Atividade esquistossomicida da juglona frente a Schistosoma mansoni (CEPA BH)
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Publication Date: | 2020 |
Format: | Master thesis |
Language: | por |
Source: | Repositório Institucional da UFPE |
Download full: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39097 |
Summary: | O praziquantel (PZQ) ainda é o único recurso terapêutico para a esquistossomose, um fármaco eficaz, seguro, de baixo custo. Entretanto, PZQ é incapaz de agir nas fases jovens de Schistosoma e está sob risco eminente do surgimento de cepas resistentes e/ou tolerantes. Assim, torna-se necessária a busca por novos compostos com potencial esquistossomicida. Este estudo teve como objetivo avaliar in vitro a susceptibilidade de diferentes estágios evolutivos de Schistosoma mansoni (cepa BH) frente a juglona, 5-hidroxi-1,4-naftoquinona. Para isso, esquistossômulos, vermes jovens e vermes adultos (macho, fêmeas e casais) de S. mansoni (cepa BH) foram cultivados em meio RPMI-1640 suplementado e submetidos a diferentes concentrações de juglona. Utilizou-se como critérios esquistossomicidas as alterações de motilidade, taxa de mortalidade e repercussões gerais (danos tegumentares, capacidade de oviposição e desacasalamento. Além disso, foi analisado o potencial citotóxico da juglona sob culturas primárias de células esplênicas de murinos. Esquistossômulos de S. mansoni (cepa BH) apresentaram maior susceptibilidade frente a juglona com valor da concentração letal média (CL50) igual a 0,1981 µM, seguido de vermes jovens com CL50 determinada em 3,175 µM e vermes adultos fêmeas, machos e casais com CL50 11,32 µM, 19,01 µM e 22,38 µM, respectivamente. Além disso, a juglona reduziu significativamente a quantidade de ovos postos por vermes fêmeas acasaladas na concentração de 3,125 e inibiu completamente a oviposição entre 6,25-100 µM. Em adição, alterações tegumentares como: bolhas, aspecto granuloso, irregularidade, rupturas no tegumento e modificações topográficas, foram observadas em todas fases evolutivas analisadas. E, juglona não apresentou efeitos citotóxicos sobre esplenócitos de murinos entre 1,56-100 µM. Contudo, esquistossômulos, vermes jovens e adultos de S. mansoni (cepa BH) demonstraram susceptibilidade ao composto juglona mesmo nos vermes expostos a concentrações subletais, havendo redução na motilidade, contração muscular/retração, incapacidade de adesão e alteração na estrutura tegumentar do parasito. |
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Atividade esquistossomicida da juglona frente a Schistosoma mansoni (CEPA BH)Schistosoma mansoniIn vitroEsquistossomoseJuglonaEsquistossomicidaO praziquantel (PZQ) ainda é o único recurso terapêutico para a esquistossomose, um fármaco eficaz, seguro, de baixo custo. Entretanto, PZQ é incapaz de agir nas fases jovens de Schistosoma e está sob risco eminente do surgimento de cepas resistentes e/ou tolerantes. Assim, torna-se necessária a busca por novos compostos com potencial esquistossomicida. Este estudo teve como objetivo avaliar in vitro a susceptibilidade de diferentes estágios evolutivos de Schistosoma mansoni (cepa BH) frente a juglona, 5-hidroxi-1,4-naftoquinona. Para isso, esquistossômulos, vermes jovens e vermes adultos (macho, fêmeas e casais) de S. mansoni (cepa BH) foram cultivados em meio RPMI-1640 suplementado e submetidos a diferentes concentrações de juglona. Utilizou-se como critérios esquistossomicidas as alterações de motilidade, taxa de mortalidade e repercussões gerais (danos tegumentares, capacidade de oviposição e desacasalamento. Além disso, foi analisado o potencial citotóxico da juglona sob culturas primárias de células esplênicas de murinos. Esquistossômulos de S. mansoni (cepa BH) apresentaram maior susceptibilidade frente a juglona com valor da concentração letal média (CL50) igual a 0,1981 µM, seguido de vermes jovens com CL50 determinada em 3,175 µM e vermes adultos fêmeas, machos e casais com CL50 11,32 µM, 19,01 µM e 22,38 µM, respectivamente. Além disso, a juglona reduziu significativamente a quantidade de ovos postos por vermes fêmeas acasaladas na concentração de 3,125 e inibiu completamente a oviposição entre 6,25-100 µM. Em adição, alterações tegumentares como: bolhas, aspecto granuloso, irregularidade, rupturas no tegumento e modificações topográficas, foram observadas em todas fases evolutivas analisadas. E, juglona não apresentou efeitos citotóxicos sobre esplenócitos de murinos entre 1,56-100 µM. Contudo, esquistossômulos, vermes jovens e adultos de S. mansoni (cepa BH) demonstraram susceptibilidade ao composto juglona mesmo nos vermes expostos a concentrações subletais, havendo redução na motilidade, contração muscular/retração, incapacidade de adesão e alteração na estrutura tegumentar do parasito.CAPESPraziquantel is still the unique therapeutic resources for schistosomiasis, an effective, safe, low-cost drug. However, this drug is unable to act in the juvenile stages of Schistosoma and is at imminent risk of the emergence of resistant and tolerant strains. Thus it is necessary to search for new compounds with schistosomicidal potential. This study aimed to evaluate in vitro the susceptibility of different evolutionary stages of Schistosoma mansoni (strain BH) against juglone, 5-hydroxy-1,4-naphthoquinone. For that, schistosomules, juvenile worms, and adult worms (male, females, and couples) from S. mansoni (BH strain) were sustained in supplemented RPMI-1640 medium and submitted to different concentrations of juglone. Changes in motility, mortality rate, and general repercussions (tegumentary damage, oviposition capacity, and deletion) were used as schistosomicidal criteria. Also, the cytotoxic potential of juglone under primary murine splenic cell cultures was analyzed. Schistosomules of S. mansoni (strain BH) were more susceptible to juglone with a mean lethal concentration value (LC50) of 0.1981 µM, followed by juvenile worms with an LC50 determined at 3.175 µM and adult female worms, males and couples with LC50 11.32 µM, 19.01 µM, and 22.38 µM, respectively. Also, juglone significantly reduced the number of eggs laid by female worms mated to a concentration of 3.125 µM and completely inhibited oviposition between 6.25-100 µM. Besides, were observed in all analyzed evolutionary phases integumentary changes such as bubbles, granular appearance, irregularity, integument ruptures, and topographic changes. In addition, juglone did not show cytotoxic effects on murine splenocytes between 1.56-100 µM. However, schistosomules, juvenile worms, and adults of S. mansoni (strain BH) demonstrated susceptibility to the compound juglone even in worms exposed to sublethal concentrations, with reduced motility, muscle contraction, inability to adhere, and alteration in the parasitic integumentary structure.Universidade Federal de PernambucoUFPEBrasilPrograma de Pos Graduacao em Ciencias FarmaceuticasALBUQUERQUE, Mônica Camelo Pessoa de AzevedoAIRES, André de Limahttp://lattes.cnpq.br/6434634944917275http://lattes.cnpq.br/0826994812414394http://lattes.cnpq.br/5905936624500767NUNES, Paulo Henrique Valença2021-01-22T14:50:35Z2021-01-22T14:50:35Z2020-10-29info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfNUNES, Paulo Henrique Valença. Atividade esquistossomicida da juglona frente a Schistosoma mansoni (CEPA BH). 2020. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2020.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39097porAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/embargoedAccessreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPE2021-01-23T05:15:29Zoai:repositorio.ufpe.br:123456789/39097Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212021-01-23T05:15:29Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false |
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