O presente trabalho teve como objetivo identificar variações nas assembléias de peixes jovens em sistemas de praias e de mangue, visando testar hipótese de que as diferenças estruturais que caracterizam os dois ambientes ocasionam diferenças nas assembléias de peixes. Amostragens de peixes em praias arenosas de duas baías e em uma área de mangue no sudoeste do estado do Rio de Janeiro foram realizadas através de coletas bimestrais diurnas nas baías, e mensais diurnas e noturnas no manguezal, durante o período de agosto de 2002 a julho de 2003. Os arrastos de praia foram padronizados, sendo realizados perpendicular à linha de costa, a uma profundidade inferior a 1,5 metros, com extensão de aproximadamente 30 metros. As coletas foram realizadas com auxílio de uma rede do tipo picaré (10 m x 2,5 m, malha de 7 mm). Em cada amostragem, foram feitos medições da profundidade, transparência (exceto no período noturno), temperatura, salinidade, oxigênio dissolvido e condutividade, além da coleta de sedimento em cada ponto amostral. A maioria dos indivíduos capturados foram juvenis do ano e jovens imaturos. Noventa e oito espécies de peixes foram capturadas ao longo de todo programa amostral, incluindo os cinco locais de coleta do manguezal de Guaratiba e as 14 praias arenosas, sendo 7 da baía de Sepetiba e e 7 da baía de Ilha Grande. Ao todo, foram capturados 46.444 indivíduos, pesando 66.206,76 gramas, e compreendendo 38 famílias e 13 ordens. As famílias Carangidae, Engraulidae, Gobiidae, Gerreidae, Sciaenidae, Mugilidae, Paralichthyidae e Tetraodontidae apresentaram, nesta ordem, as maiores riquezas na baía de Sepetiba, enquanto que na baía da Ilha Grande foram Carangidae, Engraulidae, Gerreidae, Haemulidae e Sciaenidae. No manguezal de Guaratiba as famílias com maior riqueza foram Carangidade, Serranidae, Gobiidae, Sciaenidae, Tetraodontidae, Engraulidae, Gerreidae, Mugilidae e Paralichthyidae. Onze espécies apresentaram freqüência de ocorrência superior a 10 % nas duas baías: Atherinella brasiliensis, Oligoplites saurus, Eucinostomus argenteus, Trachinotus carolinus, Strongylura timucu, Anchoa tricolor, Trachinotus falcatus, Mugil liza, Hyporhamphus unifasciatus, Anchoa januaria e Diapterus rhombeus. No manguezal de Guaratiba 14 espécies apresentaram freqüência de ocorrência superior a 10%: Atherinella brasiliensis, Eucinostomus argenteus, Gobionellus boleosoma, Eucinostomus melanopterus, Mugil liza, Sphoeroides testudineus, Diapterus rhombeus, Harengula clupeola, Anchoa januaria, Mugil curema, Synodus foetens, Citharichthys arenaceus e C. spilopterus. Das 98 espécies registradas, 87 (360 amostas) foram do Mangue e 72 (252 amostras) das duas baías, sendo 62 (126 amostras) na Baía de Sepetiba e 42 (126 amostras) da baía da Ilha Grande, com 27 espécies ocorrendo em ambos os ambientes (Mangue e baías) e 31 foram comuns às duas baías. A maior riqueza especifica no manguezal corrobora a expectativa da influência da maior estruturação deste ambiente em relação às praias arenosas. As maiores riquezas da baía de Sepetiba, comparada com a baía da Ilha Grande, que apresentaram as mesmas espécies mais numerosas, coincidiram com diferenças nas variáveis hidrográficas (maiores temperatura, condutividade, oxigênio dissolvido e transparência na baía da Ilha Grande) e em nutriente do sedimento (maiores % de matéria orgânica, Carbono, Nitrogênio e Potássio na baía de Sepetiba) com a textura do sedimento não diferindo entre as duas baías. Em geral as assembléias não diferiram dentre os locais das baías, confirmando a hipótese de dependência da baía e a refutação da dependência do habitat, embora isto tenha sido somente parcialmente confirmado para a baía de Sepetiba. Esta mesma hipótese de dependência do sistema ao invés de dependência do habitat também foi confirmada para a área de mangue.CNPqMangrove areas and bays are ecosystems that play an important ecological role by suppling vias to energy importation and exportation (migrations, predation, fisheries, etc.). The present work aims to identify variations in juveniles fish assemblages in beaches and mangrove areas to test the hypothesis that structural differences which characterize these two systems results in differences in fish assemblages. Fish samples in sandy beaches of two bays and a mangrove area in southwestern Rio de Janeiro State were taken by bi-montlhy sampling performed during the day in the bays and by monthly sampling during the day and the night in the mangrove, from August 2002 to July 2003. Standartized trawls were carried out perpendicular to the coastline at depth lower than 1.5 m, in an extension of approximately 30 meters. Sampling were performed by using a beach seine (10 m x 2,5 m, mesh 7 mm). Environmental variables of depth, transparency (except during the night), temperature, salinity, dissolved oxygen and conductivity, besides composed sediment samples were taken at each site. Sample unit were the total number of fishes caught by a trawl, with three replicates in each site. Most of fishes were young-of-the-year and immature juveniles. Ninety eight species were recorded by the pooled sampling programme, including 5 sites in the mangrove and 14 beaches in the bays, being 7 in the Sepetiba bay and 7 in Ilha Grande bay. A total of 46,444 individuals were caught, amounting to 66,206.76 grams, and comprising 38 families and 13 orders. The families Carangidae, Engraulidae, Gobiidae, Gerreidae, Sciaenidae, Mugilidae, Paralichthyidae and Tetraodontidae showed, in decreasing order, the most richeness in the Sepetiba bay, while the most diverse families in Ilha Grande Bay were Carangidae, Engraulidae, Gerreidae, Haemulidae and Sciaenidae. In the Guaratiba mangrove the most diverse families were Carangidade, Serranidae, Gobiidae, Sciaenidae, Tetraodontidae, Engraulidae, Gerreidae, Mugilidae and Paralichthyidae. Eleven species showed the frequency of occurrence higher than 10 % in the both bays: Atherinella brasiliensis, Oligoplites saurus, Eucinostomus argenteus, Trachinotus carolinus, Strongylura timucu, Anchoa tricolor, Trachinotus falcatus, Mugil liza, Hyporhamphus unifasciatus, Anchoa januaria and Diapterus rhombeus. In the Guaratiba mangrove 14 species showed frequency of occurrence higher than 10%: Atherinella brasiliensis, Eucinostomus argenteus, Gobionellus boleosoma, Eucinostomus melanopterus, Mugil liza, Sphoeroides testudineus, Diapterus rhombeus, Harengula clupeola, Anchoa januaria, Mugil curema, Synodus foetens, Citharichthys arenaceus and C. spilopterus. From a total of 98 recorded species, 87 (360 samples) were from the mangrove area and 72 (252 samples) from the two bays, being 62 (126 samples) from Sepetiba bay and 42 (126 samples) from Ilha Grande bay. 27 species occurred in both systems (mangrove and bays), and 31 were commom to the two bays. The highest specific richness in the mangrove corroborate the expectation that the most structured system influence in richness compared with the less structured sandy beaches.The higher richness in the Sepetiba bay, compared with Ilha Grande bay, which showed similar top abundant species, coincided with differences in hydrographic variables (higher temperature, condutivity, dissolved oxygen and transparency in Ilha Grande bay) and sediment nutrient (higher % of organic matter, Carbon, Nitrogen and Potassium In the Sepetiba bay) with the sediment texture not differing between the two bays. Overall, assemblages did no differ between sites in the bays, confirming the hypothesis of bay dependence and the refutation of habitat dependence, although it was only partially confirmed for the Sepetiba bay. This same hypothesis of system dependence instead the area dependence was confirmed for the mangrove.application/pdfporUniversidade Federal Rural do Rio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Biologia AnimalUFRRJBrasilInstituto de Ciências Biológicas e da Saúdeecologia de peixescomunidade, distribuiçãoFish ecologycommunitydistributionRecursos Pesqueiros e Engenharia de PescaO uso de praias arenosas e áreas de mangue por peixes jovens em duas baías do Sudeste do Rio de JaneiroUse of sand beaches and mangrove area for juveniles fishes in two bays of southeastern of Rio de Janeiroinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesishttps://tede.ufrrj.br/retrieve/3706/2006%20-%20Marcus%20Rodrigues%20da%20Costa.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/retrieve/17862/2006%20-%20Marcus%20Rodrigues%20da%20Costa.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/retrieve/24182/2006%20-%20Marcus%20Rodrigues%20da%20Costa.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/retrieve/30567/2006%20-%20Marcus%20Rodrigues%20da%20Costa.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/retrieve/36955/2006%20-%20Marcus%20Rodrigues%20da%20Costa.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/retrieve/43357/2006%20-%20Marcus%20Rodrigues%20da%20Costa.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/retrieve/49705/2006%20-%20Marcus%20Rodrigues%20da%20Costa.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/retrieve/56170/2006%20-%20Marcus%20Rodrigues%20da%20Costa.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/jspui/handle/tede/598Made available in DSpace on 2016-04-28T15:01:29Z (GMT). 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