Efeito gastroprotetor e imunomodulador de Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir (Fabaceae)

Bibliographic Details
Main Author: RODRIGUES, Maria de Fátima
Publication Date: 2017
Format: Master thesis
Language: por
Source: Repositório Institucional da UFPE
Download full: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29921
Summary: Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir (Fabaceae) é uma planta nativa do Nordeste brasileiro, conhecida popularmente como Jurema Preta. Ela é amplamente utilizada na medicina popular no tratamento de queimaduras, gastrite, úlceras da pele e inflamações. O objetivo desse estudo foi avaliar a atividade antioxidante, antimicrobiana, gastroprotetora e imunomodulatória do extrato aquoso de M. tenuiflora como indicativo da possível atividade gastroprotetora e cicatrizante da planta. A avaliação fitoquímica foi realizada por cromatografia em camada delgada (CCD) utilizando sistemas e reveladores específicos e através da dosagem de compostos fenólicos e flavonoides. O potencial antioxidante in vitro do extrato foi analisado por redução de íons metálicos, no caso, a atividade antioxidante total (ATT), redução do íon férrico (FRAP), sequestro dos radicais DPPH (2,2-difenil-1-picril-hidrazila) e ABTS (2,2-azino-bis-(3-etilbenzotiazolina) -6-sulfonato). A atividade gastroprotetora foi analisada em modelos ulcerogênicos induzidos por etanol, etanol/HCL, anti-inflamatórios não esteoroidais e ácido acético. As respostas imunomodulatórias foram analisadas pelo ensaio de citotoxidade, proliferação celular e dosagens de citocinas. A prospecção fitoquímica revelou a presença de flavonoides, taninos hidrolisáveis, proantocianidinas e leucoantocianidinas. O extrato apresentou atividade antioxidante e antimicrobiana, bem como atividade gastroprotetora nos modelos estudados. No modelo agudo de etanol, os resultados expressos em índices de lesões ulceradas nas doses testadas correspondeu a: EAMt 50 mg/kg, 63%; EAMt 100 mg/kg, 61% e EAMt 200 mg/kg, 27%. A dose de 200 mg/kg foi escolhida para seguir a avaliação da atividade gastroprotetora. No modelo agudo de Etanol/HCL, o índice de lesão ulcerada foi 51%. O EAMt também exibiu atividade cicatrizante no modelo ulcerogênico crônico, apresentando índice de lesão ulcerada de 10%. Nos ensaios imunológicos, os resultados mostraram que M. tenuiflora não induziu apoptose ou necrose celular e o EAMt foi capaz de estimular a resposta celular in vitro e in vivo, produzindo citocinas como IL-10, IL-6, INF-γ e TNF-α, caracterizando um perfil anti-inflamatório com caráter de resolução pró-cicatrizante. Em conclusão, o extrato aquoso das entrecascas de M. tenuiflora apresentou atividade antioxidante, antimicrobiana, gastroprotetora e cicatrizante, resultados que indicam a possível eficácia do uso popular desta espécie como gastroprotetor e cicatrizante.
id UFPE_dd256e1f81f563b666627fb0e48c40fa
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpe.br:123456789/29921
network_acronym_str UFPE
network_name_str Repositório Institucional da UFPE
repository_id_str 2221
spelling Efeito gastroprotetor e imunomodulador de Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir (Fabaceae)Úlcera pépticaPlantas medicinaisAntimicrobianosImunomodulaçãoMimosa tenuiflora (Willd.) Poir (Fabaceae) é uma planta nativa do Nordeste brasileiro, conhecida popularmente como Jurema Preta. Ela é amplamente utilizada na medicina popular no tratamento de queimaduras, gastrite, úlceras da pele e inflamações. O objetivo desse estudo foi avaliar a atividade antioxidante, antimicrobiana, gastroprotetora e imunomodulatória do extrato aquoso de M. tenuiflora como indicativo da possível atividade gastroprotetora e cicatrizante da planta. A avaliação fitoquímica foi realizada por cromatografia em camada delgada (CCD) utilizando sistemas e reveladores específicos e através da dosagem de compostos fenólicos e flavonoides. O potencial antioxidante in vitro do extrato foi analisado por redução de íons metálicos, no caso, a atividade antioxidante total (ATT), redução do íon férrico (FRAP), sequestro dos radicais DPPH (2,2-difenil-1-picril-hidrazila) e ABTS (2,2-azino-bis-(3-etilbenzotiazolina) -6-sulfonato). A atividade gastroprotetora foi analisada em modelos ulcerogênicos induzidos por etanol, etanol/HCL, anti-inflamatórios não esteoroidais e ácido acético. As respostas imunomodulatórias foram analisadas pelo ensaio de citotoxidade, proliferação celular e dosagens de citocinas. A prospecção fitoquímica revelou a presença de flavonoides, taninos hidrolisáveis, proantocianidinas e leucoantocianidinas. O extrato apresentou atividade antioxidante e antimicrobiana, bem como atividade gastroprotetora nos modelos estudados. No modelo agudo de etanol, os resultados expressos em índices de lesões ulceradas nas doses testadas correspondeu a: EAMt 50 mg/kg, 63%; EAMt 100 mg/kg, 61% e EAMt 200 mg/kg, 27%. A dose de 200 mg/kg foi escolhida para seguir a avaliação da atividade gastroprotetora. No modelo agudo de Etanol/HCL, o índice de lesão ulcerada foi 51%. O EAMt também exibiu atividade cicatrizante no modelo ulcerogênico crônico, apresentando índice de lesão ulcerada de 10%. Nos ensaios imunológicos, os resultados mostraram que M. tenuiflora não induziu apoptose ou necrose celular e o EAMt foi capaz de estimular a resposta celular in vitro e in vivo, produzindo citocinas como IL-10, IL-6, INF-γ e TNF-α, caracterizando um perfil anti-inflamatório com caráter de resolução pró-cicatrizante. Em conclusão, o extrato aquoso das entrecascas de M. tenuiflora apresentou atividade antioxidante, antimicrobiana, gastroprotetora e cicatrizante, resultados que indicam a possível eficácia do uso popular desta espécie como gastroprotetor e cicatrizante.CAPESMimosa tenuiflora (Willd.) Poir (Fabaceae) is a plant native to the Brazilian Northeast, popularly known as Jurema Preta. She is widely used in folk medicine in the treatment of burns, gastritis, skin ulcers, and inflammation. The aim of this study was to evaluate the antioxidant, antimicrobial, gastroprotective, and immunomodulatory activity of the aqueous extract of M. tenuiflora as an indicative of the possible gastroprotective and healing activity of the plant. Phytochemical evaluation was performed by thin-layer chromatography (TLC) using specific systems and developers, and by the dosage of phenolic compounds and flavonoids. The in vitro antioxidant potential of the extract was analyzed by reduction of metal ions, in this case, total antioxidant activity (ATT), ferric ion reduction (FRAP) radical scavenging of DPPH (2,2-diphenyl-1-picrilhydrazyl) and ABTS (2,2’-azino-bis-(3-ethylbenzothiazoline)-6-sulfonate). The gastroprotective activity was analyzed in ulcerogenic models induced by ethanol, ethanol/HCL, NSAID and acetic acid. Immunomodulatory responses were analyzed by cytotoxicity, cell proliferation, and cytokine measurement. Phytochemical screening revealed the presence of flavonoids, hydrolysable tannins, proanthocyanidins, and leucoanthocyanidins. The extract presented antioxidant and antimicrobial activities, as well as gastroprotective activity in the studied models. In the acute ethanol model, the results expressed as index of ulcer lesions at the doses tested corresponded to: EAMt 50 mg/kg, 63%; EAMt 100 mg/kg, 61 % and EAMt 200 mg/kg, 27%. The dose of 200 mg/kg was chosen to follow the gastroprotective models. In the acute Ethanol/HCL model, the index of ulcer lesions was 51%. EAMt also showed healing activity in the chronic ulcerogenic model, presenting an index of ulcer lesions of 10%. In immunological assays, the results showed that M. tenuiflora did not induce apoptosis or cell necrosis and EAMt was able to stimulate cellular response in vitro and in vivo, producing cytokines such as IL-10, IL-6, INF-γ and TNF-α, characterizing an anti-inflammatory profile with a pro-healing resolution character. In conclusion, the aqueous extracts of M. tenuiflora were characterized by antioxidant, antimicrobial, gastroprotective and healing activity, indicating the potential efficacy of the popular use of this species as a gastroprotector and wound healer.Universidade Federal de PernambucoUFPEBrasilPrograma de Pos Graduacao em Ciencias FarmaceuticasXIMENES, Rafael MatosFRAGA, Simone do Nascimentohttp://lattes.cnpq.br/6353898234483062http://lattes.cnpq.br/5362501916620143RODRIGUES, Maria de Fátima2019-03-29T21:32:02Z2019-03-29T21:32:02Z2017-07-27info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29921porAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPE2019-10-26T06:24:48Zoai:repositorio.ufpe.br:123456789/29921Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-26T06:24:48Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
dc.title.none.fl_str_mv Efeito gastroprotetor e imunomodulador de Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir (Fabaceae)
title Efeito gastroprotetor e imunomodulador de Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir (Fabaceae)
spellingShingle Efeito gastroprotetor e imunomodulador de Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir (Fabaceae)
RODRIGUES, Maria de Fátima
Úlcera péptica
Plantas medicinais
Antimicrobianos
Imunomodulação
title_short Efeito gastroprotetor e imunomodulador de Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir (Fabaceae)
title_full Efeito gastroprotetor e imunomodulador de Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir (Fabaceae)
title_fullStr Efeito gastroprotetor e imunomodulador de Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir (Fabaceae)
title_full_unstemmed Efeito gastroprotetor e imunomodulador de Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir (Fabaceae)
title_sort Efeito gastroprotetor e imunomodulador de Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir (Fabaceae)
author RODRIGUES, Maria de Fátima
author_facet RODRIGUES, Maria de Fátima
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv XIMENES, Rafael Matos
FRAGA, Simone do Nascimento
http://lattes.cnpq.br/6353898234483062
http://lattes.cnpq.br/5362501916620143
dc.contributor.author.fl_str_mv RODRIGUES, Maria de Fátima
dc.subject.por.fl_str_mv Úlcera péptica
Plantas medicinais
Antimicrobianos
Imunomodulação
topic Úlcera péptica
Plantas medicinais
Antimicrobianos
Imunomodulação
description Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir (Fabaceae) é uma planta nativa do Nordeste brasileiro, conhecida popularmente como Jurema Preta. Ela é amplamente utilizada na medicina popular no tratamento de queimaduras, gastrite, úlceras da pele e inflamações. O objetivo desse estudo foi avaliar a atividade antioxidante, antimicrobiana, gastroprotetora e imunomodulatória do extrato aquoso de M. tenuiflora como indicativo da possível atividade gastroprotetora e cicatrizante da planta. A avaliação fitoquímica foi realizada por cromatografia em camada delgada (CCD) utilizando sistemas e reveladores específicos e através da dosagem de compostos fenólicos e flavonoides. O potencial antioxidante in vitro do extrato foi analisado por redução de íons metálicos, no caso, a atividade antioxidante total (ATT), redução do íon férrico (FRAP), sequestro dos radicais DPPH (2,2-difenil-1-picril-hidrazila) e ABTS (2,2-azino-bis-(3-etilbenzotiazolina) -6-sulfonato). A atividade gastroprotetora foi analisada em modelos ulcerogênicos induzidos por etanol, etanol/HCL, anti-inflamatórios não esteoroidais e ácido acético. As respostas imunomodulatórias foram analisadas pelo ensaio de citotoxidade, proliferação celular e dosagens de citocinas. A prospecção fitoquímica revelou a presença de flavonoides, taninos hidrolisáveis, proantocianidinas e leucoantocianidinas. O extrato apresentou atividade antioxidante e antimicrobiana, bem como atividade gastroprotetora nos modelos estudados. No modelo agudo de etanol, os resultados expressos em índices de lesões ulceradas nas doses testadas correspondeu a: EAMt 50 mg/kg, 63%; EAMt 100 mg/kg, 61% e EAMt 200 mg/kg, 27%. A dose de 200 mg/kg foi escolhida para seguir a avaliação da atividade gastroprotetora. No modelo agudo de Etanol/HCL, o índice de lesão ulcerada foi 51%. O EAMt também exibiu atividade cicatrizante no modelo ulcerogênico crônico, apresentando índice de lesão ulcerada de 10%. Nos ensaios imunológicos, os resultados mostraram que M. tenuiflora não induziu apoptose ou necrose celular e o EAMt foi capaz de estimular a resposta celular in vitro e in vivo, produzindo citocinas como IL-10, IL-6, INF-γ e TNF-α, caracterizando um perfil anti-inflamatório com caráter de resolução pró-cicatrizante. Em conclusão, o extrato aquoso das entrecascas de M. tenuiflora apresentou atividade antioxidante, antimicrobiana, gastroprotetora e cicatrizante, resultados que indicam a possível eficácia do uso popular desta espécie como gastroprotetor e cicatrizante.
publishDate 2017
dc.date.none.fl_str_mv 2017-07-27
2019-03-29T21:32:02Z
2019-03-29T21:32:02Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29921
url https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29921
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Ciencias Farmaceuticas
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Ciencias Farmaceuticas
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPE
instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron:UFPE
instname_str Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron_str UFPE
institution UFPE
reponame_str Repositório Institucional da UFPE
collection Repositório Institucional da UFPE
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
repository.mail.fl_str_mv attena@ufpe.br
_version_ 1834468064682311680