Manipulação do ambiente endócrino pré e pós-natal e distância anogenital em ratos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Kita, Diogo Henrique
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1884/41727
Resumo: Orientador : Prof. Dr. Anderson Joel Martino Andrade
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spelling Kita, Diogo HenriqueMorais, Rosana Nogueira de, 1964-Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em FisiologiaAndrade, Anderson Joel Martino2016-03-07T12:39:56Z2016-03-07T12:39:56Z2015http://hdl.handle.net/1884/41727Orientador : Prof. Dr. Anderson Joel Martino AndradeCo-orientadora : Profª. Drª. Rosana Nogueira de MoraisDissetação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Fisiologia. Defesa: Curitiba, 29/10/2015Inclui referências : f. 46-49Resumo: Diversas desordens reprodutivas masculinas estão ligadas à insuficiência andrógena no período pré-natal. A distância anogenital (AGD), definida como a distância entre o ânus e a genitália externa, tem sido utilizada como um marcador externo que pode indicar alterações no ambiente androgênico pré-natal em animais de laboratório e em humanos. Contudo, a utilização da AGD como marcador de longo prazo da ação androgênica in utero depende da plasticidade do períneo a estímulos hormonais pós-natais. Neste estudo foram utilizadas ferramentas farmacológicas para manipular o ambiente androgênico in utero e durante a puberdade, períodos críticos para o desenvolvimento do sistema reprodutivo masculino. Ratas Wistar prenhas foram tratadas durante a gestação (GD13 a 20) com óleo de canola (veículo), o antagonista de receptores andrógenos flutamida (20mg/kg/dia), o plastificante Di-(2-etilhexil) ftalato (DEHP, 750mg/kg/dia), e propionato de testosterona (TP, 1,0mg/kg/dia). Todas as substâncias foram administradas por via oral (gavage) com exceção da testosterona, a qual foi administrada por injeção subcutânea. Após o desmame, os descendentes machos de cada ninhada foram divididos randomicamente em quatro novos grupos pósnatais, os quais receberam os mesmos tratamentos do período pré-natal - veículo, flutamida, DEHP e testosterona. Deste modo, dezesseis grupos experimentais foram estabelecidos baseados na combinação das exposições pré- e pós-natais. O tratamento pós-natal foi conduzido durante o desenvolvimento púbere entre os dias 23 e 53 de vida. A AGD foi medida com o auxílio de um paquímetro digital nos dias pós-natais (PND) 4, 10, 23, 38, 53, 68 e 83 e corrigida pela raiz cúbica do peso corporal. No dia 88 os descendentes foram eutanasiados para coleta dos órgãos reprodutivos e determinação de espermátides resistentes à homogenização. A exposição a flutamida in utero reduziu significativamente a AGD dos descendentes machos (24-45%) e induziu uma ampla variedade de malformações, enquanto a exposição pré-natal ao DEHP produziu somente reduções discretas na AGD. A exposição pós-natal à flutamida, ao DEHP e à testosterona induziu sutis, porém significativas reduções na AGD dos descendentes. Estas mudanças foram particularmente consistentes no grupo tratado com testosterona pós-natal, o qual apresentou redução da AGD independentemente do tratamento pré-natal recebido. A exposição pré-natal a flutamida ou DEHP reduziu significativamente o peso de tecidos e órgãos sexuais acessórios andrógeno-dependentes, enquanto que o impacto do tratamento pós-natal foi mais evidente nos testículos, possivelmente como resultado da inibição do eixo hipotálamo-hipófise-gônadas. De modo geral, nosso estudo indica que a AGD masculina é um marcador anatômico estável que reflete a ação andrógena in utero, embora também possa ser sutilmente responsiva a mudanças no ambiente endócrino durante o desenvolvimento puberal.Abstract: Several male reproductive disorders are linked to androgen insufficiency in prenatal life. The anogenital distance (AGD), defined as the distance between the anus and the genitals, has been used as an external landmark that can retrospectively indicate changes in the prenatal androgen environment in laboratory animals and humans. The usefulness of AGD as a long-life marker of the androgen action in utero depends on the postnatal plasticity of the perineum to hormonal stimuli. In this study we used pharmacological tools to manipulate the androgen environment in utero and during puberty, critical periods for male reproductive development. Wistar rat dams were treated from gestation day 13 to 20 with canola oil (vehicle), the androgen receptor antagonist flutamide (20 mg/kg/day), the plasticizer di-(2-ethylhexyl) phthalate (DEHP, 750 mg/kg/day), or testosterone (TP, 1.0 mg/kg/day). All substances were given by oral route with exception of testosterone, which was administered by subcutaneous injections. After weaning, male pups within each litter were randomly assigned to one of four postnatal groups, which received the same treatments given prenatally - vehicle, flutamide, DEHP, or testosterone. Thus, sixteen treatment groups were established based on the combination of pre- and postnatal exposures. The postnatal treatments were conducted during pubertal development from postnatal days 23 to 53. AGD was measured with a digital caliper on postnatal days 4, 10, 23, 38, 53, 68, and 83 and corrected by the cubic root of body weight. On day 88 rats were euthanized for collection of reproductive organs and determination of homogenization resistant spermatids. In utero flutamide exposure significantly reduced male AGD (24-45%) and induced a wide range of reproductive tract malformations, while prenatal DEHP produced only discrete reductions in AGD. Postnatal exposure to flutamide, DEHP, and testosterone induced slight but significant changes in male AGD. These changes were particularly consistent in the group treated postnatally with testosterone, which reduced AGD regardless of the prenatal treatment received. Prenatal exposure to flutamide or DEHP significantly reduced the weight of androgen-dependent sex-accessory organs and tissues, whereas the impact of postnatal treatments was more evident on the testis, possibly as a result of hypothalamic-pituitary-gonadal axis inhibition. Overall, our rat study indicates that male AGD is a stable anatomical landmark that reflects the androgen action in utero, although it can also be slightly responsive to changes in the androgen environment during the pubertal development.49 f. : il. algumas color.application/pdfDisponível em formato digitalFisiologiaReprodução humana - Aspectos endocrinosAparelho genital masculino - DoençasAndrogêniosManipulação do ambiente endócrino pré e pós-natal e distância anogenital em ratosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessTEXTR - D - DIOGO HENRIQUE KITA.pdf.txtExtracted Texttext/plain95378https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/41727/1/R%20-%20D%20-%20DIOGO%20HENRIQUE%20KITA.pdf.txtbfe2be8d7de8bc537f04640c8f2aa277MD51open accessORIGINALR - D - DIOGO HENRIQUE KITA.pdfapplication/pdf1111684https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/41727/2/R%20-%20D%20-%20DIOGO%20HENRIQUE%20KITA.pdfd1d504436ebd636523e459b91edee991MD52open accessTHUMBNAILR - D - DIOGO HENRIQUE KITA.pdf.jpgR - D - DIOGO HENRIQUE KITA.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1155https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/41727/3/R%20-%20D%20-%20DIOGO%20HENRIQUE%20KITA.pdf.jpg89dc545b03f232b2a5743248f8ef1161MD53open access1884/417272016-04-08 04:31:57.576open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/41727Repositório InstitucionalPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestinformacaodigital@ufpr.bropendoar:3082016-04-08T07:31:57Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false
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