Análise de miRNAs diferentemente expressos em macrófagos infectados com Cryptococcus neoformans
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Publication Date: | 2013 |
Format: | Bachelor thesis |
Language: | por |
Source: | Repositório Institucional da UFRGS |
Download full: | http://hdl.handle.net/10183/109724 |
Summary: | A levedura Cryptococcus neoformans é o principal agente etiológico da criptococose, acometendo principalmente pacientes que são submetidos à terapia imunossupressora devido a transplante de órgãos, quimioterapia ou doença autoimune e portadores da síndrome da imunodeficiência adquirida. Esta doençaé adquirida através da inalação de esporos ou leveduras dessecadas encontradas no ambiente, em árvores como eucaliptos, solo e excretas de pombos.O quadro clínico é caracterizado por uma infecção pulmonar primária, com a possibilidade de disseminação pelo organismo do hospedeiro, causando mais comumente meningoencefalite.A fagocitose exercida pelos macrófagos alveolares é a principal linha de defesa pulmonar do hospedeiro contra criptococose, sendo necessário que ocorra a reprogramação da expressão gênica nessas células para contenção da disseminação do patógeno. A resposta à infecção pode ser modulada por microRNAs como miR-146 e miR- 155, envolvidos na regulação da imunidade inata e de ação pró-inflamatória. Através de qRTPCR, observamos que em condições de infecção com Cryptococcus neoformans morto por calor, houve um aumento da expressão dos microRNAs, não observado com patógeno vivo, sugerindo uma modulação exercida pela levedura na reposta imune. Os níveis de expressão de miR-146a e miR-155 apresentaram diminuição ao longo do tempo, sugerindo uma resposta imediata de aumento da expressão que posteriormente é revertida. Análises de bioinformática sugerem uma forte modulação exercida por esses microRNAs na resposta imune, além de revelar genes alvo que sofrem corregulação por dois ou mais microRNAs do presente estudo. A predição de genes alvo para validação dos revelou que miR-146a e miR-155 relacionam-se a vários processos biológicos, regulando diversas vias de sinalização celulares e metabólicas. Sendo assim, observamos que tais microRNAs possuem amplo papel no funcionamento celular, mas estão intimamente ligados à resposta imune, sendo um possível alvo terapêutico para criptococose, a fim de impedir o estabelecimento da fase de infecção intracelular e proliferação da levedura. |
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