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A anistia entre a memória e o esquecimento

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rodeghero, Carla Simone
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/165047
Resumo: Este artigo discute as diferentes concepções de anistia que marcaram a atuação de militantes que empunhavam esta bandeira a partir de 1975. Na atuação de protagonistas como a advogada Th erezinha Zerbine, a escritora Mila Cauduro e o general Peri Bevilacqua, podem ser captadas representações que associavam a anistia à reconciliação nacional, à pacifi cação da família brasileira, e, ainda, ao ato generoso das autoridades. Essas representações conviveram e disputaram espaço, a partir de 1978, com aquelas construídas pelos Comitês Brasileiros de Anistia espalhados pelo país, que passaram a defender uma anistia ampla, geral e irrestrita, propondo o desmonte radical da Ditadura. A análise do livro Liberdade para os brasileiros, de Roberto Ribeiro Martins, aproxima-se dessa concepção. Na comparação entre essas diferentes formas de dar signifi cado à anistia, é possível perceber situações nas quais ela é associada ao esquecimento do passado; e outras, que tomam a luta pela anistia como oportunidade valiosa para trazer tal passado à tona. Nesse quadro, o artigo analisa a convivência e a disputa entre as concepções de anistia/esquecimento e as de anistia/memória. Mostra, também, como o caso da anistia se liga às polêmicas mais gerais – e ainda atuais – relacionadas ao modo como a sociedade brasileira lidou e lida com as marcas e as feridas deixadas pela Ditadura.
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